terça-feira, 9 de abril de 2013

Reportagem | “Não podemos errar, pois atrás de nós só existe o golo adversário”

Kaká, jovem guarda-redes do Pinhalnovense, fala da especificidade da posição



Carlos Soares, 22 anos, natural do Barreiro, é conhecido no mundo do futebol como Kaká. Depois de ter feito todo o percurso da sua formação no Barreirense e de ter representado a equipa sénior durante várias épocas, mudou-se, em novembro, para o Pinhalnovense que milita na II Divisão.

Trata-se de um guardião jovem e ambicioso que tem o belga Michael Preud’Homme como ídolo de sempre. Falou do que é ser um guarda-redes, que para si “não é só uma posição”, já que é esse elemento que comanda uma equipa e que tem de transmitir segurança à mesma. “Sabemos que não podemos errar, pois atrás de nós só existe o golo adversário”, afirma de forma convincente.

Ao contrário de outras posições no futebol, a sua tem características especiais. Durante os 90 minutos, os treinadores raramente aproveitam as três substituições para trocar o homem que tem como principal função evitar os golos dos adversários. Afinal, ser jogador de campo exige maior desgaste físico e é aí que os técnicos querem refrescar a equipa. Esta conjuntura leva a que habituais guarda-redes suplentes passem temporadas inteiras no banco de suplentes, situação que afetou Kaká no Barreirense. “Nunca me passou pela cabeça desistir. Trabalho da mesma forma seja eu titular, seja eu suplente, pois tenho sempre como objetivo evoluir cada vez mais”, refere.

Essa situação de apenas poder jogar um, é propícia para a criação de rivalidades entre guardiões. No entanto, Carlos Soares admite que “as rivalidades criadas são positivas pois sabemos que basta deslizarmos uma vez que temos o nosso colega à espreita para agarrar o nosso lugar e vice-versa”. E acrescenta ainda que sempre se deu bem com os seus colegas e que “nunca foram criados atritos”.

Sobre o papel de um treinador de guarda-redes, afirma ser “fundamental, pois tem bastantes especificidades que necessitam de ser treinadas à parte do restante plantel”. Aproveita até para referir os nomes de Fábio Fernandes e Oliveira como os técnicos que mais o fizeram evoluir.

Falando mais sobre si, o atleta do Pinhalnovense considera-se um “guarda-redes do estilo moderno”, que gosta de jogar fora da baliza, “tecnicamente bastante evoluído, forte no jogo aéreo, boa capacidade de impulsão e visão de jogo”. Revela ainda ter “grandes competências em bolas paradas, tanto livres como penaltys”.

Para concluir, destaca três nomes a nível mundial como os melhores na sua função: Iker Casillas, Gianluigi Buffon e Petr Cech.

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