Esta noite, na Arena de
Amesterdão, o Vitesse derrotou o Ajax por 1-0, na 12ª jornada da Eredivisie.
Qazaishvili marcou o único golo do encontro.
Eis a constituição das
equipas:
Ajax
Os
tricampeões holandeses partilham atualmente a liderança do campeonato com o FC
Twente e o AZ Alkmaar, tendo as três formações dezanove pontos ao cabo de onze
jornadas.
Na Liga
dos Campeões, estão em último num grupo que contém Barcelona, AC Milan e
Celtic.
Moisander,
Duarte, Bojan Krkic, Ligeon e De Sa estão lesionados.
Vitesse
O
Vitesse entrou nesta jornada em 6º, mas apenas a um ponto do trio de líderes.
Com a mesma pontuação está PSV, Zwolle e Groningen.
O clube
de Arnhem apenas por uma vez venceu em Amesterdão na última década, e foi na
época transata.
Janssen
e Tighadouini estão lesionados, e Jonathan Reis castigado.
O
português Júnior, assim como Christian Atsu (ex-FC Porto e Rio Ave), integram o
plantel.
Cronómetro:
Ajax com um bloco muito alto.
Jogadores do Vitesse em constantes trocas posicionais,
sobretudo na zona intermediária.
Equilíbrio foi a nota dominante nos primeiros 25 minutos.
Ajax muito estendido no terreno tanto em comprimento como
em largura, um risco tremendo no momento da perda da bola.
As duas equipas pressionavam logo à entrada da área
contrária, dificultando a construção do adversário.
Intervalo.
O conjunto orientado por Frank De Boer entrou com uma
atitude mais objetiva na etapa complementar.
Pouca velocidade de execução dos tricampeões holandeses,
não conseguindo tirar partido do desposicionamento do Vitesse na altura da
perda da bola.
90+2’
Hutchinson foi lançado para o lugar de Vejinovic.
90+3’
Schöne, de livre direto, acertou no poste.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo do
Vitesse.
Análise:
O equilíbrio foi a nota dominante ao longo de todo o
encontro, embora com muito ligeiro ascendente do Vitesse no primeiro tempo, e
do Ajax no segundo.
Os tricampeões holandeses apresentaram-se com um bloco
muito alto, com os seus dez jogadores de campo demasiado estendidos no terreno
e uma circulação de bola demasiado paciente.
Peter Bosz leu bem o jogo e instruiu a sua para uma
pressão alta, dificultando a primeira fase de construção do adversário, e
também para objetividade nas transições, de forma a explorar o espaço intra e
intersetorial do conjunto de Amesterdão. Ainda assim, sem conseguiu alvejar a
baliza do inspirado Cillessen.
Na etapa complementar, uma atitude mais agressiva dos
pupilos de Frank de Boer, com uma circulação mais rápida, permitiu que o
esférico andasse mais perto da área adversária, no entanto, também sem
conseguir desbloquear o nulo.
Quando já se pensava no empate e faziam-se as contas,
Qazaishvili aproveitou um mau passe de Boilesen e em zona frontal inaugurou a
vantagem para o Vitesse, naquele que foi também o único golo do jogo.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Ajax…
Cillessen foi dos melhores em campo, muito atento e
seguro;
Van Rhijn esteve contido nas subidas pelo flanco; Veltman
(com capacidade para sair a jogar) e Denswil jogaram praticamente à
entrada do meio-campo adversário; e Blind deu profundidade ao seu
corredor, e passou para o meio-campo a meio do segundo tempo, procurando dar maior
dinâmica à construção de jogo;
Christian Poulsen, de tremenda cultura táctica, equilibrou
a equipa defensivamente, e foi quem geralmente iniciava os ataques; Serero
não conseguiu colocar em campo a rotação de outros encontros, mas ainda assim,
esteve a um nível satisfatório; e Siem De Jong, muito virtuoso, deu
maior poder de fogo à manobra ofensiva quando executa com rapidez, o que nem
sempre aconteceu;
Andersen procurava progredir em movimentos diagonais da esquerda para o meio, mas
esteve essencialmente apagado; Fischer pareceu estar limitado ao jogar
no lado direito; e Sigthórsson perdeu a maior parte dos lances que
disputou;
Boilesen destacou-se pela negativa,
oferecendo a bola a Qazaishvili no lance do 0-1; Klaassen refrescou a
ala canhota do Ajax, sem grandes frutos; e Schöne ainda esteve perto de
restabelecer a igualdade, mas o seu remate acertou no poste.
Quanto aos jogadores do Vitesse…
Velthuizen esteve em
evidência, exibindo reflexos apurados;
Leerdam esteve mais contido a subir no terreno que o seu colega do lado
oposto; Van der Heijden e Kashia deram conta de Sigthórsson; e Van
Aanholt envolveu-se bem no ataque;
Vejinovic, apesar da rotação entre posições no meio-campo da sua
equipa, foi a unidade mais fixa, maioritariamente a mais recuada; Pröpper
libertou-se por diversas vezes da sua posição para aparecer no último terço; e Lucas
Piazón variou entre o meio-campo ofensivo e a ala esquerda;
Christian Atsu foi obrigado a trabalhar muito defensivamente, havendo
situações em que foi praticamente um médio-defensivo; Renato Ibarra foi
uma autêntica seta no corredor direito; e Havenaar é um ponta-de-lança
de elevada estatura (194 cm );
Qazaishvili refrescou a frente de ataque e ainda foi a tempo de
apontar o golo da vitória; Kakuta não se conseguiu evidenciar; e Hutchinson
entrou apenas para queimar alguns segundos.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação da
Eredivisie:
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