Esta noite, no Estádio Santiago Bernabéu, o Real Madrid conquistou a Supertaça Espanhola ao bater o Barcelona por 2-1, beneficiando da vantagem de golos fora no agregado de 4-4. Higuaín e Cristiano Ronaldo apontaram os tentos dos “merengues”, e Messi o dos “blaugrana”.
Eis a constituição das equipas:
Real Madrid
Os “merengues” tentarão conquistar a sua 9ª Supertaça, depois dos triunfos em 1988, 1989, 1990, 1993, 1997, 2001, 2003 e 2008.
Os comandados por José Mourinho começaram mal a temporada, já que perderam a primeira mão em Barcelona por 2-3, e no campeonato, somam um empate (0-0 diante do Valência) e uma derrota (1-2 frente ao Getafe) nos dois jogos disputados.
Fábio Coentrão está castigado.
Barcelona
Os “blaugrana” procuram a 11ª Supertaça, que seria a quarta consecutiva, juntando-a assim às conquistas de 1983, 1991, 1992, 1994, 1996, 2005, 2006, 2009, 2010 e 2011.
Pela primeira vez na sua história, o Barça poderá conquistar este troféu no terreno do seu grande rival, vingando-se do sucedido em 1988 e 1993, em que o oposto se sucedeu.
Para já, os catalães somam vitórias em todos os jogos disputados na presente época: 5-1 à Real Sociedad e 2-1 ao Osasuna (Liga BBVA) e 3-2 ao Real Madrid (primeira mão da Supertaça).
Puyol é ausência por lesão.
Assim que começou o jogo, notou-se uma alteração de última hora no Barcelona. Jordi Alba alinhou como titular, no lugar de Daniel Alves, e Adriano ocupou o lado direito da defesa.
7’ Marcelo colocou Higuaín na cara de Valdés, mas este negou-lhe o golo.
11’ Pepe bombeou uma bola longa, Mascherano falhou o corte e o ponta-de-lança argentino ficou isolado e deu vantagem ao Real Madrid.
19’ Em mais uma bola bombeada para a frente, desta vez por Khedira, Piqué falhou na antecipação, Ronaldo deu um toque artístico para a frente e na cara do guardião “blaugrana”, fez o 2-0.
22’ Higuaín voltou a aparecer em boa posição na área adversária, mas Valdés respondeu com uma boa intervenção.
A defesa dos catalães estava a abrir um autêntico buraco, nomeadamente os centrais, Mascherano e Piqué, que ficaram muito mal na fotografia nos golos dos “merengues”.
Os comandados por José Mourinho, no seu processo defensivo, estavam a apresentar uma pressão muito alta e agressividade na recuperação do esférico, defendendo em zonas muito adiantadas e com preocupação de tapar as linhas de passar e fechar os triângulos criados para que o Barça colocasse em prática o seu “tiki-taka”.
28’ Adriano derrubou Cristiano Ronaldo quando este seguia sem oposição para a baliza contrária, e acabou expulso.
32’ Tito Vilanova trocou Alexis Sánchez por Montoya e voltou a ter um lateral-direito em campo, abdicando de um extremo.
45’ Messi, de livre directo, reduziu para 2-1.
45+2’ CR7, do meio da rua, atirou forte mas ao lado.
Depois da pressão intensa exercida pelo Real, os jogadores começaram a sentir algum cansaço, e combinando esse facto com a aparição de Lionel Messi, o jogo parecia ganhar novos contornos.
Intervalo.
Comparativamente à primeira parte, o ritmo da partida arrefeceu, fruto da intenção do Real Madrid em reduzir a intensidade e do recuo do seu bloco.
No entanto, quando os “merengues” conseguiam ter a posse de bola e a circulavam na sua zona defensiva, era curioso como os catalães não exerciam uma pressão muito alta, apesar de estarem em desvantagem.
62’ Mascherano descobriu Pedro nas costas de Sergio Ramos, mas Casillas impediu o tento do extremo espanhol.
69’ Khedira penetrou por entre os jogadores do Barça e rematou para defesa de Valdés.
75’ Busquets cedeu o seu lugar a Song.
79’ Callejón rendeu Di María.
80’ Xabi Alonso, com um grande passe, isolou Higuaín que foi bastante lento a decidir e acabou por acertar no poste.
82’ Higuaín foi substituído por Benzema nos “blancos”, e Pedro por Tello nos “culé”.
83’ Modric substituiu Özil, fazendo a sua estreia com a camisola dos campeões espanhóis.
90+2’ Casillas negou o golo a Montoya.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a vitória do Real, a primeira de José Mourinho no Santiago Bernabéu sobre o Barcelona, dois anos depois de ter chegado a Madrid.
Os “merengues” entraram fortes, pressionantes e com um bloco muito alto, a povoar o meio-campo adversário, impedindo os “blaugrana” de praticar o seu melhor futebol, e a tentarem transições rápidas e a praticarem um futebol directo, através de passes longos para as costas da defesa, e foi dessa forma que marcaram os seus dois golos, ainda nos primeiros vinte minutos, por intermédio de Higuaín e Cristiano Ronaldo, aproveitando falhas na intercepção aos lances de Mascherano e Piqué.
Como se tal não bastasse, Adriano foi expulso, o Barcelona ficou reduzido a dez elementos, no entanto, foi curiosamente a partir desse momento que os comandos por Tito Vilanova reentraram na discussão da Supertaça, através da diminuição da pressão e recuo do bloco do Real, e também do aparecimento de Messi, que acabou por reduzir a desvantagem de livre directo.
Após o intervalo, assistimos a um futebol mais táctico, mais fechado, com as equipas a quererem sobretudo não cometer erros, a não se exporem defensivamente, mas ainda assim, foi-se assistindo algumas oportunidades de parte a parte, mas o resultado acabou por não sofrer alterações.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Real Madrid…
Casillas fez intervenções muito valiosas;
Arbeloa foi “certinho”, como já vem habituando; Pepe e Sergio Ramos realizaram ambos grandes exibições e foram imperiais no eixo defensivo; e Marcelo, ofensivo e tecnicista, forte também a defender, esteve muito bem;
Xabi Alonso comandou as operações a meio-campo, com bons passes, com critério, sejam curtos ou longos; Khedira, em comparação com o que se viu dele na época passada, libertou-se algumas vezes da sua posição para aparecer no último terço, e fez a assistência para o 2-0;
Di María ofensivamente esteve apagado, no entanto, ajudou a fechar o flanco direito; Özil, aparecendo à esquerda e à direita, foi dando apoio ao portador da bola; e Cristiano Ronaldo, ainda sem estar ao nível do auge da temporada transacta, marcou, depois de um gesto técnico notável;
Higuaín abriu o marcador mas desperdiçou oportunidades de forma incrível;
Callejón ajudou a fechar e a refrescar o lado direito; Benzema substituiu o desgasto Higuaín e tentou segurar a bola nos minutos finais; e Modric, apesar de acusar ainda a falta de entrosamento com a equipa, mostrou a sua frieza a comandar e a distribuir o esférico.
Quanto aos jogadores do Barcelona…
Victor Valdés não teve culpa nos golos sofridos e ainda impediu que outros fossem marcados;
Adriano não deu verticalidade ao lado direito, tendo esse processo dificultado por ser um canhoto, e foi expulso ainda na primeira meia hora; Mascherano e Piqué cometeram escorregadelas fatais respectivamente no 1-0 e 2-0, no entanto, foram-se redimindo ao longo da partida; e Jordi Alba até nem teve muito trabalho com Di María pela frente, e subiu timidamente pelo seu flanco;
Busquets teve dificuldades em equilibrar a equipa e esteve sempre pressionado; e Iniesta e sobretudo Xavi estiveram muito recuados, não conseguindo ser influentes no último terço, e apesar de traduzirem em campo a sua capacidade técnica e de passe, não introduziram um ritmo forte e nunca conseguiram praticar o “tiki-taka”;
Alexis Sánchez e Pedro apareceram muito abertos nos seus flancos, não geraram grandes desequilíbrios, e o chileno acabou por ser sacrificado ainda na primeira parte para repor a defesa a quatro; e Messi demorou a aparecer na partida, quando apareceu marcou um bonito golo de livre directo, no entanto, voltou a ter um rendimento baixo no segundo tempo;
Montoya teve nos pés uma oportunidade para fazer o 2-2, deu alguma profundidade à sua faixa e passou por dificuldades a defender, com Ronaldo pela frente; Song revelou-se forte na marcação, no entanto, a sua principal função era melhorar a capacidade de passe e de saída de bola da equipa, e acabou por não ver essa missão cumprida; e Tello ainda criou aflição na área “merengue” mas foi inconsequente.
partidazo del real madrid!! uno de los mejores que he visto en mi vida! qué grandes. esta victoria nos ayudará mucho a seguir adelante y remontar en liga. un saludo desde www.fulltimedeportes.com
ResponderEliminarQue belo jogaço a que tivemos oportunidade de assistir, assim dá gosto ver futebol.
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