Liga Europa | Sporting 0-0 Basileia

Esta noite, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, Sporting e Basileia empataram a zero, num jogo a contar para a 1ª jornada do Grupo G da Liga Europa.

Eis a constituição das equipas:

Sporting

Os leões ultrapassaram o Horsens no “Play-Off”, com um agregado de 6-1.

No passado fim-de-semana, o Sporting empatou no terreno do Marítimo para o campeonato (1-1).

Boulahrouz, Schaars e Pereirinha estão lesionados.

Basileia

O Basileia é o atual tricampeão suíço, apesar de nesta temporada se estar a atrasar na luta pelo título, ocupando o 5º lugar, a cinco pontos do líder St. Gallen.

Em comparação com a equipa-base do ano passado, este Basileia já não conta com Abraham (defesa-central), Xhaka e Huggel (médios) e Shaqiri (extremo).

Os helvéticos até conseguiram chegar ao “Play-Off” da Liga Europa, tendo eliminado o FC Flora (5-0 no agregado) e o Molde (2-1) nas pré-eliminatórias, no entanto, foram afastados pelo Cluj (1-3).

Na melhor prestação da equipa agora orientada por Heiko Vogel, em 2005/06, chegaram aos quartos-de-final da então denominada Taça UEFA.

Em quatro jogos disputados frente ao Sporting, somaram quatro derrotas.

Adilson Cabral é primo de Gelson Fernandes.

Yapi-Yapo e Stjepan Vuleta estão ausentes por lesão.

Depois de uns minutos iniciais em que se viu um Sporting ofensivo, o Basileia tentou ter a bola em sua posse e arrefecer o ritmo de jogo.

21’ Cédric, tentou o golo de longe, mas saiu ao lado.

23’ Na sequência de um livre lateral cobrado por Alexander Frei, Dragovic fugiu à marcação de Carrillo e cabeceou para fora.

33’ Gelson Fernandes serviu Wolfswinkel, que obrigou Sommer a uma grande intervenção.

Talvez por uma questão de gestão de esforço, a equipa leonina permitia que os elementos da linha defensiva dos helvéticos circulassem a bola entre si, não os pressionando.

Intervalo.

Para o segundo tempo, Ricardo Sá Pinto trocou Carrillo e Capel de flanco.

50’ Xandão recebeu um passe de Cédric, atrapalhou-se e deixou-se antecipar por Streller, tendo-o travado em falta quando ía para a baliza leonina e por isso foi expulso.

Gelson Fernandes passou momentaneamente para defesa-central.

56’ Marcelo Díaz, do meio da rua, atirou forte contra a trave.

57’ Elias foi substituído por Daniel Carriço, e assim Gelson Fernandes voltou ao meio-campo.

Em vantagem numérica, o Basileia estava numa fase ascendente na partida.

65’ Pranjic rematou de fora da área para defesa de Sommer, e na sequência do lance o guarda-redes helvético negou o golo a Capel.

67’ Izmailov cedeu o seu lugar a André Martins.

74’ André Martins fez um extraordinário passe para André Martins, que ganhou espaço a Dragovic e chutou para defesa do guardião suíço.

75’ Heiko Vogel trocou Salah por Zoua.

76’ Labyad rendeu Carrillo.

Após a entrada do marroquino, os leões intensificaram o seu ritmo de jogo, parecendo querer apostar tudo na recta final.

83’ Fabian Frei substituiu Marcelo Díaz.

90’ Stocker foi rendido por David Degen.

Sem mais ocorrências dignas de registo até ao fim, confirmou-se o nulo no marcador.

O Sporting teve um inicio interessante, mostrando-se ofensivo nos minutos iniciais, com vários desequilíbrios gerados pela velocidade de Carrillo, mas curiosamente, depois de uma falta que o peruano sofreu e o pareceu limitar, o Basileia teve mais bola e foi arrefecendo o ritmo de jogo, e os leões, passivamente, não pressionando, foram deixando isso acontecer. Ainda assim, até ao intervalo, foram os comandados de Ricardo Sá Pinto quem teve mais situações para finalizar, ainda que sem acerto.

Logo a abrir a segunda parte, Xandão cometeu um erro infantil, foi expulso e deixou equipa reduzida a dez, que teve pela frente um período forte dos helvéticos, no qual foram superiores, e só na recta final, a formação leonina deixou realmente a pele em campo, com vários jogadores a darem tudo para chegar mais cedo aos lances que o adversário, pressionarem de forma mais intensa, e tentarem, através de algum desdobramento, atenuaram essa desvantagem numérica, no entanto, sem grandes efeitos práticos, já que o 0-0 acabou por permanecer.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Sporting…

Rui Patrício esteve bem quando foi chamado a intervir;

Cédric foi muito regular, no entanto, acabou por ser ele a fazer o passe arriscado que valeu a expulsão do seu colega; Xandão foi expulso num lance em que foi lento a reagir numa zona proibida; Rojo nem sempre esteve tranquilo, mas maioritariamente exibiu-se a bom nível; e Pranjic, apesar de não ter comprometido, não entusiasmou em qualquer momento para um lateral ofensivo;

Gelson Fernandes, com os médios-centro do Basileia bastante longe dos avançados, dedicou-se sobretudo a fazer as dobras aos companheiros, acabando por estar bem; Elias actuou numa linha intermédia a meio-campo e foi sacrificado quando a equipa ficou reduzida a dez; e Izmailov, tecnicamente evoluído, conseguiu por várias vezes abrir espaços na defesa adversária através do drible, sendo uma espécie de “abre-latas” táctico, mas ainda tem pouco ritmo, aliados aos seus conhecidos problemas físicos;

Carrillo entrou endiabrado, mas entretanto pareceu ficar limitado fisicamente após ter sofrido uma falta e acabou por ir desaparecendo; Capel esteve muito empenhado, mas raramente conseguiu desequilibrar; e Wolfswinkel tentou aproveitar as poucas oportunidades que dispôs, mas encontrou pela frente um guarda-redes inspirado;

Daniel Carriço entrou para repor a defesa a quatro elementos; André Martins deu tudo o que tinha enquanto esteve em campo, desdobrando-se entre médio defensivo e ofensivo; e Labyad ainda mexeu com o jogo, mas acabou por não resolver muito.

Quanto aos jogadores do Basileia…

Sommer esteve seguríssimo;

Steinhöfer teve constantemente o apoio do médio-ala do seu lado e juntos conseguiram travar as investidas dos leões pela esquerda; Sauro exibiu-se a bom nível; Dragovic, muito possante, impôs-se perante Wolfswinkel e ganhou praticamente todos os lances pelo ar; e Park Joo-Ho parecia ir ter uma noite muito complicada com Carrillo pela frente, mas entretanto o peruano não deu seguimento ao seu rendimento inicial, e o coreano acabou por estar mais descansado, mas ainda assim, foram raras as vezes que subiu no terreno;

Salah, promessa do futebol egípcio, não se demitiu de defender, foi até uma espécie de segundo lateral em algumas ocasiões, foi agressivo e mostrou bom pé esquerdo, apesar de actuar no flanco direito; Marcelo Díaz esteve perto de marcar, tendo acertado na trave com um remate fortíssimo; Cabral revelou-se empenhado e forte na marcação, recuperando bolas com relativa frequência; e Stocker exibiu um drible forte, causando alguns desequilíbrios;

Alexander Frei ainda não está na sua melhor forma, acusando a falta de ritmo em algumas situações; e Streller, forte fisicamente, foi perigoso mas acabou por ficar em branco;

Zoua entrou para a ala-esquerda, fazendo vários movimentos para a zona central; Fabian Frei refrescou o miolo; e David Degen foi lançado praticamente apenas para queimar algum tempo.