sábado, 13 de abril de 2013

Entrevista a Bruno Constantino (GD Fabril - Futsal)



 Nome: Bruno José Pinheiro Constantino

Data de Nascimento: 30 de Janeiro de 1982 (31 anos)

Naturalidade: Barreiro

Nacionalidade: Portuguesa

Posição: Ala/Pivot

Altura: 180 cm

Peso: 82 kgs

Clube atual: GD Fabril (desde 2012/13)

Clubes anteriores (Futebol 11): GD Fabril (1999/00 a 2002/03 e 2006/07 a 2007/08), Alcochetense (2003/04), Farense (2004/05) e Portosantense (2005/06).



David Pereira – Porquê a mudança dos estádios para os pavilhões?
Bruno Constantino - Primeiramente queria agradecer o convite para a entrevista e espero que existam muitas mais para podermos divulgar a modalidade e claro os atletas. A mudança dos estádios para os pavilhões é talvez uma história antiga, pois eu comecei por me iniciar como federado em Futebol Salão no clube 31 de Janeiro “os Celtas”. Depois já em escalão Juvenil praticava as duas modalidades em simultâneo na altura em que tal era permitido, em júnior acabei por só escolher o Futebol 11. Como não podia deixar de ser foi no Fabril que comecei e continuei a praticar a Modalidade, por influência do meu irmão pois ele já jogava como sénior no Clube.


DP – Quais as principais diferenças que sentiu ao representar o clube em Futebol e em Futsal? Em que modalidade sentiu maior reconhecimento?
BC - As diferenças são apenas em termos de modalidade pois a vontade de representar o clube será sempre a mesma seja em que desporto for. Continuo a manter uma boa relação com os atletas do Futebol 11, e com outra qualquer modalidade. A nível da modalidade no seu todo, jogar debaixo de chuva talvez seja o aspeto mais importante de realçar pois no Futsal estamos protegidos. Lembro-me perfeitamente que no futebol 11 a agressividade existia com mais frequência e que no Futsal tal não acontece pois é muito mais tático. Quanto ao reconhecimento que senti posso dizer que é inevitável esconder que o Futsal neste momento com as transmissões televisivas nos dá mais visibilidade, e mais contacto com o publico em geral e associados pois se vive mais a modalidade no nosso distrito.


DP – O que distingue verdadeiramente os dois desportos no que concerne a aspetos técnico-táticos?
BC - Na pergunta anterior já referi alguns aspetos físicos, quanto á parte tática posso dizer que o Futsal a nível tático supera o Futebol 11 pois existem mais variantes nas jogadas elaboradas, existe também um trabalho intenso e contínuo nas execução das bolas paradas. Quando uma equipa é pressionada tem de ter a capacidade para sair com a bola controlada da pressão exercida pela equipa adversária e só com o trabalho semanal neste sentido se consegue alcançar bons resultados.


DP – Qual é para si o melhor jogador da 1ª divisão nacional? E do Mundo?
BC - Partilho da mesma opinião do meu colega Adil para mim o jogador com mais talento da primeira divisão nacional é o Divanei, mas não queria deixar de salientar os grandes jogadores de Futsal que estão no atual campeonato o caso de Joel Queirós, Cardinal e Cesar Paulo. O melhor jogador do mundo para mim é difícil de avaliar pois o Ricardinho e o Falcão são bastante idênticos, jogadores que qualquer adversário tem dificuldades em marcar, com magia nos pés para decidir qualquer jogo, tacticamente evoluídos e finalizadores natos. Mas como sou Português e com muito orgulho, escolho o Ricardinho.


DP – Acredita na manutenção do Fabril?
BC - Acredito. Pois confio plenamente no trabalho que está a ser desenvolvido pela equipa técnica e direção, e penso que só há um pensamento no balneário é a manutenção. Cada jogo a partir de agora é uma final pois só a vitória interessa para fugirmos aos lugares de despromoção. Este grupo de trabalho merece este prémio pois diariamente treina com empenho, dedicação e muita vontade de atingir este objetivo. Queria salientar também a excelente campanha que estamos a fazer na taça de Portugal, e como o nosso capitão diz “o sonho comanda a vida” e o objetivo é a final.


DP – Qual é o seu colega que acha mais provável que chegará a representar um dos grandes (Sporting ou Benfica) da modalidade e até mesmo chegar à seleção nacional?
BC - Como em Portugal os jogadores depois dos trinta são considerados “velhos” para a modalidade, quando deveriam ser chamados pela sua experiência, terei que escolher o jogador mais novo e com grande margem de progressão, escolho o João Neves pois o desempenho e regularidade neste campeonato, sendo a sua estreia na primeira divisão, tem sido excelente. Mais uma vez queria dizer que o nosso plantel tem mais jogadores com talento que na minha opinião poderiam chegar a um grande o caso do Ismael Furtado e Elvis Luz.


DP – Quais são os seus objetivos para o que resta da sua carreira?
BC - Para ser sincero é continuar com saúde para continuar a praticar esta modalidade que tanto me dá prazer e se possível continuar neste clube, pois foi aqui onde mais tempo passei como federado e jogando ao mais alto nível em Portugal em futsal não vejo razão para mudar. Se existisse uma oportunidade que me dê mais garantias financeiras ponderava, mas como tenho a minha profissão talvez não abdicaria do trabalho, neste momento tenho 31 anos e dificilmente mais oportunidades vão aparecer. Como disse anteriormente talvez seja “velho” para a modalidade. Para terminar gostaria de deixar as minhas palavras de incentivo e de motivação para o Fabril: “Estamos juntos Maltinha”, só unidos seremos mais fortes.

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