Copa del Rey | Málaga 2-4 Barcelona

Esta noite, no Estádio La Rosaleda, o Barcelona derrotou o Málaga por 4-2, num jogo da segunda mão dos quartos-de-final da Copa del Rey, terminando a eliminatória com 6-4 favorável aos “blaugrana”. Pedro, Piqué, Iniesta e Messi marcaram para os catalães, e Joaquín e Santa Cruz para os andaluzes.

Eis a constituição das equipas:

Málaga

Os andaluzes vêm de uma série de maus resultados para o campeonato, onde já não vencem há três jogos, no entanto, conseguiram empatar 2-2 em Camp Nou e apenas necessitam de um 0-0 no seu estádio para seguir em frente.

Isco está lesionado e Monreal castigado.

Barcelona

Os catalães vêm daquela que até agora foi a sua pior semana na época, com o empate caseiro na primeira mão frente ao Málaga, e uma derrota no terreno da Real Sociedad (2-3) no último sábado, a contar para a Liga BBVA.

Muniesa e Abidal são os ausentes, ambos por castigo.

Cronómetro:

O Málaga entrou pressionante, atuando em 4x4x2 e impedindo que o Barcelona trocasse a bola no meio-campo dos andaluzes.

8’ Daniel Alves apareceu sozinho na área adversária e cruzou para Pedro, que cabeceou para o fundo das redes.

12’ Duda, perante a oposição de Jordi Alba, temporizou e serviu Joaquín, que foi mais forte que Piqué e com um belo remate igualou a partida.

25’ Kameni negou o golo a Messi.

36’ Iniesta combinou bem com Messi, mas já no interior da área do Málaga, acertou na trave.

39’ Jesús Gámez assistiu Camacho, que chutou para defesa incompleta de Pinto.

Os comandados por Manuel Pellegrini iam mantendo um comportamento pressionante, embora fosse difícil conseguir acompanhar de forma totalmente eficaz todos os movimentos dos “blaugrana”.

43’ O gráfico mostrava “apenas” 58% de posse de bola para o Barcelona, abaixo dos números habituais.

Intervalo.

49’ Iniesta colocou a bola em Piqué, que estava na área da formação da Andaluzia, e fez o 1-2.

63’ Portillo rendeu Duda.

68’ Num lance de contra-ataque, Joaquín serviu Santa Cruz, que com um remate colocado igualou o encontro.

76’ Iniesta combinou com Fàbregas e voltou a dar vantagem aos catalães.

80’ Iniesta descobriu Daniel Alves no lado direito, e o brasileiro cruzou para a área onde Messi, de cabeça, colocou o resultado em 2-4.

81’ Saviola e Lucas Piazón substituíram Seba Fernández e Joaquín.

82’ Messi cedeu o seu lugar a Thiago.

87’ Alexis rendeu Pedro.

89’ Kameni negou o golo a Fàbregas.

90’ Adriano entrou para o lugar de Jordi Alba.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo do Barcelona.

Análise:

Desde cedo o Málaga, que entrou para este jogo em vantagem na eliminatória, mostrou que não iria colocar um autocarro à frente da sua baliza, antes pelo contrário, iriam pressionar alto e obrigar os “blaugrana” a jogar mal, o que foi cumprido em grande parte do primeiro tempo, que terminou com um golo para cada lado, mas com o Barcelona a ter “apenas” 58% de possa de bola, longe dos números habituais, algo que traduzia claramente o bom trabalho dos andaluzes.

Devido a várias faltas e decisões controversas da equipa de arbitragem, o jogo esteve sempre quente, e isso não se alterou no segundo tempo, em que o Barça se colocou em vantagem nos primeiros minutos, por intermédio de Piqué, recentemente pai de um menino.

Mas os comandados por Manuel Pellegrini venderam sempre cara a derrota, e a meio da etapa complementar, conseguiram voltar a empatar, ameaçando o prolongamento, através de um remate colocado de Santa Cruz, com uma ajuda do poste à mistura.

No último quarto de hora, no entanto, Iniesta e Messi, dando o melhor seguimento a lances coletivos, também adicionaram o seu nome à lista de marcadores e colocaram o resultado final em 2-4.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Málaga…

Kameni mostrou-se corajoso a sair de entre os postes;

Jesús Gámez não tem grande propensão ofensiva, e também não é o melhor dos laterais no capítulo defensivo; Demichelis jogou com muitas “ganas”, acusando o calor do jogo; Weligton foi alternando entre boas e más decisões; e Eliseu viu Daniel Alves aparecer-lhe nas costas para cruzar para o 0-1;

Camacho, com descrição, foi importante a pressionar e a equilibrar a sua equipa; Iturra foi um trabalhador-nato a meio-campo; Duda fez o passe para o 1-1; e Seba Fernández criou desequilibrios devido à sua qualidade técnica, e um exemplo disso foi a forma como desenhou o segundo tento da sua formação;

Joaquín apontou o primeiro golo dos andaluzes e fez a assistência para o segundo; e Santa Cruz marcou o 2-2;

Portillo refrescou o ataque mas teve pouco em evidência; e Lucas Piazón e Saviola entraram numa fase em que a eliminatória já estava resolvida e passaram o pouco tempo que estiveram em campo a ver o Barça circular a bola.

Quanto aos jogadores do Barcelona…

Pinto não teve culpa nos golos sofridos;

Daniel Alves apareceu no ataque para fazer os cruzamentos para o primeiro e quarto golo; Piqué não conseguiu travar Joaquín no golo do empate, mas redimiu-se ao apontar o 1-2; Mascherano envolveu-se em algumas quezílias, mas no plano técnico/táctico esteve bem; e Jordi Alba hesitou na oposição a Duda, no lance que originou o 1-1;

Busquets, discreto como sempre, cumpriu a sua tarefa em equilibrar a equipa; Xavi esteve sempre certeiro nos passes, procurando jogar com critério, fazendo a equipa manter a posse do esférico e progredir no terreno; e Fàbregas com um grande gesto técnico, rodou sobre si próprio e serviu Iniesta no terceiro golo dos catalães;

Pedro inaugurou o marcador; Iniesta esteve perto de marcar na primeira parte, tendo acertado na trave aos 35’, fez um grande passe para o 1-2, mas na segunda, conseguiu finalmente faturar, fazendo o 2-3; e Messi esteve intermitente, passando muito tempo ao lado do jogo, mas depois aparecia para mostrar toda a sua qualidade, e conseguiu também ele apontar um golo, de cabeça;

Thiago, Alexis Sánchez e Adriano entraram somente para efeitos de gestão do plantel e queimar algum tempo.