domingo, 4 de março de 2012

Liga ZON Sagres | Vit. Setúbal 1-0 Sporting



Ontem à noite, no Estádio do Bonfim, o Vitória de Setúbal bateu o Sporting por 1-0 e deu um passo importante rumo à permanência no principal escalão do futebol português. Bruno Amaro fez o único golo da partida.



Eis a constituição das equipas:

Vit. Setúbal



No último domingo, os sadinos foram a Aveiro vencer o Beira Mar (3-2) e conseguiram colocar-se em zona de permanência na Liga ZON Sagres, por isso, estão moralizados.
Ney e Jorge Gonçalves castigados, e Meyong, Neca e José Pedro lesionados são o lote de ausentes.


Sporting



Os leões estão a atravessar um bom período, com três vitórias consecutivas, ainda que pela margem mínima, e chegam a este encontro com a possibilidade de se aproximarem dos lugares da frente, fruto da derrota do Benfica frente ao FC Porto.
A grande novidade na convocatória é a ausência de João Pereira por opção técnica. Onyewu, Rodríguez, Rinaudo e Renato Neto estão lesionados. Á última da hora, Ricky Van Wolfswinkel também ficou de fora, com uma gastroenterite.


O Vitória começou bem melhor no jogo, e embora não tivesse um domínio territorial, criou as primeiras oportunidades. Nos primeiros minutos, Bruno Amaro de livre directo obrigou Rui Patrício a defesa apertada.

Pouco depois, Anderson Polga perdeu a bola no meio-campo, Targino consegue-a ganhar, progrediu em direcção à baliza adversária e já isolado atirou ao poste.

Aos 19’, Bruno Amaro conseguiu isolar-se, rematou para defesa do guardião leonino mas na recarga fez golo. Xandão ainda tentou evitar o tento dos sadinos mas cortou a bola já dentro da sua baliza.

Até ao intervalo, não houve mais ocasiões para nenhum dos lados. O Vitória fez descer o bloco e o Sporting mesmo com muitas unidades no meio-campo contrário nunca conseguiram ligar bem os sectores ou fazer boas transições que pudessem ser concluídas com perigo.

Para o segundo tempo, Sá Pinto arriscou e retirou de campo Daniel Carriço e Schaars para fazer entrar Matías Fernandez e Carrillo. Com estas alterações, Izmailov passou para médio interior e Elias para trinco, dando maior poder ofensivo aos leões.

A primeira oportunidade de golo para o Sporting apenas apareceu aos 52’ quando Izmailov de fora da área, após uns segundos de atrapalhação com a bola, atirou forte para defesa de Diego.

Só nos últimos vinte minutos a formação leonina realmente aumentou a pressão e conseguiu entusiasmar os adeptos. Para começar, Capel num cruzamento/remate obrigou o guarda-redes sadino a desviar o esférico para canto.

Pouco depois, na sequência de um cruzamento de Izmailov, Ribas cabeceou ao lado.

Aos 85’ surgiu o grande momento do jogo. Diego Rubio (que entretanto substituiu Polga) foi derrubado na área, e foi assinalada uma grande penalidade. Na sua conversão, Matías Fernandez viu Diego e o poste negarem-lhe o golo, e na recarga Carrillo atirou por cima.

No minuto seguinte, Insúa de fora da área atirou ao lado.

Já mesmo com o tempo regulamentar a esgotar-se, Xandão (que nesta altura actuava praticamente como ponta-de-lança) serviu Rubio de cabeça, mas o jovem chileno, também de cabeça, levou a bola a passar por cima da trave.

Aos 90+4’, na última ocasião do jogo, na sequência de um livre indirecto de Insúa, Miguelito impediu o golo sobre a linha de baliza.

A vitória acaba por ajustar-se aos sadinos, que no fundo, estiveram de alma e coração em campo durante os 90 minutos, enquanto que o Sporting, a fazer lembrar o que dizia Domingos Paciência, deu a primeira parte de avanço ao adversário.
No segundo tempo, Sá Pinto pôs a carne toda no assador, os leões mostraram melhor futebol e várias soluções que podem ser lançadas logo no inicio da partida e não quando o resultado é desfavorável. É verdade que o Vitória pouco atacou nos últimos 45 minutos, mas Elias como trinco, e Izmailov e Matías como médios interiores, com Carrillo e Capel a extremos é uma situação a rever, ainda que com outro contexto, fosse necessário a inclusão de um “box-to-box” no onze, mas não dois, como se tem vindo a verificar com Elias e Schaars em simultâneo, que ofensivamente, um pouco acrescenta em relação ao outro.

Analisando individualmente os artistas em campo, começando pelos do Vitória…
Diego esteve muito bem quando foi chamado a intervir, e a segurança defensiva da equipa é outra com ele na baliza em detrimento de Ricardo.
A defesa acabou por cumprir, embora todo o sector se mostrasse desgastado na recta final da partida.
Hugo Leal esteve bem, Bruno Amaro foi provavelmente a melhor unidade em campo, e o próprio Bruno Gallo, ocupando terrenos mais interiores, esteve a bom nível.
No ataque, Targino foi muito irrequieto, estando a relançar a carreira no Bonfim, Miguelito teve uma actuação positiva, e Rafael Lopes, mais posicional, não se viu muito.

Quanto aos jogadores do Sporting…
Rui Patrício esteve bem quando foi solicitado na primeira parte e praticamente foi um espectador na segunda.
Arias não fez esquecer João Pereira, Polga e Xandão tiveram direito a uma escorregadela cada (no caso do primeiro, Targino isolou-se e rematar ao poste, quanto ao segundo, o Vitória recuperou a bola e daí nasceu o golo) mas no resto do encontro exibiram-se a bom nível, e Insúa foi um apoio importante a Capel, Izmailov e Matías quando foi preciso no flanco esquerdo.
Daniel Carriço, desta vez mais pressionado, não construiu e pouco destruiu. Elias e Schaars como médios interiores pouco acrescentaram, são ambos muito semelhantes e pede-se mais criatividade ao meio-campo, ainda que o brasileiro, na segunda parte, como trinco, realizou uma boa exibição.
Izmailov foi um falso extremo, nos primeiros 45 minutos, não deu profundidade e os seus movimentos foram inconsequentes, mas no segundo tempo, numa zona mais interior, mostrou todo o seu valor. Capel com toda a sua verticalidade, progrediu muitas vezes em velocidade pelo flanco, mas os seus cruzamentos nunca encontraram como destinatário um colega em boa posição para marcar. Ribas esteve apagadíssimo, e mostrou estar bastantes degraus abaixo de Wolfswinkel, que até nem tem estado em grande forma.
Matías Fernandez deu criatividade ao meio-campo, mas viu a sua boa actuação manchada pela grande penalidade falhada, a primeira que não conseguiu converter na sua carreira. Carrillo ajudou a agitar as águas, e o Diego Rubio mostrou qualidade, conseguindo até cavar o “penalty”.


Com este resultado, fica assim disposta a classificação da Liga ZON Sagres:


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