Liga BBVA 2012/2013 | Onze Ideal

Concluída a edição 2012/13 da Liga BBVA, vencida pelo Barcelona, é altura de eleger o Onze Ideal.

                                      

Guarda-Redes:

Depois de um 2011/12 em que foi uma autêntica revelação, assumindo a titularidade da baliza do Atlético Madrid, onde fez esquecer De Gea, Courtois teve mais uma época a grande nível, onde demonstrou ser uma certeza do futebol mundial.

Um dos pilares dos colchoneros, sofreu 29 golos em 37 jogos realizados.

Defesas-Laterais:

Até nem foi das suas melhores temporadas, com exibições menos constantes que o habitual e algumas lesões. Ainda assim, na sua posição, considero Daniel Alves como o melhor na sua posição, em Espanha, esta época.

Em 2012/13, o brasileiro continuou a dar profundidade ao flanco direito do Barcelona e a fazer inúmeras assistências.

Não é daqueles laterais que deem nas vistas pelo seu pendor ofensivo, mas Filipe Luís é um defesa-esquerdo muito consistente e que concluiu com qualidade qualquer das tarefas da sua posição.

Aos 27 anos, atravessa a melhor fase da carreira, é opção recorrente de Scolari para a seleção brasileira e nem a chegada de Insúa fez tremer a sua titularidade no Atlético Madrid.

Defesas-Centrais:

Contratado após conselho de Zinedine Zidane, Varane chegou a Madrid praticamente como um desconhecido, o que gerou alguma desconfiança, sobretudo pela sua jovem idade.

Depois, aproveitou a lesão e a má relação que Pepe estabeleceu com José Mourinho para se assumir como titularidade a meio desta época, fazendo grandes exibições em jogos de elevado grau de dificuldade.

Hoje é já internacional francês e um dos talentos mais promissores desta geração.

Chegado ao Atlético em 2011/12, onde se assumiu desde logo como titular, Miranda apresentou uma grande evolução no espaço de um ano, tornando-se um central de grande qualidade, assertivo e bem posicionado. Foi um dos pilares de Diego Simeone, que finalmente transformou os colchoneros numa equipa constante no aspeto defensivo.

Também no ataque deu nas vistas, aparecendo em momentos decisivos como a Supertaça Europeia e a final da Copa del Rey, tendo marcado em ambas as partidas e levantado as taças no final.

Médios-Centro:

Rezam as crónicas que Xabi Alonso não terá uma relação fácil com José Mourinho, mas foi titular indiscutível ao longo de toda a temporada. Com grande inteligência tática, capacidade de fazer coberturas eficientes, qualidade de passe e espirito de liderança, é o centro-campista que qualquer treinador gosta de ter.

Já vai perdendo algum fulgor em termos de resistência e rotatividade, mas Xavi ainda é uma máquina de fazer passes. Com a sua eficácia incrível nessa vertente, fez mais uma época de grande nível, tendo apontado cinco golos e inúmeras assistências em 29 jogos da Liga BBVA.

Como médio-interior ou extremo, Iniesta continuou a dar nas vistas pela sua capacidade de criar desequilíbrios, seja pelos dribles, seja pelas desmarcações, seja pelos passes.

Tem como grande defeito a sua intermitência, já que nem sempre consegue manter um rendimento constante. Ainda assim, um dos pilares dos blaugrana.

Atacantes:

Com o campeonato perdido desde muito cedo e com a Liga dos Campeões como principal foco do Real Madrid, Cristiano Ronaldo esteve abaixo dos números das temporadas passadas, no que diz respeito a golos marcados na Liga BBVA. Apontou 34 (em 34 jogos), ainda distante dos 40 de 2010/11 e dos 46 de 2011/12. Ainda assim, manteve uma média invejável e foi o segundo melhor marcador da prova.

Aos 28 anos, continua a ser a principal estrela dos merengues.

Quando Lionel Messi chegou ao final de março com 43 golos apontados e nove jogos por disputar, qualquer adepto do futebol não teria dúvidas que o astro argentino iria bater o recorde de golos da Liga Espanhola numa só época, que por acaso, também é o seu: 50.

No entanto, devido a uma lesão, só foi utilizado em mais três encontros e ficou-se pelos 46.

Mais uma temporada de sonho, que culminou com a conquista do campeonato.
Em janeiro, provavelmente, conquistará de novo a Bola de Ouro.

Em 2012/13, Falcao superou individualmente e coletivamente o que tinha feito na temporada transacta em termos de campeonato espanhol.

Marcou 28 golos (mais quatro que em 2011/12) na Liga BBVA, o seu Atlético terminou em 3º lugar e garantiu o regresso à Liga dos Campeões. Além disso, ainda levantou a Supertaça Europeia e a Copa del Rey.

Na próxima época jogará pelo Mónaco, que lhe acenou com uma proposta milionária.

Treinador:

A meio da temporada de 2011/12, Diego Simeone chegou ao Atlético Madrid, tirou os colchoneros do meio da tabela e acabou a apenas dois pontos do 4º lugar, que daria acesso ao Play-Off da Liga dos Campeões. E ainda venceu a Liga Europa.

Esta época começou com a conquista da Supertaça Europeia, com uma vitória expressiva sobre o Chelsea (4-1), e pautou-se por uma grande constância individual, que em grande parte da primeira volta constituiu uma série invicta de jogos e a principal concorrência ao Barcelona na luta pelo título. Depois, os colchoneros foram perdendo alguns pontos e o sonho do triunfo no campeonato foi-se esmorecendo, tendo perdido o 2º lugar para o Real Madrid na fase final.

Ainda assim, conseguiu levantar a Copa del Rey, vencendo os merengues na final, em pleno Santiago Bernabéu.