quinta-feira, 26 de julho de 2012

Jogos Olímpicos 2012 | Espanha 0-1 Japão


Esta tarde, no Hampden Park, em Glasgow, o Japão surpreendeu ao derrotar a Espanha por 1-0, num jogo da primeira jornada da fase de grupos dos Jogos Olímpicos 2012. Yuki Otsu marcou o golo solitário da partida.




Eis a constituição das equipas:



Espanha






Os espanhóis apuraram-se para estes Jogos Olímpicos ao vencer o Europeu de Sub-21 em 2011, batendo a Suiça na final, mas deixando pelo caminho também Bielorrússia, República Checa, Inglaterra e Ucrânia, tal como Finlândia, Polónia e Liechtenstein na fase de qualificação.
Os três jogadores convocados com mais de 23 anos são Javi Martínez (Athletic Bilbao), Adrián López (Atlético Madrid) e Juan Mata (Chelsea).
O benfiquista Rodrigo também está na convocatória.
“La Roja” conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, na altura com nomes como Cañizares, Ferrer, Abelardo, Guardiola, Luis Enrique e Alfonso.
Thiago Alcantara falha a competição por lesão.




Japão






Os japoneses chegaram ao torneio olímpico após ultrapassarem obstáculos com os nomes de Kuwait, Síria, Barém e Malásia.
Os dois jogadores convocados com mais de 23 anos são Maya Yoshida (VVV-Venlo) e Yuhei Tokunaga (FC Tóquio).




5’ Rodrigo, de fora da área, rematou rasteiro e ao lado.



O Japão pressionava muito alto, dificultado a primeira fase de construção dos espanhóis, que como lhes é característico, têm uma grande capacidade de manutenção de posse de bola.



25’ Numa transição rápida por parte da Espanha, Juan Mata flectiu da direita para o meio e rematou para defesa de Gonda.



34’ Na sequência de um canto cobrado por Ogihara, Otsu antecipou-se a Montoya e atirou para o fundo das redes.






42’ Iñigo Martínez perdeu a bola em zona proibida por Nagai em zona proibida e teve de o derrubar à entrada da área, sendo expulso.



43’ Ogihara, de livre directo, atirou por cima.



“La Roja” parecia desmotivada e desconcentrada, tanto no sector defensivo, com muitos passes falhados e percas de bola, como ofensivamente, sem dinâmica capaz de criar ocasiões de perigo.



A jogar com dez unidades, Javi Martínez passou para defesa-central.



Ao intervalo, Takashi Sekizuka trocou Yuki Otsu por Manabu Saito.



50’ Higashi rematou colocado de fora da área para uma grande defesa em voo de De Gea.



56’ Ander Herrera rendeu Adrián López.



58’ Em mais um lance de contra-ataque, Higashi já em esforço serviu Nagai que atirou para fora.



Os nipónicos pareciam estar mais próximos do 0-2 do que propriamente “nuestros hermanos” do empate.



60’ Kiyotake num bom lance individual, com alguma sorte à mistura, conseguiu isolar-se mas depois não conseguiu acertar na baliza.



63’ Isco foi substituído por Oriol Romeu.



74’ Hiroki Sakai cedeu o seu lugar a Gotoku Sakai.



79’ Gonda, de forma pouco ortodoxa, negou o golo a Juan Mata.



81’ Koke foi rendido por Cristian Tello.



86’ Yamamura substituiu Ogihara.



87’ Oriol Romeu, desconcentrado, perdeu a bola para Nagai que se colocou em boa posição, mas De Gea impediu que o Japão alargasse a vantagem.



Sem mais ocorrências até final, a selecção nipónica confirmou uma vitória histórica sobre a favorita Espanha.
Mantendo-se fiel à sua filosofia de jogo, com posse de bola e passes curtos, mas sem executantes como na equipa principal, e com problemas psicológicos durante a partida, provavelmente provocados pelo subestimar do adversário ou pela pressão sentida por representar um país que tem dominado a modalidade nos últimos anos, e até mesmo devido a algum cansaço, “La Roja” não conseguiu colocar em prática o futebol que lhe é característico, fruto também de uma pressão alta do Japão, que em vez de baixar o bloco e juntar às linhas, e ir tapando os caminhos para a sua baliza, subiu no terreno todos os seus jogadores e foi dificultando a construção de jogo dos espanhóis, que erravam passes e perdiam a bola em zonas recuadas, o que originava lances de perigo para os asiáticos. Os nipónicos até marcaram num lance de bola parada, na sequência de um pontapé de canto, no entanto, o lance da expulsão de Iñigo Martínez foi mesmo devido a uma perca de bola infantil em zona proibida.
No segundo tempo, e a jogar com dez, “nuestros hermanos” ainda sentiram mais dificuldades em ligar o seu jogo, foram inconsequentes no ataque e abriram alguns buracos na defesa, e se não fosse a ineficácia dos atacantes japoneses, nomeadamente de Nagai, poderiam ter saído goleados de Glasgow.



Analisando os atletas em campo, começando pelos de Espanha…
De Gea (Manchester United) foi provavelmente o melhor em campo da sua equipa, fazendo intervenções que impediram mais golos sofridos;
Montoya (Barcelona) deixou-se antecipar por Otsu no lance do 0-1; Iñigo Martínez (Real Sociedad) foi expulso após uma infantilidade; Álvaro Domínguez (Borussia M’gladbach) esteve sempre desconcentrado; e Jordi Alba (Barcelona) esteve bastante longe do nível exibido no EURO 2012.
Javi Martínez (Athletic Bilbao) era quem recuava para construir jogo, estando sempre muito pressionado; Koke (Atlético Madrid) passou discreto; e Isco (Málaga) esteve também muito apagado;
Juan Mata (Chelsea) foi o que mais remou contra a maré, flectindo sempre do flanco direito para o centro; Rodrigo (Benfica) prometeu muito, logo ao inicio, com um remate perigoso, mas eclipsou-se; e Adrián López (Atlético Madrid) foi um avançado muito móvel, descaindo com frequência para os flancos, mas sempre sem criar perigo;
Ander Herrera (Athletic Bilbao), Romeu (Chelsea) e Tello (Barcelona) não conseguiram colocar a sua qualidade ao serviço da equipa e não acrescentaram nada à partida.



Quanto aos jogadores do Japão…
Gonda (FC Tóquio) esteve sempre seguro;
Hiroki Sakai (Hannover 96) exibiu-se a bom nível mas saiu lesionado; Yoshida (VVV-Venlo) e Suzuki (Albirex Niigata) nunca comprometeram; e Tokunaga (FC Tóquio) foi um lateral-esquerdo ofensivo, com a particularidade de ser destro;
Ogihara (Cerezko Osaka) mostrou ser um canhoto como uma boa colocação de bola, e que por isso bateu a maioria das bolas paradas, incluindo o canto que originou o golo; e Yamaguchi (Cerezo Osaka) esteve mais discreto e posicional;
Kiyotake (Nuremberga) e Otsu (Borussia M’gladbach) foram extremos muito Velozes e que causaram enormes dores de cabeça aos espanhóis, especialmente o segundo que marcou o golo decisivo, tendo saído lesionado ao intervalo;
Higashi (Omiya Ardija) foi provavelmente o melhor em campo, sempre muito próximo do ponta-de-lança, dando-lhe um apoio incansável; e Nagai (Nagoya Grampus) foi um avançado muito irrequieto, que lutou muito, mostrou capacidade a segurar a bola, no entanto, foi muito perdulário;
Manabu Saito (Yokohama Marinos) rendeu Otsu, mas a equipa pouco perdeu com isso, continuando com velocidade nas faixas; Gotoku Sakai (Estugarda) também não ficou nada a dever à exibição do jogador que substituiu; e Yamamura (Kashima Antlers) povoou o meio-campo.




Com este resultado, fica assim disposta a classificação do Grupo D:


3 comentários:

  1. OLÁ DAVID, COMO ESTÁS ??? AQUI PELO SUL DO BRASIL TEMOS MUITO FRIO, TEMPERATURA PERTO DOS 3 GRAUS POSITIVOS. PRECISO DE TUA AJUDA: A LIGA PORTUGAL (OU 2ª DIVISÃO PARA NÓS BRASILEIROS) APRESENTA 21 CLUBES NO SITE OFICIAL DO TORNEIO E PELO QUE NOTEI FALTA UMA EQUIPE !! SABES ME DIZER O PQ ?? QUANDO SERÁ DEFINIDO ESTE CLUBE ??? E PARA FINALIZAR, GOSTARIA DE PARABENIZÁ-LO PELO EXCELENTE TRABALHO FRENTE AO SEU BLOG. UM GRANDE ABRAÇO.

    HOMERO QUEIROGA - PELOTAS-RS-BRASIL
    escudosdomundointeiro.blogspot.com

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    1. Já tem 22. Isso deve-se a problemas financeiros de equipas que tiveram de desistir e dar o seu lugar a outras, neste caso o Portimonense, que foi repescado

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  2. MUITO OBRIGADO MEU AMIGO. NO SITE DA COMPETIÇÃO NÃO EXISTE ESSA INFORMAÇÃO. ESTOU PREPARANDO UM POST SOBRE O CAMPEONATO PORTUGUÊS DA 1ª E DA 2ª DIVISÕES. DAQUI A POUCO DEVE IR AO AR. UM GRANDE ABRAÇO

    AGRADEÇO NOVAMENTE A ATENÇÃO.

    ATT HOMERO QUEIROGA

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