domingo, 11 de março de 2012

III Divisão | GD Fabril 1-1 U. Montemor


Esta tarde, no Estádio Alfredo da Silva, no Barreiro, Fabril e União de Montemor empataram a uma bola, num encontro a contar para a última jornada da fase regular da Série F da III Divisão. Jorge Roque abriu o marcador para os alentejanos, mas Ju igualou para os barreirenses.



Eis a constituição das equipas:

GD Fabril



A formação do Barreiro entra para a última jornada da fase regular com um problema que certamente não esperava ter há uns tempos, ou seja, ainda tem por definir que “Play-Off” disputará na próxima fase, se o da subida (zona que ocupou durante toda a temporada), ou o de descida, e apesar do 5º lugar, se não vencer a União de Montemor fica a depender de terceiros para poder disputar a subida à II Divisão. Com uma série de duas derrotas consecutivas e apenas com uma vitória nos últimos cinco jogos, a tarefa não se adivinha nada fácil.
Ainda assim, o conjunto orientado por Alfredo Almeida tem o segundo melhor ataque da competição, e a segunda melhor defesa nos jogos em casa.



União de Montemor



O conjunto alentejano, orientado por João Prates, não vence há oito jogos para o campeonato, está em 8º lugar na Série F da III Divisão e só um milagre poderá fazer com que a formação de Montemor consiga ficar em zona de acesso ao “Play-Off” de promoção.
A União tem a terceira melhor defesa (a melhor dos jogos fora, em igualdade com o Farense) e o quarto pior ataque (terceiro pior fora de portas), ou seja, é uma equipa que geralmente nem marca nem sofre muitos golos.


A União de Montemor foi a equipa que logo ao inicio mostrou o sinal “+”, com uma melhor atitude, entretanto o Fabril conseguiu assumir o controlo do jogo mas perdeu-o no último quarto de hora do primeiro tempo em que os alentejanos foram bem mais perigosos.

A primeira ocasião de golo surgiu aos 35’, quando um remate forte de Fabrício foi travado por uma defesa pouco ortodoxa de Ruben Luís.

Cinco minutos depois, o avançado brasileiro do conjunto alentejano voltou a estar em destaque, ao receber um cruzamento de Cau e a atirar ao lado.

Á terceira foi de vez e perto do intervalo, Jorge Roque recebeu a bola dentro da área, tirou Paulo Letras do caminho e chutou para o 0-1.

A vida estava difícil para a equipa do Barreiro, que precisava de vencer para disputar o “Play-Off” de acesso à II Divisão, e veio com grande atitude para o segundo tempo, ao enviar duas bolas ao ferro nos primeiros dois minutos, ambas por Catarino, primeiro num remate acrobático e depois num cabeceamento, com a curiosidade de que foi Mário Jorge a assisti-lo nas duas ocasiões.

Pouco depois, os papéis inverteram-se e desta vez foi o veterano avançado fabrilista a servir Mário Jorge de cabeça, no entanto, este cabeceou ao lado.

Na resposta, Ruben Luís negou o golo a Harramiz, defendendo para fora, e na sequência do canto, Paulo Martins apareceu ao primeiro poste mas o seu cabeceamento não acertou na baliza.

Com dez minutos já disputados na segunda parte, Alfredo Almeida mexeu na equipa e efectuou uma dupla alteração, fazendo entrar Ju e Fábio Nunes em detrimento de Nuno Jorge e David Maside, alterando também o sistema táctico que passou de um 4-2-3-1 para um 4-4-2 tradicional.
Danilo Serrano passou para o flanco direito, Ju para o esquerdo, Bruno Cruz e Mário Jorge ocupavam a zona central do meio-campo e no ataque Catarino e Fábio Nunes formaram a dupla de avançados para o que restaria da partida.

Aos 65’, as substituições começaram a produzir efeitos quando Ju arrancou numa diagonal a partir da esquerda, atirou de fora da área e fez desse modo o empate.

Oito minutos depois, um remate ao estilo “folha seca” de Fábio Nunes do meio da rua passou muito perto da baliza de Pedro Cardoso.

Já na recta final da partida, o guardião fabrilista impediu o tento de Fabrício.

O jogo acabaria com uma igualdade no marcador, que se ajusta ao que se viu dentro das quatro linhas, mas penalizaria mais o Fabril que depois de ter ocupado a zona de acesso ao “Play-Off” de subida durante toda a fase regular, não conseguiu aí manter-se após a derradeira jornada.
O conjunto alentejano foi melhor na primeira parte, sobretudo no último quarto de hora, quando criou algumas situações de perigo e marcou o seu golo, por intermédio de Jorge Roque.
No segundo tempo, o Fabril foi superior, entrou com todo o gás, com Catarino a enviar duas bolas ao ferro nos primeiros minutos, e com uma dupla substituição, ganhou outra dinâmica e conseguiu a igualdade.
Depois do 1-1, a partida manteve-se equilibrada, com oportunidades para ambos os lados.


Analisando individualmente os atletas, começando pelos fabrilistas…
Ruben Luís não teve grandes culpas no golo e esteve bem quando foi chamado, Carlos André foi regular como de costume, os centrais descuidaram-se algumas vezes mas também impediram males maiores noutras ocasiões e Paulo Letras foi até dos principais impulsionadores do jogo ofensivo da equipa na fraca primeira parte, mas acabou por estar associado ao golo sofrido, ao ser driblado por Jorge Roque antes de este atirar para a baliza.
Nuno Jorge participou na luta do meio-campo mas estava a acrescentar pouco e foi substituído, Bruno Cruz teve a tarefa de ligar sectores até às substituições mas depois disso esteve mais recuado e despercebido, visto que tinha que segurar a equipa no centro do terreno, Mário Jorge esteve apagado na primeira parte e apareceu sobretudo nos dez minutos da segunda, Danilo Serrano não se adaptou muito bem à sua posição demasiado central, visto que é um jogador que possui características que o favorecem mais como médio interior ou flanqueador, não como “10”, e por isso esteve muito melhor na segunda parte, e David Maside foi provavelmente a unidade em maior sub-rendimento no conjunto orientado por Alfredo Almeida.
Catarino atirou por duas vezes ao ferro e não conseguiu marcar. Ju ofereceu dinâmica à equipa quando entrou em campo e Fábio Nunes mais presença na área, ainda que tenha funcionado acima de tudo como segundo avançado, ficando o “Jardel do Viso” mais fixo na frente de ataque.

Quanto aos jogadores da União de Montemor…
Pedro Cardoso não fez praticamente uma única defesa complicada, a defesa não facilitou muito, o meio-campo nunca permitiu que o jogo se abrisse muito, e numa equipa sem grandes desequilibradores, os homens do ataque, Harramiz e Fabrício foram mesmo os mais perigosos, tal como Jorge Roque que jogava no apoio aos mesmos.


Com este empate, ficou definida a classificação final da Fase Regular da Série F da III Divisão:

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