quinta-feira, 26 de abril de 2012

Liga Europa | Athletic Bilbao 3-1 Sporting


Esta noite, no Estádio de San Mamés, o Athletic Bilbao venceu o Sporting por 3-1 (4-3 no agregado) e qualificou-se para a final da Liga Europa, onde defrontará o Atlético Madrid. Susaeta, Ibai Gómez e Llorente marcaram para os bascos e Wolfswinkel para os leões.



Eis a constituição das equipas:

Athletic Bilbao



Entre as duas partidas diante do Sporting, no último domingo os bascos foram a Santander bater o Racing por 1-0.
Oscar De Marcos, castigado, é uma carta fora do baralho para Marcelo Bielsa, no entanto, Javi Martínez está de regresso.


Sporting



Depois da vitória em Alvalade diante dos bascos (2-1), os leões venceram na Choupana o Nacional (3-2), para a Liga ZON Sagres.
Izmailov viu o cartão amarelo na partida da primeira mão e falha este encontro, tal como Rodríguez, Rinaudo (lesionados), Elias e Arias (não inscritos). Em contra partida, Matías Fernández volta a ser opção para Sá Pinto.


O Sporting estava a conseguir evitar uma entrada forte do Athletic nos minutos iniciais, apresentando-se em San Mamés sem autocarros, estendo todos os seus atletas pelo terreno.

17’ Muniain cruzou para a área onde, Llorente amorteceu com o peito para Susaeta que atirou para o fundo das redes.


20’ Cruzamento fantástico de Diego Capel pela esquerda, e ao segundo poste Pereirinha cabeceou sem convicção e por cima do alvo.

O conjunto orientado por Sá Pinto reagiu bem ao tento encaixado, no entanto, os bascos sempre que tinham a bola na sua posse trocavam-na com muita dinâmica e fazendo vários passes seguidos.

32’ Polga desviou um canto do extremo espanhol dos leões de cabeça, mas Iraizoz negou-lhe o golo.

41’ Llorente com um toque subtil correspondeu a um cruzamento de Ander Herrera, mas Rui Patrício evitou o 2-0 com uma grande intervenção.

44’ Na sequência de um canto favorável ao Sporting, André Martins num pontapé de ressaca acertou em Xandão, mas a bola sobrou para Wolfswinkel que à entrada da área empatou o encontro.


45’ Eufóricos com o golo marcado, os atletas leoninos desconcentraram-se, e permitiram que Llorente pudesse isolar Ibai Gómez, que voltou a dar vantagem ao Athletic na partida. A eliminatória estava neste momento igualada.


Ao intervalo, o técnico sportinguista trocou Matías Fernández por Daniel Carriço, passando André Martins a actuar nas costas do ponta-de-lança.

51’ Após um bom lance individual, Susaeta atirou para grande defesa de Rui Patrício.

52’ Javi Martínez cabeceou ao poste, no seguimento de um canto.

55’ Num livre indirecto, ainda muito longe da baliza de Iraizoz, Schaars deu um pequeno toque para Insúa que num remate forte e rasteiro acertou no ferro.

63’ Bruno Pereirinha deu lugar a Jeffrén.

O Sporting estava a sentir bastante dificuldade em atacar, quer de forma organizada, quer em transições rápidas. As bolas paradas eram o refúgio ofensivo, ainda assim, sem criar muito perigo.

83’ Carrillo rendeu André Martins, ocupando exactamente os mesmos espaços.

88’ Ibai Gómez apareceu pela esquerda, driblou João Pereira e assistiu Llorente que ao primeiro poste desviou para o fundo das redes.


Até ao final, o Athletic procurou manter a bola longe da sua baliza e queimar algum tempo, confirmando assim o apuramento para a final da Liga Europa.
Os leões conseguiram impedir uma entrada forte dos bascos, a equipa estendeu-se por todo o terreno, mostrou atrevimento e não se limitou a defender, ainda que nos momentos em que os comandados que Marcelo Bielsa tiveram o esférico na sua posse, conseguiam ser muito dinâmicos, criativos e difíceis de acompanhar, adiantando-se no marcador aos 17’ por Susaeta.
O Sporting não desmoralizou, foi em busca de um melhor resultado, de recolocar a eliminatória a seu favor, e conseguiu-o perto do intervalo por Wolfswinkel, melhor cenário era impossível de se imaginar, no entanto, eufóricos com o golo marcado, rapidamente encaixaram novo tento, ainda antes do interregno, por Ibai Gómez.
No segundo tempo, houve muito mais Athletic, às custas da saída de Matías Fernández e pelo apagamento de André Martins, para além de um duplo “pivot” menos criativo no meio-campo, agora já com Daniel Carriço. Nas alas, Pereirinha não conseguiu ser uma boa alternativa a Izmailov, Jeffrén quando entrou mostrou estar preso de movimentos e Carrillo posicionou-se no corredor central, atrás de Wolfswinkel. Ainda assim, os bascos dominavam mas não massacravam, enviaram uma bola ao poste mas também viram Insúa acertar no ferro da sua baliza, até que muito perto do fim, Llorente resolveu o jogo.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Athletic…
Iraizoz correspondeu bem quando foi chamado, Iraola nunca permitiu muitos desequilíbrios de Capel, Javi Martínez fez toda a diferença no eixo da defesa, forte a defender e acrescentando muito ofensivamente ao iniciar o ataque, Amorebieta também não deu muitas hipóteses e Aurtenetxe não teve grandes dificuldades perante Pereirinha.
Iturraspe na primeira parte viveu com uma dor de cabeça chamada Matías Fernández mas o segundo tempo foi bem mais tranquila, aparecendo até para rematar a longa distância, Muniain mais recuado que na primeira mão deu dinâmica ofensiva mais a partir de trás, tal como Herrera.
Susaeta marcou o 1-0, Ibai Gómez fez o 2-1 e ambos foram desequilibradores e muletas para Llorente, que foi um perigo à solta, assistindo os seus colegas de ataque nos dois primeiros golos e marcando o tento decisivo.

Quanto aos jogadores do Sporting…
Rui Patrício sem ter brilhado como já tem feito nesta edição da Liga Europa, negou vários tentos aos bascos, João Pereira ficou mal na fotografia no lance do 3-1, Xandão e Polga tiveram oscilações, entre não conseguir acompanhar os atacantes do Athletic e cortes decisivos, e Insúa, sempre com muita garra, esteve em destaque por ter enviado uma bola ao poste.
André Martins exibiu-se a bom nível no primeiro tempo mas foi-se eclipsando no segundo, Schaars num ritmo algo lento, quando teve o esférico em sua posse não foi muito rápido a executar, e Matías Fernández, embora limitado por ainda se ressentir da sua lesão na coxa, deu criatividade ao meio-campo leonino.
Pereirinha mostrou não ter categoria para ser extremo nestas andanças, Diego Capel foi muito esforçado, tentou desequilibrar em lances individuais e cruzamentos, mas não foi muito feliz, e Wolfswinkel marcou o tento dos leões, foi forte a segurar a bola esperando que os seus colegas o apoiassem, mas faltou-lhe mais para não ter ficado tão apagado na segunda parte.
Daniel Carriço livrou-se da expulsão em vários momentos, Jeffrén, recém-recuperado de uma lesão, mostrou estar pesado e preso de movimentos, e Carrillo entrou para o corredor central, e por isso nunca explorou a sua velocidade pelos flancos.

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