terça-feira, 20 de março de 2012

Taça da Liga | Benfica 3-2 FC Porto



Esta noite, no Estádio da Luz, o Benfica derrotou o FC Porto por 3-2 e apurou-se para a final da Taça da Liga, onde defrontará o vencedor da outra meia-final, entre Gil Vicente e Sp. Braga. Maxi Pereira, Nolito e Cardozo marcaram para os encarnados, e Lucho González e Mangala para os azuis e brancos.



Eis a constituição das equipas:


Benfica






As águias tentaram chegar à final desta competição pela quarta vez consecutiva e vencer o troféu mais uma vez, e na fase de grupos deixaram pelo caminho Vitória de Guimarães, Marítimo e Santa Clara.
Garay e Yannick Djaló são as ausências para este encontro, ambas por lesão.




FC Porto






Os dragões, mesmo admitindo que não é a Taça da Liga que salva a época, vão tentar repetir o que fizeram no inicio do mês, vencendo na Luz por 3-2. Na fase de grupos, qualificaram-se à frente de Paços de Ferreira, Estoril e Vitória de Setúbal.
Danilo, Fernando e Djalma falham o jogo, todos lesionados.




O Benfica entrou praticamente a ganhar, num lance em que três jogadores encarnados pressionaram Mangala e Alex Sandro, conseguindo tirar-lhes a bola, Bruno César serviu Maxi Pereira que apareceu em boa posição e a atirar para o fundo das redes.



Os primeiros dez minutos estavam a ser infernais e a resposta dos dragões não se fez tardar, com Hulk a progredir pela direita e a passar atrasado para Lucho González que com um remate que ainda tabelou em Javi Garcia empatou a partida.



Logo a seguir, o “Incrível” sobre o seu flanco cruzou para o segundo poste onde apareceu Alvaro Pereira que atirou por cima. Depois no tento sofrido, que o FC Porto controlava e dominava o encontro.



Já com um quarto de hora de jogo cumpridos, João Moutinho na cobrança da linha lateral fez a bola chegar pelo ar para o coração da área onde Mangala saltou mais alto que os defesas adversários e cabeceou para o 1-2.



Aos 29’, Sapunaru surgiu em boa posição e chutou para defesa apertada de Eduardo. Por esta altura, os azuis e brancos continuavam por cima mas os encarnados iam chegando por mais vezes perto da baliza contrária.



Quatro minutos depois, Aimar cobrou um livre para o interior da área onde Luisão cabeceou à trave, e na sequência do lance, o central canarinho voltou a acertar no ferro, mas desta vez de pé esquerdo.



Pouco depois, de livre directo “El Mago” atingiu o poste, e na recarga, Maxi Pereira de cabeça não conseguiu empatar a partida.



Aos 42’, Pablo Aimar marcou uma falta para o interior da área, e no seguimento de um ressalto, a bola sobrou para Javi Garcia que ao segundo poste cruzou para Nolito que à boca da baliza cabeceou para o fundo das redes, restabelecendo a igualdade.



Na segunda parte viu-se as duas equipas mais acauteladas, mostrando desempenhos mais semelhantes ao que é habitual constatar-se em clássicos, e por isso, perdeu-se emotividade e também algum ritmo e intensidade.
Só aos 68’ voltou a haver uma situação de perigo, com um remate do espanhol ex-Barcelona B por cima.



Depois de algumas substituições para ambos os lados que envolveram trocas directas, como Nélson Oliveira por Cardozo, Bruno César por Gaitán, Lucho por James e Kléber por Janko, foi Jorge Jesus o primeiro a alterar a sua forma de jogar, retirando Aimar para colocar Saviola, com “El Conejo” a jogar mais próximo do “Takuara” do que é habitual no “10” do Benfica.



À entrada do último quarto de hora da partida, Gaitán desmarcou Cardozo que ganhou em velocidade aos centrais do FC Porto e atirou para a baliza, voltando a dar vantagem aos encarnados.



Até final, as águias acabaram por não sofrer tanto como esperado, pois os dragões não mais criaram perigo, e acabaram por justificar o triunfo pelo que fizeram sobretudo a partir do 1-2.
O Benfica até começou da melhor maneira, abrindo o marcador, mas depois, até praticamente à meia hora, os forasteiros controlaram e dominaram o jogo, marcando nesse período os seus dois golos. A partir daí, os encarnados tiveram sempre uma ligeira superioridade, empataram ainda antes do intervalo e conseguiram chegar ao tento decisivo na recta final do encontro.
É preciso também destacar as duas partes distintas que a partida teve: a primeira com pouco rigor táctico, uma mentalidade ofensiva, sem receios, bom futebol, emotividade e golos, e a segunda teve maior disciplina táctica, mais respeito de parte a parte, poucas oportunidades e apenas um tento.



Analisando os atletas em campo, começando pelos do Benfica…
Eduardo não pode fazer muito nos golos encaixados e fez algumas boas defesas, Maxi Pereira foi muito ofensivo, marcou um grande golo e teve garra a defender, não facilitando nada a quem lhe apareceu pela frente, Jardel teve alguns deslizes, Luisão atirou duas bolas ao ferro e Capdevila teve uma primeira parte horrorosa e beneficiou com o apagamento de Hulk na segunda.
Javi Garcia encheu o campo e fez uma assistência, Witsel teve participação activa no 1-0, Bruno César serviu Maxi no seu golo, Nolito foi irrequieto como de costume e fez o 2-2, e Aimar apareceu na partida acima de tudo na cobrança de bolas paradas, pois em jogo corrido não apareceu muito.
Nélson Oliveira esteve desaparecido, é avançado para 4-4-2, no apoio a um outro atacante, e não para actuar no eixo do ataque.
Quanto aos suplentes utilizados, Gaitán e Cardozo construíram o tento decisivo, e Saviola acabou por não ser muito útil.



Quanto aos jogadores do FC Porto…
Bracali acabou por não fazer muitas defesas complicadas, mas não teve culpa nos golos. Sapunaru foi muito mais ofensivo que habitual, Mangala marcou um golo mas cometeu alguns deslizes, incluindo um passe errado que originou o 1-0 e a incapacidade para acompanhar Cardozo no 3-2, Rolando também não conseguiu evitar o primeiro e último golo do Benfica, e Alex Sandro teve algumas dificuldades a defender, obrigando Alvaro Pereira a apoiá-lo com regularidade.
Defour esteve discreto nas suas funções com trinco, João Moutinho fez um jogo com bons apontamentos e Lucho acabou por marcar um golo fortuito mas saiu numa altura em que já pouco acrescentava.
Alvaro Pereira revelou inadaptação ao posicionamento e função que geralmente um extremo tem, Hulk fez uma primeira parte e quebrou na segunda e Kléber esteve apagado.
James não conseguiu pôr em prática o seu futebol e poucas bolas chegaram em condições para que Janko marcasse.


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