sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Supertaça Europeia | Chelsea 1-4 Atlético Madrid


Esta noite, no Estádio St. Louis II, no Mónaco, o Atlético Madrid conquistou a Supertaça Europeia ao vencer o Chelsea por 4-1. Radamel Falcao (3) e Miranda marcaram para os “colchoneros”, e Cahill para os “blues”.



Eis a constituição das equipas:

Chelsea



Os “blues” tentaram conquistar a sua segunda Supertaça Europeia (na sua segunda participação), depois do triunfo em 1998 diante do Real Madrid (1-0).
O Chelsea disputa esta prova por ter vencido a última edição da Liga dos Campeões, onde derrotaram o Bayern Munique na final (1-1, 4-3 nas grandes penalidades).
Os comandados por Roberto Di Matteo entraram bem no campeonato inglês, alcançando três vitórias em outros tantos jogos, frente a Wigan (2-0), Reading (4-2) e Newcastle (2-0), após uma derrota na Community Shield perante o Manchester City (2-3).
John Terry está castigado.


Atlético Madrid



O Atleti também poderá vencer a sua segunda Supertaça Europeia na sua segunda participação, depois da vitória em 2010 sobre o Inter (2-0).
Os “colchoneros” conquistaram a Liga Europa em 2011/12 ao bater o Athletic Bilbao (3-0).
No início do campeonato espanhol, registaram um empate, diante do Levante (1-1) e um triunfo, sobre o Athletic Bilbao (4-0).
Os portugueses Sílvio e Tiago fazem parte do plantel, assim como os ex-portistas Cristián Rodríguez e Falcao.
De salientar que a formação orientada por Diego Simeone irá disputar o Grupo B da Liga Europa, tal como a Académica.


4’ Na sequência de um cruzamento de Filipe Luís pela esquerda, Falcao apareceu nas costas de Ashley Cole e desviou a bola para a trave.

7’ O avançado colombiano do Atlético Madrid apareceu desmarcado ligeiramente descaído pela esquerda através de um grande passe de Adrián López, picou o esférico sobre Cech e deu vantagem à sua equipa.


Com o golo marcado, os “colchoneros” procuraram trocar a bola no meio-campo adversário, controlando desse modo a partida.

16’ Adrián López viu Cech negar-lhe o golo.

Mesmo em vantagem, os comandados por Diego Simeone nunca abdicaram de pressionar bem alto, impedindo inclusivamente que os centrais saíssem a jogar e obrigando-os a fazer passes longos.

19’ Assistido por Koke, Falcao conseguiu ganhar algum espaço a Ashley Cole e de pé esquerdo atirou ao ângulo.


28’ Numa transição rápida conduzida por Adrián López, este serviu Gabi que permitiu a defesa do guarda-redes checo.

35’ Depois de uma jogada confusa na área do Chelsea, “El Tigre” cabeceou ao poste.

45’ Arda Turan conduziu mais um contra-ataque, contemporizou e assistiu Falcao, que ganhou posição a Ramires e fez o seu “hat-trick”.


Ao intervalo, Oscar rendeu Ramires.

50’ Fernando Torres, à meia volta, rematou ao lado.

Em comparação com o primeiro tempo, o Atlético entrou na segunda parte com uma postura mais defensiva, recuando o bloco e defendendo praticamente em 4x4x1x1 em todo o seu meio-campo.

56’ Diego Simeone trocou Adrián López por Cristián Rodríguez.

60’ No seguimento de um livre lateral favorável aos madrileños, houve um ressalto e a bola sobrou para Miranda que picou sobre Cech e colocou o resultado em 0-4.


69’ Koke, em mais um livre lateral, desta vez pela esquerda, fez com que o esférico fizesse uma curva de fora para dentro e quase marcou, valeu o guardião checo dos londrinos.

74’ Depois de um canto cobrado por Hazard, a bola ficou presa entre uma série de jogadores e acabou por parar aos pés de Cahill que fuzilou Courtois.


81’ Koke cedeu o seu lugar a Raúl García.
Juan Mata foi substituído por Sturridge.

87’ Emre entrou para o lugar de Falcao.

89’ Roberto Di Matteo esgotou as substituições: Ashley Cole por Bertrand.

90’ Emre cruzou rasteiro e com pouca força, e David Luiz ao tentar cortar o lance, quase ía marcando na própria baliza, valeu o poste.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a vitória folgada do Atlético, que lhe garantiu a sua segunda Supertaça Europeia e quarta conquista internacional no espaço de pouco mais de dois anos.
Os “colchoneros” entraram fortes, pressionantes, sem medo e “mandões” na partida, e depois de terem acertado no poste aos 4’, acabaram por marcar três minutos depois pelo inevitável Falcao.
Depois, os comandados por Diego Simeone foram fechando os caminhos para a sua baliza, com um trio no meio-campo que ocupou muito bem os espaços, mas ainda assim, com uma particularidade no seu princípio de jogo: sempre que a bola estava na sua posse, todas as movimentações e todos os esforços tinham um único sentido e objectivo concreto, a baliza contrária, fossem através de um futebol apoiado ou de transições rápidas, e aliando esse factor a uma pressão muito alta, a superioridade no encontro foi continuando e com alguma naturalidade chegaram ao seu segundo e terceiro golo, ambos apontados por “El Tigre”, que completou um “hat-trick” até ao intervalo.
Na segunda parte, o Atleti recuou o seu bloco, foi jogando com o resultado, mostrou ser também uma equipa muito consistente sem bola e sem um princípio de jogo ofensivo, mas o que é certo é que apesar de a objectividade no ataque não ser tanta, ainda conseguiram chegar ao 0-4, por Miranda.
Até final, a toada do encontro foi-se mantendo, o Chelsea ainda reduziu por intermédio de Cahill mas não teve argumentos para um melhor resultado.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Atlético Madrid…
Courtois praticamente não efectuou nenhuma defesa complicada;
Juanfran não teve uma noite muito complicada, neutralizando Mata; Miranda facturou, e juntamente com Godín, formou uma dupla de centrais muito consistente; e Filipe Luís foi importante no apoio ao ataque;
O trio de meio-campo, composto por Mário Suárez (o mais recuado), Gabi e Koke (o mais adiantado) ocupou muito bem os espaços a defender, com destaque para o contributo ofensivo deste último, que realizou uma grande exibição, foi aparecendo à direita, à esquerda e ao centro, e fez a assistência para o 0-2;
Os extremos estiveram em excelente plano e foram trocando de flanco entre si: Adrián López fez um excelente passe para o 0-1, e acabou por sair com problemas físicos; Arda Turan foi quem conduziu maioritariamente as transições rápidas, fruto da sua capacidade de acelerar, mas também de contemporizar, tendo uma grande visão de jogo e qualidade a segurar a bola, apareceu com frequência na faixa central e assistiu o 0-3;
Falcao foi o homem da partida, marcou um “hat-trick” ainda nos primeiros 45 minutos, e mesmo passando ao lado do encontro na segunda parte, teve certamente uma das noites mais memoráveis da sua carreira;
Cristián Rodríguez entrou muito bem no jogo, para o lado esquerdo do ataque, fazendo uso da sua capacidade de passe e de gerar desequilíbrios; e Raúl García e Emre entraram quando tudo já estava definido, para participarem também eles activamente na festa.

Quanto aos jogadores do Chelsea…
Cech teve uma noite difícil, embora não tenha tido grande culpa nos golos;
Ivanovic teve sérias dificuldades, já que pela frente teve um ofensivo Filipe Luís, Adrián López e ainda Arda Turan, que mesmo como extremo-direito, foi apareceu-lhe no caminho; David Luiz foi batido em velocidade por Falcao no 0-1 e quase marcava na própria baliza já perto do fim; Cahill teve um jogo complicado, mas menorizou os danos com o tento apontado; e Ashley Cole não conseguiu tapar o ângulo de remate ao colombiano no 0-2;
Mikel, forte fisicamente, até que não esteve mal como recuperador da bola, no entanto, a sair para o ataque, fruto da sua pouca capacidade de organização, muitas vezes atrasou o processo ofensivo da sua equipa; e Lampard, embora discreto, foi aqui e ali tentando encontrar um espaço para criar uma situação de finalização;
Ramires e Juan Mata estiveram apagados: o brasileiro foi batido por “El Tigre” no lance do 0-3 e acabou por sair ao intervalo, e o espanhol tentou flectir da esquerda para o meio por diversas vezes com o esférico na sua posse para tentar aumentar o volume ofensivo dos londrinos pela faixa central, mas sem grande sucesso; e Hazard, empenhado, tentou pegar no jogo, começou como “10” e acabou como extremo-esquerdo e nunca conseguiu brilhar;
Fernando Torres passou ao lado do encontro;
Oscar deu alguma capacidade de passe e organização; e Sturridge e Bertrand entraram tarde e sem acrescentar nada.

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