EURO 2012 | Polónia 1-1 Rússia

Esta noite, no Estádio Nacional de Varsóvia, Polónia e Rússia empataram a um golo, num encontro a contar para a 2ª jornada do Grupo A do EURO 2012. Dzagoev marcou para os russos, Blaszczykowski para os polacos.

Eis a constituição das equipas:

Polónia

A Polónia ocupa o 62º lugar do Ranking FIFA, e como coanfitriã do EURO 2012, qualificou-se automaticamente.

No jogo de abertura, os polacos empataram a um golo com a Grécia, tendo o seu golo sido marcado por Robert Lewandowski.

O guarda-redes do Arsenal, Szczesny, foi expulso na ronda anterior e falha este encontro. Tyton, que foi para a baliza após a expulsão, defendeu logo de seguida uma grande penalidade.

Rússia

Na primeira jornada, os russos somaram a vitórias mais dilatada deste EURO 2012, 4-2 sobre a República Checa, com golos de Dzagoev (2), Shirokov e Pavlyuchenko.

Ao ocupar a liderança isolada do Grupo A com três pontos, em caso de vitória, a Rússia apura-se para os quartos-de-final.

7’ Obraniak marcou um livre lateral do lado direito a puxar a bola para dentro, Boenisch ainda desviou a desviou, mas Malafeev estava no caminho do esférico.

Os primeiros minutos foram muito intensos, com as equipas a não darem hipótese uma à outra para respirar, sobretudo no meio-campo, em que os médios interiores de ambos os lados se anulavam mutuamente.

11’ Dudka picou a bola para a entrada da área, onde Murawski amorteceu para Lewandowski que rematou com perigo para fora.

37’ Arshavin bateu um livre lateral no lado esquerdo, e Dzagoev fugiu à marcação de Piszczek e cabeceou para o fundo das redes.

39’ Blaszczykowski obrigou Malafeev a aplicar-se.

A Rússia comandava a partida fazendo uso de uma elevada posse de bola, com os seus homens do meio-campo a criarem uma teia de passes, e no ataque, Kerzhakov descaia sempre para uma das faixas sempre que necessário, sendo compensado por Arshavin e Dzagoev que para além de trocarem entre si, ainda compensavam o ponta-de-lança da equipa em zonas interiores.

Intervalo.

57’ Obraniak desmarcou Blaszczykowski nas costas de Zhirkov e este flectiu da esquerda para o meio e com um remate forte, repôs a igualdade.

A Polónia cresceu com o golo, no entanto, os russos tentavam esfriar o entusiasmo, trocando a bola tranquilamente entre si.

69’ Obraniak serviu Polanski que no interior da área tentou o golo, mas Malafeev negou-o.

70’ Dick Advocaat trocou Kerzhakov por Pavlyuchenko.

73’ Mierzejewski rendeu Dudka.

Com esta alteração, a Polónia voltou ao 4x2x3x1 do jogo de estreia, com Murawski e Polanski a constituírem o duplo “pivot” defensivo do meio-campo, Mierzejewski e Blaszczykowski nas alas e Obraniak como “10”.

79’ Izmailov substituiu Dzagoev.

84’ Saiu Polanski, entrou Matuszczyk.

90+3’ Obraniak cedeu o seu lugar a Brozek.

Sem mais ocorrências até final, acabou por confirmar-se a igualdade, que satisfaz mais russos que polacos, embora tenham sido os comandados de Dick Advocaat os primeiros a marcar, e consequentemente, a perderem a vantagem.

O jogo começou com bastante intensidade e disputa, mas tal como tinha feito com a República Checa, com o passar do tempo a Rússia foi conseguindo assumir o controlo do jogo fruto da teia de passes entre o triângulo do meio-campo e os extremos que gostam de pisar terrenos mais interiores. Já perto do intervalo, o pequeno Dzagoev fugiu à marcação e marcou de cabeça entre os gigantes polacos.

Para o segundo tempo, Obraniak teve mais liberdade em campo, foi um autêntico vagabundo no ataque polaco, mas o que é certo é foi aparecendo mais na partida, dando assim mais criatividade e dinâmica à sua selecção, e não foi com estranheza que assistiu Blaszczykowski no golo da igualdade.

A partir do tento do empate, a Polónia esteve mentalmente mais forte e foi a única equipa a procurar a vitória, enquanto os russos se limitaram a trocá-la entre os seus homens, de forma a esfriar os ânimos e reduzir a intensidade.

Analisando os atletas em campo, começando pelos da Polónia…

Tyton exibiu o seu porte físico nas saídas a cruzamentos, mas até nem foi obrigado a fazer defesas complicadas.

Piszczek foi quem deixou fugir Dzagoev no golo russo, Wasilewski e Perquis mostraram ser muito fortes fisicamente, sobretudo no jogo área, quer a defender quer a atacar, e Boenisch no um para um até nem teve vida muito complicada face aos extremos russos.

Dudka foi o médio mais posicional dos três, Murawski dedicou-se sobretudo a tarefas defensivas e Polanski foi o que apareceu mais no último terço do terreno.

Blaszczykowski marcou um grande golo e na segunda parte exibiu um grande futebol, Obraniak também apareceu nos últimos 45 minutos, quando lhe foi concedida mais liberdade de acção, e Lewandowski lutou muito mas revelou-se fraco no 1 vs. 1 com os defesas.

Mierzejewski entrou para uma das alas e trouxe mais largura ao futebol polaco, dando ainda maior liberdade a Obraniak, Matuszczyk rendeu o lesionado Polanski e posicionou-se no meio-campo defensivo, e Brozek entrou apenas para um livre ofensivo.

Quanto aos jogadores da Rússia…

Malafeev aplicou-se por diversas ocasiões, Anyukov foi certinho, Aleksei Berezutskiy e Ignashevich foram dois centrais que mostraram conhecimento mútuo, complementando-se um ao outro, e Zhirkov foi muito forte técnica e tacticamente, embora tivesse deixado fugir Blaszczykowski no lance do golo polaco.

Denisov, Shirokov e Zyryanov foi um trio de centro-campistas muito coesos que pautou os ritmos de jogo através de uma posse de bola que consistia numa teia de passes entre os três, os laterais e os extremos.

Arshavin cobrou o livre que originou o golo, mas no segundo tempo acusou desgaste, e Dzagoev marcou o tento da equipa, esteve bem nos passes, mas nunca causou desequilíbrios em duelos individuais.

Kerzhakov lutou e rematou muito, procurou espaços nas faixas e revelou-se forte no 1 vs. 1.

Pavlyuchenko pouco acrescentou ao ataque, e Izmailov ajudou a equipa a segurar a bola e esfriar o ritmo de jogo.

Com este resultado, fica assim disposta a classificação do Grupo A: