segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Taça de Portugal | GD Fabril 2-1 Paredes


Ontem à tarde, no Estádio Alfredo da Silva, no Barreiro, o Fabril venceu o Paredes por 2-1 e apurou-se para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal. Ruben Guerreiro e Rui Martinho marcaram para os fabrilistas, e Hélder para os nortenhos.


Eis a constituição das equipas:

GD Fabril



O Fabril eliminou o Mortágua (1-0) na 1ª eliminatória da Taça de Portugal, e procura agora repetir um feito que conseguiu pela última vez em 2008/09, chegar à terceira ronda.
No campeonato (III Divisão – Série E), bateu o SL Cartaxo (3-0) na primeira jornada.
Este jogo pode servir como um ajuste de contas, já que em 1989/90, sob um dos seus antigos nomes, GD Quimigal, foram eliminados desta competição pelo Paredes, após empate no Barreiro (0-0) e derrota pesada no Norte (0-4).


Paredes



A formação da AF Porto entrou mal no seu campeonato (III Divisão – Série B), ao perder em casa diante do Santa Eulália (2-3).
Na 1ª eliminatória da Taça, o Paredes ficou isento, e agora tentarão imitar o que conseguiram pela derradeira ocasião em 2009/10.
Adriano (ex-Gil Vicente) já atuou no principal escalão português, e Calica (ex-Leixões), hoje treinador, teve o seu momento alto ao disputar a final da prova rainha do futebol nacional.


7’ Paulo Letras fez um passe picado para as costas da defesa, onde apareceu Ruben Guerreiro isolado, que fuzilou Adriano e deu vantagem aos barreirenses.

O Fabril entrou melhor, e a partir do golo, continuou o seu domínio, controlando a vantagem, e procurando criar situações de finalização através de passes para as costas da defesa.
Já o Paredes apostava sobretudo no futebol direto para os atacantes.

31’ Nogueira, de fora da área, rematou enrolado de pé esquerdo ao lado.

33’ Conhé trocou Francisco Cunha por Bruno Cruz.

35’ Na sequência de um cruzamento pela direita, Ruben Luís não conseguiu segurar a bola e esta sobrou para Nogueira que empatou o jogo.

42’ Sousa, pelo seu flanco, cruzou rasteiro para o primeiro poste, onde Carlos atirou ao lado.

Ao intervalo, Pedro Duarte rendeu Ima.

51’ Carlos André cruzou para Catarino, que cabeceou para uma grande defesa de Adriano.

52’ Na sequência de um canto, a bola sobrou para Nuno Jorge que obrigou novamente o guardião nortenho a intervenção apertada.

Por esta altura, o jogo estava a atravessar uma fase em que o ritmo estava mais intenso.

61’ Carlos cedeu o seu lugar a Telmo.
Com esta alteração, Pedro Duarte, que entrou para a ala direita, mudou-se para a esquerda.

63’ Danilo Serrano foi rendido por Bolinhas.

79’ Rui Martinho entrou para o lugar de Catarino.

84’ Na sequência de um cruzamento de Pedro Duarte, Hélder de cabeça levou a bola a passar por cima.

Início do prolongamento.

97’ Canto cobrado por Bolinhas pela esquerda e cabeceamento de Rui Correia para intervenção do guarda-redes visitante.

98’ Miguel Pimenta isolou Bruno Cruz, que voltou a testar os reflexos de Adriano.
Na recarga, Rui Martinho não acertou com a baliza.

101’ Bolinhas tentou o golo de trivela, mas acima do alvo.

Calica trocou Nogueira por George.

Intervalo do prolongamento.

113’ Bolinhas cruzou para o segundo poste, onde apareceu Rui Martinho a ganhar nas alturas e cabecear para o fundo das redes.

120+2’ Num lance de contra-ataque, Rúben Guerreiro conseguiu espaço na área adversária e obrigou novamente Adriano a aplicar-se.

120+3’ Com uma defesa milagrosa no último momento do jogo, foi Rúben Luis a salvar o Fabril e a garantir a vitória.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a vitórias dos fabrilistas que chegam assim à 3ª eliminatória da Taça de Portugal, onde já podem encontrar os principais pesos pesados do futebol nacional.
O Fabril começou melhor, fez jus ao fator casa, assumindo a partida e sempre com uma estratégia muito bem definida, que pode ter sido (ou não) um aproveitar de certas debilidades do adversário, que foi a insistência em passes para as costas da defesa, e até foi dessa forma, de Paulo Letras para Ruben Guerreiro, que se colocou em vantagem.
A partir daí, continuaram a insistir nesse tipo de lances, conseguindo algumas boas situações para finalizar, no entanto, também com vários homens (inclusivamente o autor do 1-0) a serem apanhados em fora-de-jogo, o que ou obrigava os árbitros assistentes a levantar a bandeirola, ou então, os seus colegas das linhas mais recuadas a temporizar e escolher o momento mais oportuno para os lançar pelas costas dos defesas dos nortenhos.
Já o Paredes, procurava sobretudo praticar um futebol direto, com o esférico a sair bombeado da dupla de médios ou até do sector defensivo para os dois avançados, sobretudo Nogueira, uma referência para ganhar as primeiras bolas, ficando Hélder por perto para tentar assegurar a manutenção da redondinha. O que é certo é que os comandados por Calica foram crescendo na partida e chegaram mesmo ao empate, aproveitando um erro do guarda-redes Ruben Luís.
Na segunda parte, a intensidade subiu, assistiu-se a um jogo de muita luta e empenho de ambas as partes, e o Fabril foi mais perigoso, criou as principais situações para finalizar, esteve perto de marcar, mas encontrou sempre pela frente um inspirado Adriano.
No prolongamento, a toada do segundo tempo foi-se mantendo, ainda que a intensidade tivesse diminuído devido ao desgaste, e quando já pairava no ar a possibilidade da eliminatória ser decidida na lotaria nas grandes penalidades, Rui Martinho, num lance que deixa dúvidas quanto à sua legalidade (protestou-se falta sobre o guarda-redes), decidiu a partida.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Fabril…
Ruben Luís mostrou-se inseguro em alguns lances, mas fez uma defesa milagrosa no último instante da partida;
Carlos André fez uma exibição muito regular, subindo quando necessário para apoiar o ataque e cruzar para a área; Rui Correia não esteve tão tranquilo como em outras ocasiões mas ainda assim efetuou uma boa exibição; Marinheiro ganhou a maioria dos lances que disputou; e Paulo Letras fez a assistência para o 1-0;
Nuno Jorge esteve muito empenhado; e Miguel Pimenta até o desgaste o limitar, foi incansável a recuperar bolas e a trabalhar para a equipa;
Ruben Guerreiro marcou um bonito golo, ainda assim, foi apanhado por diversas vezes em fora de jogo e nem sempre respeitou as subidas do seu lateral; Francisco Cunha não estava a dar muito à equipa a ligar sectores, e saiu quando Conhé achou necessário colocar alguém com maior capacidade de organização naquela zona do terreno; e Danilo Serrano, a partir da esquerda, procurou fazer diagonais e dar ritmo ao ataque;
Catarino, a referência atacante dos fabrilistas, apareceu por uma única vez, e aí quase marcou de cabeça;
Bruno Cruz, embora nem sempre com uma rotação alta para o nível, foi o organizador, ligou flancos e sectores, e foi especialmente importante na fase do prolongamento em que o conjunto barreirense se encontrava em vantagem e era preciso manter a posse de bola; Bolinhas, mesmo a contas com uma lesão, foi a jogo, deu a sua habitual velocidade e verticalidade à faixa esquerda e ainda fez a assistência para o 2-1; e Rui Martinho, que pareceu entrar pouco confiante na abordagem aos lances, acabou por ser o herói da tarde.

Quanto aos jogadores do Paredes…
O experiente guarda-redes Adriano esteve inspiradíssimo e foi dos que menos mereceu sair do Barreiro com uma derrota;
Sousa causou alguns estragos nas subidas que fez no seu flanco na primeira parte, no entanto, com a entrada de Bolinhas, teve bastantes complicações defensivas; Vítor Mendes e Preto permitiram que Ruben Guerreiro aparecesse isolado na faixa central no lance do 0-1, ainda assim, este último mostrou-se forte a sair a jogar e foi provavelmente o jogador que bombeou com mais frequência bolas para o ataque; e Pedrinho foi discreto, oscilando entre cortes bem e mal sucedidos no seu lado;
Tó Jorge e Artur (forte fisicamente, aguentas bem as cargas) alternaram entre quem defendia mais à frente, em linha com os dois alas (dando a sensação de um 4x4x2 losango), e quem fazia a cobertura, ainda assim, o primeiro foi maioritariamente o mais recuado; Ima foi pouco influente; e Carlos até esteve perto de marcar, e de fazer, na altura, o 1-2;
Hélder, provavelmente o elemento mais tecnicamente da equipa, posicionou-se ligeiramente mais recuado que o outro ponta-de-lança e foi o homem das bolas paradas; e Nogueira foi a principal referência na área adversária e ainda conseguiu empatar a partida;
Pedro Duarte entrou para a ala direita, mas mudou-se para a esquerda pouco depois; Telmo, foi um canhoto no flanco direito que procurou quase sempre fletir para o meio; e George refrescou o ataque.

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