Liga ZON Sagres 2012/2013 | Onze Ideal

Terminada a temporada 2012/2013, que coroou novamente o FC Porto como campeão nacional, é altura de escolher o onze ideal.

Guarda-Redes:

 A temporada da equipa foi péssima, e mesmo os seus números individuais não foram famosos (36 golos sofridos em 30 jogos), mas Rui Patrício foi dos poucos jogadores que orgulharam os adeptos leoninos do início ao final da época.

Defesas impossíveis impediram com que a classificação do Sporting fosse ainda pior. E em grande parte dos jogos, terminou-os na área do adversário, à procura de um melhor resultado.

Defesas-Centrais:

Contratado com perspetivas futuras na temporada transata, Mangala assumiu-se como titular no FC Porto 2012/13 praticamente desde Setembro. Central moderno, muito rápido e fortíssimo no jogo aéreo, o francês está referenciado entre os tubarões europeus.

No total das competições apontou sete golos (quatro foram para o campeonato), o que fez dele um dos melhores marcadores da equipa.

Em 2012/13, Garay confirmou todas as qualidades que já tinha exibido na temporada anterior. Juntamente com Artur Moraes, Maxi Pereira e Salvio foi dos mais utilizados do plantel encarnado, e é sem dúvida um dos pilares da equipa.

Defesas-Laterais:

Provavelmente ainda não terá justificado para muitos tão volumoso investimento, mas a verdade é que Danilo se assumiu como titular indiscutível no lado direito da defesa dos dragões. Nem a presença olímpica que o afastou do início de época nem o momentum de Miguel Lopes vindo de uma boa temporada no Sp. Braga e de participação no EURO 2012 travaram o brasileiro.

Comparativamente com Danilo, não realizou tantos jogos, no entanto, sentiu nos ombros o peso de substituir Alvaro Pereira. Alex Sandro conseguiu fazer esquecer o uruguaio, apresentando consistência, qualidade técnica e pendor ofensivo.

Médios-Centro:

Foi o herdeiro de Javi García. Na temporada passada Matic mostrou que poderia dar maior capacidade de construção, passe e manutenção de posse de bola ao meio-campo encarnado, no entanto, pecava pelo seu posicionamento na hora de defender, não conseguindo equilibrar a equipa como o espanhol. Esta época, evoluiu imenso nesse aspeto e isso tornou-o num trinco muito completo, agressivo mas simultaneamente elegante na recuperação do esférico, e com apetência para atacar.

A responsabilidade de Enzo Pérez também teve o seu peso. Witsel foi em 2011/12 o box-to-box das águias, assinando uma excelente temporada. Quando o belga saiu, já em Setembro, Jorge Jesus foi obrigado a inventar um substituto. O argentino era um extremo de raiz, no entanto, por força das necessidades, e até pelo excesso de jogadores para essa posição, mudou-se para o miolo.

Ao início era um médio “certinho”, empenhado em cumprir o seu papel tático sem desequilibrar com o tempo, mas com a experiência foi “enchendo o campo” e foi sem dúvida uma das unidades de maior rendimento no Benfica.

Extremos:

Em 2010/11, Salvio já tinha estado em destaque na equipa encarnada. Deixou saudades, e o Benfica nunca desistiu da sua contratação, entretanto concretizada no início da época que agora terminou.

Em alta velocidade pelo flanco direito e com grande capacidade técnica, ora verticalizando ora fletindo, o argentino foi das unidades de maior rendimento no Benfica, tendo apontado 10 golos na Liga ZON Sagres.

O início de temporada de Gaitán fazia adivinhar a saída para breve, já que o rendimento era baixo e falava-se até entre os adeptos encarnados de que o argentino só se esmerava em grandes jogos internacionais.

Eis que o génio se soltou no Estoril, perto do final da primeira volta, quando Nico marcou um golo de calcanhar. A sua prestação melhorou e assim tornou-se uma unidade fundamental na época do Benfica, tendo feito, por exemplo, as duas assistências para os dois golos com que as águias derrotaram o Sporting na segunda volta.

Avançados:

O talento de Lima já não era novidade para ninguém. É rápido, dá profundidade ao ataque e é bom finalizador. As dúvidas levantavam-se quanto à idade.

No entanto, foram as tais certezas a confirmarem-se, com a adição de que por várias ocasiões o brasileiro jogou nas costas do ponta-de-lança e desempenhou essa posição com qualidade. A idade, essa, foi esquecida…

 

Chegou a Portugal praticamente como um desconhecido, vindo dos mexicanos do Jaguares. Por isso e por ser suplente de Falcao na seleção colombiana, jamais os adeptos azuis e brancos esperariam que Jackson Martínez marcasse 26 golos no campeonato. O que de facto, acabou por acontecer.

É forte no jogo aéreo, participa ativamente na circulação de bola, é bom finalizador, irreverente, tem boa capacidade de receção e tem faro pelo golo. Em poucas jornadas se foi desenhando o seu estatuto como melhor marcador da Liga ZON Sagres 2012/13.

Treinador:

 

Olhando para as expetativas iniciais de cada uma das equipas, e aquilo que conseguiram no final da época, quem mais as superou foi sem dúvida o Paços de Ferreira. Depois de 2011/12 com dois treinadores, na qual a primeira volta parecia traçar a descida de divisão, Paulo Fonseca assumiu o comando dos pacenses.

Vindo do Desportivo das Aves, e sem experiência no principal escalão do futebol português, o antigo defesa-central mantém a equipa-base da época anterior, utilizando Antunes (e posteriormente Diogo Figueiras), Hurtado e Cícero para suprimir as saídas de Luisinho, Melgarejo e Michel, todos para o Benfica.

O objetivo apenas era a manutenção mas praticamente todo o campeonato foi passado na zona europeia, longe de sobressaltos, e em 2013, ainda conseguiram desmoronar o Sp. Braga na luta pelo 3º lugar e consequente apuramento para o Play-Off da Liga dos Campeões. Extraordinário!