Liga dos Campeões | AC Milan 2-0 Barcelona

Esta noite, no Estádio Giuseppe Meazza, o AC Milan derrotou o Barcelona por 2-0, num jogo a contar para a primeira mão dos Oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Boateng e Muntari marcaram os golos.

                                      

Eis a constituição das equipas:

AC Milan

O AC Milan está em 4º lugar na Serie A, a onze pontos do líder Juventus.

Na Liga dos Campeões, terminou o Grupo C na 2ª posição, atrás do Málaga, e à frente do Zenit e Anderlecht.

Balotelli não pode dar o seu contributo à equipa, pois já representou o Manchester City na competição.

Barcelona

Os “blaugrana” não perderam nas últimas três deslocações ao terreno dos “rossoneri”.

O Barcelona é o líder isoladíssimo do campeonato espanhol, e venceu o Grupo D da Liga dos Campeões, à frente de Celtic, Benfica e Spartak Moscovo.

David Villa está lesionado.

Cronómetro:

O AC Milan organizava-se defensivamente em 4x5x1, com Boateng e El Shaarawy a fecharem os flancos.

16’ Na sequência de um canto cobrado por El Shaarawy, Boateng rematou para fora.

Jogo até ao momento estava a ser essencialmente de muita luta.

As equipas pareciam completamente conformadas com o 0-0.

Intervalo.

56’ No seguimento de um livre marcado por Constant, Montolivo chutou contra Jordi Alba e em Zapata, e sobrou para Boateng que inaugurou o marcador.

62’ Alexis Sánchez rendeu Fàbregas.

Partida aumentou de intensidade na segunda parte.

75’ Pazzini foi substituído por Niang.

76’ Iniesta rematou para fora.

80’ Xavi, de livre direto, não conseguiu acertar no alvo.

81’ Num bom lance coletivo, El Shaarawy serviu Muntari, que fez o 2-0.

87’ Bakaye Traoré entrou para o lugar de El Shaarawy.

88’ Puyol foi rendido por Mascherano.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a vitória dos milaneses.

Análise:

A primeira parte foi equilibrada, com o AC Milan a mostrar grande qualidade na sua organização defensiva, com os alas em missão de sacrifício, defendo propriamente mais do que atacando, longe da baliza adversária, um trio de centro-campistas de muita entrega, e um quarteto defensivo muito concentrado.

O Barcelona também não estava insatisfeito com o 0-0, que lhe dava oportunidade de resolver a eliminatória no seu estádio, e por isso, assistiu-se a um evidente conformismo de ambas as partes.

No segundo tempo, num lance de bola parada, com alguma polémica à mistura, Boateng deu vantagem aos transalpinos, e a partir daí os “rossoneri” foram-se preocupando cada vez mais em defender o resultado, e apesar de passarem por um ou outro sobressalto, conseguiram-no fazer de forma tranquila, e numa transição rápida até chegaram ao 2-0, por intermédio de Muntari.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do AC Milan…

Abbiati praticamente só foi obrigado a efetuar defesas “à figura”;

Abate utilizou a sua velocidade nos desarmes que efetuou; Mexès exibiu classe e espírito de luta; Zapata esteve no centro da polémica ao ter tocado a bola com a mão no lance do 1-0; e Constant cobrou o livre que veio a originar o golo inaugural;

Ambrosini fez um jogo de grande entrega; Montolivo foi importante ao fazer cortes na sua zona defensiva, sem cerimónias; e Muntari apontou o segundo golo dos “rossoneri”;

Boateng (inaugurou o marcador numa das raras oportunidades de que a sua equipa dispôs) e El Shaarawy (fez a assistência para o 2-0) foram obrigados a trabalhar muito defensivamente, passando grande parte do encontro longe da baliza adversária; e Pazzini foi o único que não foi obrigado a defender, no entanto, como a sua formação não atacou muito, também não apareceu muito no jogo, e foi substituído depois de um choque de cabeças com Puyol;

Niang é muito veloz, e participou no lance do segundo golo; e Bakaye Traoré refrescou a ala esquerda.

Quanto aos jogadores do Barcelona…

Victor Valdés praticamente nem fez uma intervenção complicada;

Daniel Alves foi ofensivo, mas até aí El Shaarawy lhe complicou a vida; Piqué e Puyol (foi substituído já na reta final, com a cabeça é muito mau estado) praticamente só participaram na construção de jogo da equipa; e Jordi Alba não conseguiu dar profundidade ao seu flanco;

Busquets deu equilíbrio, mas foi algo lento a construir, também devido à dificuldade em encontrar espaços; Xavi foi eficaz no passe, apesar do mau estado do relvado; e Fàbregas entrou mal no encontro, falhando passes, e foi-se mantendo apagado;

Pedro esteve discreto; Iniesta foi um perigo das raras vezes em que teve espaço; e Messi foi buscar a bola em zonas demasiado recuadas, e não foi influente;

Alexis Sánchez refrescou o flanco esquerdo, sem sucesso; e Mascherano rendeu o inferiorizado Puyol apenas por alguns minutos.