quinta-feira, 13 de março de 2014

Liga Europa | AZ Alkmaar 1-0 Anji

Holandeses em vantagem, mas com polémica à mistura


uefa.com
Esta noite, no AFAS Stadium, em Alkmaar, o AZ derrotou o Anji por 1-0, na primeira-mão dos Oitavos-de-final da Liga Europa. Aron Jóhannsson (de grande penalidade) marcou o único golo do encontro.


Eis a constituição das equipas:


AZ Alkmaar


O AZ tem feito um campeonato discreto, ocupando neste momento em 7º lugar.
Para chegar até aos Oitavos-de-final, os holandeses superaram Atromitos (no Play-Off), Maccabi Haifa, Shakhter e PAOK (fase de grupos) e Slovan Liberec (16-avos-de-final).
O mais longe que o conjunto de Alkmaar alcançou na Taça UEFA/Liga Europa foi o estatuto de finalista vencido, em 1980/81. Na altura, foram derrotados a duas mãos pelo Ipswich Town.


Anji


Na sequência de um desinvestimento na equipa principal, o Anji ocupa o último lugar da Liga Russa, com onze pontos em vinte jornadas. Só na última jornada venceram pela primeira vez para o campeonato.
Na Liga Europa, igualam neste momento o seu melhor feito, referente a 2012/13, quando alcançaram os Oitavos-de-final pela primeira vez na história, sendo posteriormente batidos pelo Newcastle. Até agora, apuraram-se no grupo que também continha Tottenham, Sheriff e Tromso, e nos Oitavos-de-final bateram o Genk.
Ewerton (ex-Sp. Braga) integra o plantel.


Cronómetro:

AZ superiorizava-se nos primeiros minutos de jogo.

Meio-campo dos holandeses mais rotativo, com e sem bola.

15’ Esteban Alvarado conseguiu negar o golo a Bukharov, que tentou fazer o chapéu através de um cabeceamento. O lance é duvidoso e terá dado a ideia que a bola entrou mesmo.

24’ Berghuis, lesionado, foi substituído por Gudmundsson.

25’ Smolov lançou Eschenko na esquerda, e este cruzou tenso para o interior da área de baliza, onde Bukharov rematou para fora.

28’ Gadzhibekov tocou a bola com a mão dentro da sua área, e foi assinalada uma grande penalidade que Aron Jóhannsson, com alguma felicidade, converteu em golo.

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35’ Bukharov cabeceou ao lado.

40’ Aliyev, de livre direto, atirou fortíssimo à trave.

41’ Esteban Alvarado negou o golo a Bukharov.

43’ Gudelj obrigou Kerzhakov a aplicar-se.

Ao intervalo, Simon Poulsen, lesionado, foi substituído por Wuytens. Burmistrov rendeu Ewerton.

49’ Aliyev atirou para fora.

56’ Aliyev descobriu Burmistrov ao segundo poste, que cabeceou para intervenção de Esteban Alvarado.

71’ Aliyev foi substituído por Serderov.

81’ Beerens trocou as voltas Angbwa e rematou para fora.

86’ Saiu Bukharov, entrou Abdulavov.



Análise:

Desde cedo que o AZ assumiu o controlo das operações, com um meio-campo a alta intensidade, a fazer circular a bola com fluidez e velocidade, e a recuperá-la rapidamente.
No entanto, a primeira oportunidade até foi do Anji, e dá toda a ideia que a bola terá mesmo entrado na baliza dos holandeses. Bukharov cabeceou, e Esteban Alvarado, já para lá da linha de baliza, conseguiu fazer a defesa.
Mesmo já sem Berghuis, lesionado, e a ver o possante ponta-de-lança russo criar mais ocasiões para inaugurar o marcador, o primeiro (e único) golo do encontro foi mesmo do conjunto orientado por Dick Advocaat. Gadzhibekov cometeu grande penalidade, e na sua conversão, Aron Jóhannsson, com alguma felicidade à mistura, conseguiu mesmo marcar.
Até ao intervalo, o lanterna vermelha do campeonato russo ainda dispôs de várias oportunidades para empatar, incluindo um remate de Aliyev, na cobrança de livre direto, que acertou na trave, mas sempre sem sucesso.
No segundo tempo, apesar de um bom arranque dos pupilos de Gadzhi Gadzhiev, houve menos perigo junto das balizas, e a principal nota de destaque até foi mesmo a expulsão do treinador da turma de Alkmaar.
Tudo para decidir na Rússia.


Analisando os atletas em campo, começando pelos do AZ Alkmaar
Esteban Alvarado é um gigante guarda-redes (193 cm) que conseguiu, com uma grande defesa, iludir o árbitro assistente adicional, quando defendeu já dentro da sua baliza um cabeceamento de Bukharov;
Mattias Johansson não subiu muito pelo seu flanco, mas foi consistente; Gouweleeuw (falhará o jogo da segunda-mão, devido a acumulação de amarelos) e Viergever (capitão) são muito poderosos fisicamente, tendo este último jogador como lateral-esquerdo no segundo tempo; e Simon Poulsen sentiu dificuldades físicas, e foi substituído ao intervalo;
Ortiz é o patrão do meio-campo, pautando o ritmo, organizando e distribuindo o jogo a partir de uma posição recuada; Gudelj é bastante rotativo, sereno, lúcido, intenso sem a bola e dinâmico com ela; e Viktor Elm é algo lento mas posiciona-se bem, e como é forte no jogo aéreo, ganha praticamente todas as bolas que se disputa pelo ar;
Berghuis teve uma noite pouco afortunada, saindo lesionado a meio da primeira parte; Beerens apareceu a espaços, fazendo uso do seu drible curto e eficiente para trocar as voltas aos defesas; e Aron Jóhannsson inaugurou o marcador de grande penalidade, contando com alguma felicidade pelo ressalto da bola após ter sido defendida pelo guarda-redes;
Gudmundsson ocupou a faixa direita do ataque ainda no primeiro tempo, mas sem causar grandes desequilíbrios; e Wuytens foi lançado para o eixo defensivo após o intervalo, mantendo a consistência no setor.


Quanto aos jogadores do Anji
Kerzhakov (irmão do avançado do Zenit, com o mesmo apelido) quase que negou o primeiro golo do AZ, mas infelizmente para si, a bola, após ser defendida por si, ressaltou para o interior da baliza;
Angbwa exibiu algumas fragilidades técnicas, nem sempre se posicionou da melhor forma para apoiar o ataque, mas foi consistente do ponto de vista técnico; Epureanu (capitão) foi o patrão da defesa e não permitiu que Aron Jóhannsson tivesse espaço; Gadzhibekov cometeu o penalty que originou o 1-0, tocando a bola com a mão na sua área; e Ewerton é um central de origem e preocupou-se sobretudo em fechar o lado esquerdo da sua defesa, acabando substituído ao intervalo quando a equipa precisava de maior pendor ofensivo;
Mkrtchyan e Ahmedov (falhará o jogo da segunda-mão, devido a castigo) tiveram pouco andamento para acompanhar o meio-campo do AZ, sempre demasiado dinâmico com bola e pressionante sem ela; e Smolov, bastante evoluído tecnicamente, foi o “abre-latas” da formação russa;
Aliyev esteve muito perto de marcar a fechar a primeira parte, ao acertar na trave com estrondo, na cobrança de um livre direto; Eschenko é destro, embora jogue no lado esquerdo, por isso, tem tendência a conduzir a bola para dentro, recuando de extremo para lateral, a sua posição de raiz, após o intervalo; e Bukharov é um avançado possante (193 cm), poderoso no futebol aéreo, e num lance que certamente fará correr muita tinta, terá introduzido mesmo a bola na baliza adversária, mas o golo não foi validado porque o árbitro assistente adicional não considerou que o esférico tivesse entrado totalmente;
Burmistrov foi lançado para a ala esquerda e para dar maior pendor ofensivo à equipa, já que o extremo na primeira parte, Eschenko, é um lateral, e o lateral-esquerdo, Ewerton, é um central de origem; Serderov é muito rápido; e Abdulavov pouco ou nada acrescentou.



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