Esta noite, no Estádio Windsor Park, em
Belfast, Portugal derrotou a Irlanda do Norte por 4-2, em jogo de qualificação
para o Mundial 2014. Bruno Alves e Cristiano Ronaldo (3) marcaram para os
portugueses, e McAuley e Ward para os irlandeses.
Eis a constituição das equipas:
Irlanda
do Norte
Os norte-irlandeses (109º no
Ranking FIFA) apenas conseguiram seis pontos nos seis jogos que já disputaram
neste apuramento, conseguindo somente uma vitória. No entanto, esse triunfo foi
no último mês diante da Rússia (1-0).
Aaron Hughes, Cathcart e Ryan
McGivern falham o encontro por lesão, e Daniel Lafferty por castigo.
Portugal
Em seis encontros, apenas por uma
vez Portugal (7º no Ranking FIFA) venceu na Irlanda do Norte, foi em 1994.
A seleção orientada por Paulo
Bento entrou para esta jornada na liderança do Grupo F de qualificação europeia
para o Mundial 2014, com dois pontos mas também mais um jogo que a Rússia.
Beto, Rúben Micael, Hugo Almeida
e Danny estão lesionados, e para os seus lugares foram chamados Anthony Lopes,
Adrien, Nélson Oliveira e Licá.
Cronómetro:
Irlanda do Norte superiorizava-se nos primeiros dez minutos, apostando
no típico futebol direto britânico.
Intervalo.
90+4’
Nani trabalhou bem pela direita, e serviu Ruben Amorim, que rematou para defesa
de Carroll.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo português.
Análise:
A Irlanda do Norte superiorizou-se nos minutos iniciais, jogando com
muita intensidade e no meio-campo português, praticando um futebol direto,
tendo como destino Paterson.
No entanto, com o tempo, Portugal foi conseguindo assentar o seu jogo,
manteve a bola no chão, o ritmo imposto pelos norte-irlandeses foi baixando, e
o golo chegou, por intermédio de Bruno Alves, na sequência de um canto.
Foi também através de um canto que a seleção britânica chegou ao
empate, por McAuley, e posteriormente à vantagem, por Ward, já na segunda
parte. Pelo meio, a expulsão de Hélder Postiga, por suposta agressão a McAuley.
As coisas estavam bastante feias para os pupilos de Paulo Bento, em
desvantagem em número unidades e também no marcador, até que à passagem da hora
de jogo, Brunt foi expulso por acumulação de amarelos.
A partir daí, começou o festival Cristiano Ronaldo. 2-2 de cabeça, na
resposta a um canto de Moutinho. 2-3 de cabeça, na sequência de um cruzamento
de Fábio Coentrão. E o hat-trick
ficou completo com o 2-4, de livre direto.
Antes do quarto golo português, nova expulsão na Irlanda do Norte,
desta vez de Lafferty, que estava em campo há apenas treze minutos.
Com dois golos de diferença, a reta final foi dedicada à gestão de
esforço e de resultado.
Analisando os atletas em campo, começando pelos da Irlanda do Norte…
Carroll (Olympiacos),
muito experiente, efetuou algumas intervenções de elevado grau de dificuldade;
Hodson (MK Dons) sentiu
dificuldades sobretudo após a entrada de Nani; McAuley (West Bromwich)
igualou o encontro (1-1) com um cabeceamento ao primeiro poste, e provocou a
expulsão a Postiga; Evans (Man. United) antecipou-se a toda a defesa
portuguesa para cabecear ao primeiro poste no lance do segundo golo; e Brunt
(West Bromwich) tem como uma das suas principais características os longos
lançamentos laterais, mas acabou expulso por acumulação à passagem da hora de
jogo;
Davis (Southampton) jogou
a um ritmo alto; Norwood (Huddersfield Town) viu o seu alívio sair-lhe
incompleto, na jogada do 0-1; e Ward (Derby County) teve um papel
importante no tento da igualdade, estorvando a ação de Rui Patrício, e apontou
o 2-1;
McGinn (Aberdeen), veloz e
de interessante recorte técnico, foi dos principais desequilibradores da sua
equipa; Ferguson (Birmingham) cobrou os cantos que originaram os golos
dos britânicos e recuou para lateral-esquerdo após a expulsão de Brunt; e Paterson
(Huddersfield Town) foi o alvo do futebol direto praticado pelos
norte-irlandeses até à entrada de Lafferty, pois após essa substituição
mudou-se para a faixa direita;
Lafferty (Palermo) reforçou
o eixo do ataque, mas foi em tarefas defensivas que se deixou antecipar nas
alturas por Cristiano Ronaldo, no 2-2, e foi expulso aos 80’ por entrada grosseira sobre
João Pereira, estando apenas treze minutos em campo; Corry Evans (Blackburn)
posicionou-se no corredor esquerdo; e Baird (sem clube) procurou dar mais
consistência ao lado canhoto da defesa.
Quanto aos jogadores de Portugal…
Rui Patrício (Sporting)
pareceu nervoso, e falhou em algumas saídas a cruzamentos;
João Pereira (Valencia) fez
uma exibição consistente; Pepe (Real Madrid) foi agressivo na disputa
dos lances; Bruno Alves (Fenerbahçe) inaugurou o marcador, mas cerca de
um quarto de hora depois, deixou-se antecipar por McAuley, no 1-1; e Fábio
Coentrão (Real Madrid) pareceu pouco concentrado e viu um cartão amarelo
que o impede de enfrentar Israel, no próximo jogo de qualificação, no entanto,
fez o cruzamento para o 2-3;
Miguel Veloso (Dínamo Kiev)
comandou as operações a meio-campo; João Moutinho (Mónaco) cobrou o
canto que originou os golos portugueses, embora em jogo corrido tivesse
mostrado um ritmo mais baixo que o habitual; e Raul Meireles
(Fenerbahçe) esteve discreto;
Vieirinha (Wolfsburgo)
esteve apagado; Cristiano Ronaldo (Real Madrid) apareceu um pouco pelos
três corredores na procura de dar o seu contributo para o ataque português, não
conseguiu superar Evans no ar, no lance do 2-1, mas redimiu-se pouco depois ao apontar
um hat-trick, o que lhe permitiu
ultrapassar Eusébio na tabela de melhores marcadores da seleção; e Postiga
(Valencia) viu o cartão vermelho por suposta agressão a McAuley um minuto
depois de ter feito o seu único remate perigoso no jogo;
Nani (Man. United)
agitou o jogo com a sua entrada; Nélson Oliveira (Rennes) entrou com o
objetivo de dar profundidade ao ataque português; e Ruben Amorim
(Benfica) entrou para queimar algum tempo e fortalecer a circulação de bola.
Com este resultado, fica assim
disposta a classificação da Qualificação
europeia para o Mundial 2014:
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