segunda-feira, 2 de julho de 2012

EURO 2012 | Onze Ideal




Terminado o EURO 2012, que culminou na vitória da Espanha, que conquistou o seu terceiro título, depois de 1964 e 2008, diante da Itália (4-0), é altura de escolher o onze ideal da competição.





Guarda-redes:






A demonstração de reflexos extraordinários, qualidade e rapidez nas saídas a cruzamentos, ser o dono da baliza menos batida do EURO 2012 e até uma defesa no desempate nas grandes penalidades frente a Portugal, nas meias-finais, fez de Iker Casillas o melhor “portero” da competição. Apenas um homem, Antonio Di Natale, conseguiu bater o “merengue” na prova, e foi logo na primeira jornada.




Defesas-Laterais:






É verdade que na seleção alemã jogou do lado esquerdo, no entanto, por questões de ajustamento, coloco-o neste onze ideal no lado direito, posição que ocupa no Bayern Munique. Philipp Lahm voltou a fazer um grande Europeu, o seu terceiro, dando nas vistas por ser o mais baixo de uma equipa de grande porte, que sobe pelo seu flanco no apoio ao ataque e que flete com frequência para o centro do terreno, e foi num movimento assim que marcou um grande golo frente à Grécia.







Para muitos adeptos de futebol, chegou ao Europeu possivelmente como o titular espanhol menos popular, sendo o herdeiro do lado esquerdo da defesa “roja” que pertencia a Capdevilla. Depois de uma excelente época no Valência e de a meio da prova ter assinado pelo Barcelona, Jordi Alba deu uma profundidade incrível ao flanco canhoto de Espanha, e foi a subir no terreno que fez uma assistência (para Xabi Alonso diante da França) e marcou aquele que muitos dizem que foi o golo que “matou” a Itália na final. A defender, também se revelou forte.




Defesas-Centrais:






Pepe foi o autêntico patrão da defesa portuguesa, cortando lances de perigo ora com as pernas, ora com a cabeça, foi sempre das melhores unidades da seleção das quinas ao longo do Europeu, em todos os jogos. Como no melhor pano cai a nódoa, ficou mal na fotografia no golo da única derrota de Portugal (0-1 contra a Alemanha, tento de Mario Gómez), mas esteve em grande nessa e nas outras partidas, tendo inaugurado o marcador diante da Dinamarca (3-2).







O seu final de época tinha sido uma mistura de sensações: foi campeão espanhol pelo Real Madrid, no entanto, atirou para as nuvens uma grande penalidade que evitou que os “merengues” chegassem à final da Liga dos Campeões e foi alvo de chacota pela imprensa e redes sociais um pouco por todo o mundo. O EURO 2012 também não começou de uma forma muito positiva para Sergio Ramos, que cometeu alguns erros na partida inaugural frente à Itália, colocando Di Natale em jogo no golo transalpino, por exemplo, no entanto, levantou a cabeça e raramente voltou a falhar durante a competição, contribuindo para que “La Roja” ficassem com a folha limpa no que restava da prova e ajustando contas com os críticos quando marcou à Panenka uma das grandes penalidades que eliminaram Portugal nas meias-finais.




Médios-Centro:






Aos 33 anos, Andrea Pirlo era uma das figuras mais populares da então “outsider” Itália.
Fosse no 3x5x2 ou no 4x3x1x2 que Cesare Prandelli usou na competição, o médio da Juventus era sempre o homem mais recuado do miolo, mas curiosamente, sobretudo na fase de grupos, era a unidade desse sector com maior capacidade ofensiva, tendo como maior qualidade o passe, fosse curto, longo, rasteiro ou pelo ar, a qualquer distância, parecia sempre que qualquer bola que saísse dos seus pés era teleguiada para um colega de equipa. O facto de atuar como “6” explica-se por ter mesmo uma qualidade incrível no passe longo, o que era fundamental na estratégia de jogo direto para os homens da frente da “squadra azzurra”. A capacidade de sair a jogar em zonas apertadas, o desarme e a cobrança de bolas paradas foram também as características de novo evidenciadas ao mais alto nível. No entanto, a palavra que o define é classe, e a sua principal imagem no Europeu foi mesmo o “penalty” à Panenka diante de Inglaterra nos quartos-de-final.







No Real Madrid, estamos habituados a ver um Sami Khedira mais posicional, que pouco ou nada se aventura no terreno, saindo da posição que ocupa no duplo “pivot” defensivo do meio-campo “merengue”, pois é preciso compensar as subidas dos laterais e também do médio-ofensivo, dos extremos e do avançado, que estão livres de tarefas defensivas, para evitar o seu desgaste. Na seleção alemã, vimo-lo a mostrar um pouco mais de si, vimos a sua qualidade em chegar ao último terço para dar linhas de passe ou até mesmo para fazer o último passe e até finalizar, como foi no encontro frente à Grécia, nos quartos-de-final, no qual fuzilou autenticamente o guarda-redes adversário.







Provavelmente, os adeptos do futebol e da Alemanha em particular esperariam mais dele, mas a verdade é que Mesut Özil ainda assim fez um grande Europeu. Todo o jogo ofensivo da equipa passa por ele, ora recuando para vir buscar a bola, ora aparecendo em zonas adiantadas para fazer o último passe, assim como podia aparecer junto aos flancos para receber e distribuir, sempre com qualidade. Na partida diante dos gregos, por exemplo, esteve nos quatro golos dos germânicos.




Médios-Ala:






David Silva, um pouco ao contrário da sua equipa, o Manchester City, foi caindo de produtividade ao longo da temporada, não conseguindo introduzir a sua intensidade e influência nas partidas, e em “La Roja” até foi um pouco assim, não desequilibrou tanto como se estava à espera e até foi um dos jogadores que mais vezes foi substituído por Vicente Del Bosque, apesar de manter a titularidade. No entanto, lá apareceu a espaços e marcou dois (bons) golos e fez três assistências na competição.







Eleito pela UEFA como o melhor jogador da prova, Andrés Iniesta apareceu neste Europeu na faixa esquerda espanhola, fletindo para o meio variadíssimas vezes e consigo arrastando o jogo espanhol e também os adversários, abrindo assim espaços para Jordi Alba que aparecia encostado à linha para dar largura. A qualidade de passe, drible curto e organização de jogo, aliados a uma colocação de bola notável quer a servir os colegas, quer a rematar, fazem dele um jogador com muitos recursos com o esférico nos pés, tendo sido um dos jogadores mais influentes para a conquista do título.




Atacante:






Custou a entrar no Europeu e é verdade que não é um jogador de eixo do ataque, mas sim que na sua carreira tem sempre atuado como extremo, preferencialmente do lado esquerdo, mas Cristiano Ronaldo merece sem dúvida estar no onze ideal. Foi o jogador mais rematador de toda a competição, marcou três golos, e embora esse registo tenha sido igualado, ninguém conseguiu ser melhor, e foi por pouco que não aumentou o “score”, já que acertou por duas vezes nos ferros. Capitão da seleção portuguesa, esteve endiabrado sobretudo frente à Holanda e à República Checa.




Treinador:






Quem mais merece este prémio que Vicente Del Bosque? Sem Puyol e David Villa, e com toda a imprensa e até algumas pessoas de dentro da modalidade a afirmarem que esta Espanha não estava ao nível de 2008 ou 2010, apresentou-se na primeira jornada da fase de grupos com um duplo “pivot” defensivo e sem um ponta-de-lança de raiz. O resultado foi um empate diante da Itália (1-1) e não tardou a chuva de críticas pela excessiva contensão com Xabi Alonso e Busquets e pela não utilização de um finalizador. Quanto à questão do meio-campo, a verdade é que “La Roja” nunca mais sofreu golos, e quanto ao ataque, ainda colocou Fernando Torres a titular em dois jogos e Negredo num, mas o sistema sem ponta-de-lança foi ficando mais oleado e nem isso impediu que os espanhóis fossem os mais concretizadores de toda a prova.
E ainda lançou Jordi Alba, que para muitos foi a grande revelação do EURO 2012.

5 comentários:

  1. Eu confirmo a troca, meu único blog em funcionamento, é o http://analisesesportivas.blogspot.com.br/

    Os outros estão abandonados ja a algum tempo.

    Cumprimentos.

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  2. A melhor exibição da Fúria na Euro. E exatamente quando mais precisava. Do jeito que a coisa anda, em 2014 não teremos surpresas. Pelo menos até a final a Espanha deve chegar.

    Saudações!!!

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