segunda-feira, 18 de junho de 2012

EURO 2012 | Croácia 0-1 Espanha


Esta noite, na PGE Arena, em Gdansk, a Espanha venceu a Croácia por 1-0, na 3ª jornada do Grupo C do EURO 2012. Jesús Navas marcou o golo solitário do encontro. Os espanhóis acabaram em 1º no grupo, a Itália em 2º.



Eis a constituição das equipas:


Croácia






Os croatas ocupam o 2º lugar do Grupo C, com 4 pontos, fruto de uma vitória por 3-1 à Irlanda, com golos de Mandzukic (2) e Jelavic, e um empate 1-1 diante da Itália, com um tento de Mandzukic.
Em caso de vitória, o apuramento é garantido, e só um empate com dois ou mais golos marcados dá a qualificação, mesmo que a Itália vença.




Espanha






A Espanha é atual líder do grupo, também com 4 pontos, fruto de um empate diante da Itália a uma bola, com golo de Fàbregas, e uma vitória expressiva por 4-0 diante da Irlanda, com tentos de Fernando Torres (2), David Silva e Fàbregas.
Tanto a vitória como o empate dão o apuramento à “La Roja”.




No início da partida, foi visível o domínio espanhol no que concerne a posse de bola (70/75%), através da sua já famosa teia de passes, que ainda assim estava a ser inconsequente, já que ocorria longe da área adversária. Os croatas, com um meio-campo reforçado, foram ocupando a zona central.



23’ Fernando Torres, de ângulo reduzido, obrigou Pletikosa a aplicar-se.



24’ Piqué, de longe, atirou por cima.



A forma como a Croácia estava a ter sobretudo preocupações defensivas era tão evidente que para criar desequilíbrios, os centrais espanhóis entravam no meio-campo contrário com alguma facilidade, tendo gerar desequilíbrios.



No outro jogo do Grupo, a Itália adiantou-se no marcador diante da Irlanda, e com esta combinação de resultados, a formação orientada por Slaven Bilic estava eliminada.



Intervalo.



59’ Modric progrediu em velocidade pelo lado direito, cruzou de trivela para o segundo poste onde Rakitic cabeceou para defesa de Casillas.



61’ Vicente Del Bosque trocou Fernando Torres por Jesús Navas.
A Espanha voltava a actuar sem ponta-de-lança, depois da experiência diante dos transalpinos.



Na segunda parte, a Croácia mostrava maior atrevimento no ataque, geralmente guiada por Luka Modric.



65’ Perisic e Jelavic renderam Vida e Pranjic.
O 4x2x3x1 transformou-se no 4x4x2 tradicional que a selecção dos Balcãs apresentou nos outros dois jogos.



73’ David Silva foi substituído por Fàbregas.



79’ Mandzukic serviu Perisic que obrigou o guardião espanhol a intervenção complicada.



81’ Vukojevic cedeu o seu lugar Eduardo.



84’ Fàbregas combinou com Iniesta que ganhou espaço a Schildenfeld e atirou para defesa de Pletikosa.



85’ Jesús Navas, pela direita, rematou para nova intervenção do guarda-redes croata.



88’ Fàbregas picou a bola para Iniesta nas costas de Corluka, e o “ilusionista” serviu de bandeja Jesús Navas, que fuzilou a baliza deserta.






89’ Negredo substituiu Xavi.



Apesar de ter acrescentado mais um avançado, e de actuar com dois médios-ala mais puros, o recuo de Modric acabou por revelar-se prejudicial já que faltava criatividade no último terço do terreno.



Sem mais ocorrências até final, a Espanha acabou por confirmar uma vitória que lhe garante o apuramento para os “quartos” e o 1º lugar no Grupo C.
A Croácia adoptou uma postura defensiva na primeira parte, com apenas um ponta-de-lança, um meio-campo povoado e no lado direito da defesa, um jogador mais posicional em relação a Srna (Vida), com o lateral do Shakhtar Donetsk a actuar como médio-ala. A Espanha, sempre com uma elevadíssima percentagem de posse de bola, trocava-a longe da baliza contrária, de forma descontraída, até porque o empate dava também a qualificação.
No segundo tempo, a selecção dos Balcãs soltou-se, tornou-se mais atrevida, e quase sempre guiada por Modric, criou alguns sobressaltos ao sector defensivo dos espanhóis. Curiosamente, com a entrada de dois homens mais ofensivos, Perisic (ala-direito) e Jelavic (ponta-de-lança), os croatas perderam capacidade ofensiva, porque o seu comandante do ataque, o médio do Tottenham, recuou e passou a partir com bola muito mais de trás, a par do outro médio-defensivo, Vukojevic. E quando este foi substituído, Modric teve de segurar o meio-campo e escusado será dizer que nunca mais se viu, praticamente como o perigo da formação orientada por Slaven Bilic. Depois, em contra-golpe, Jesús Navas deu a vitória à Espanha.



Analisando os atletas em campo, começando pelos da Croácia…
Pletikosa fez intervenções muito importantes, Vida fechou bem o lado direito, Schildenfeld esteve sempre no caminho da bola, Corluka também se exibiu a grande nível mas acabou por deixar fugir Iniesta no lance do golo, e Strinic, face ao perigo dos atacantes espanhóis, pouco subiu.
Vukojevic e Rakitic povoaram bem a zona central, sendo que o médio do Sevilha teve na sua cabeça uma das principais oportunidades para dar vantagem à sua selecção, numa altura em que já aparecia mais adiantado no terreno.
Srna a atacar esteve apagado, a defender fechou bem, Pranjic falhou muitos passes e Modric foi o cérebro da equipa, fez passes teleguiados a qualquer distância dos seus companheiros, mostrou velocidade para guiar transições rápidas e quando recuou para médio de cobertura, a sua equipa nunca mais foi a mesma.
Mandzukic revelou muita entrega e espírito de luta.
Perisic teve nos seus pés das melhores oportunidades para os croatas, Jelavic trouxe mais presença na área adversária e a entrada de Eduardo acabou por se revelar desacertada, pois não trouxe nada em termos ofensivos e ainda retirou Modric de zonas mais adiantadas.



Quanto aos jogadores da Espanha…
Casillas fez algumas intervenções complicadas, Arbeloa a defender até nem teve muitas dificuldades com Strinic e Pranjic pelo caminho, Sergio Ramos e Piqué quando a equipa atacava chegaram a entrar no meio-campo adversário e defensivamente acabaram por neutralizar as operações, e Jordi Alba deu profundidade ao flanco esquerdo, sobretudo quando Iniesta povoou zonas interiores.
Xabi Alonso e Busquets equilibraram bem a equipa, no entanto, voltou por revelar-se excessivo um duplo “pivot” defensivo.
David Silva esteve apagado, Iniesta fez a assistência para o golo e Fernando Torres teve por pouquíssimas vezes a bola.
Jesús Navas rendeu o avançado do Chelsea e acabou por ser ele a dar a vitória à “la roja”, Fàbregas desmarcou de forma fantástica Iniesta no lance do 0-1 e Negredo praticamente nem tocou no esférico.




Com este resultado, fica assim disposta a classificação final do Grupo C:


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