Esta noite, no Estádio AXA, o Sporting de Braga goleou o seu rival Vitória de Guimarães por 4-0, em mais uma edição do “derby” minhoto. Elderson, Custódio, Lima (g.p.) e Ukra marcaram os golos da partida.
Eis a constituição das equipas:
Sporting de Braga
A formação orientada por Leonardo Jardim está numa extraordinária série de vitórias para o campeonato, entram favoritos para este jogo e se vencerem aproximam-se da liderança, ficando apenas a três pontos do 1º lugar.
Alan, lesionado, é a principal ausência dos bracarenses.
Vitória de Guimarães
O Vitória de Guimarães somou oito triunfos nos últimos onze jogos, no entanto, não vence em Braga há nove anos.
João Paulo, Pedro Mendes e El Adoua estão lesionados, no entanto, Urreta e N’Diaye regressam à equipa.
Melhor entrada para os arsenalistas era impossível, logo aos 4’, num livre marcado à entrada do meio-campo vimaranense por Hugo Viana, o português colocou a bola na cabeça de Elderson que se antecipou a Nilson e deu vantagem à formação da casa.
Aos 11’ o Vitória de Guimarães respondeu praticamente da mesma moeda, com um livre cobrado por Bruno Teles para o interior da área, no entanto o cabeceamento de Freire foi defendido de forma fantástica por Quim.
Ainda nem estavam decorridos vinte minutos de jogo, o Sp. Braga conseguiu ampliar a vantagem numa fase bastante equilibrada da partida. Canto cobrado por Hugo Viana pelo lado direito encontrou a cabeça de Custódio que se antecipou a Nilson e fez o 2-0. Nova assistência de Viana, novamente o guarda-redes brasileiro mal na fotografia.
Perto da meia hora, Edgar de cabeça serviu Toscano que de fora da área rematou de primeira mas ao lado.
Logo depois, nova contrariedade para o Vitória quando Freire foi expulso depois de agredir Hélder Barbosa com uma pisadela na barriga junto à linha final.
Dois minutos depois, Ruben Amorim isolou Lima mas o brasileiro rematou rasteiro para fora.
Perto do intervalo, Custódio do meio da rua atirou forte mas o guardião vimaranense desviou a bola para cima da sua baliza, e praticamente após o canto, foi a vez de Hugo Viana obrigar Nilson a defesa apertada.
Na resposta, Toscano num cruzamento/remate quase marcava, mas Quim estava atento e evitou o golo.
O Vitória entrou bem no segundo tempo, a mostrar ambição de chegar a um melhor resultado, no entanto, foi faltando alguém que pegasse no jogo e o organizasse, fruto da disposição em 4-4-1 com a entrada de Urreta para o flanco esquerdo para a saída de Barrientos ao intervalo, para além da já verificada alteração na primeira parte do extremo Paulo Sérgio pelo central N’Diaye. Pedia-se a Rui Vitória que corresse mais riscos, nomeadamente com a entrada de um jogador com características de organizador e distribuidor como Nuno Assis, para a saída de um dos médios de cobertura.
Ainda assim, a primeira ocasião dos últimos 45 minutos até foi para os bracarenses quando N’Diaye quase marcava na própria baliza ao tentar desviar um cruzamento de Hélder Barbosa.
À passagem da hora de jogo, Douglão teve a capacidade de recuperar uma bola à entrada do meio-campo contrário, progredir no terreno descaindo para o flanco direito e colocar a bola em Lima na grande área, mas o brasileiro cabeceou ao lado.
A meio do segundo tempo, Leonardo Jardim trocou Paulo César por Mossoró. Quanto à distribuição dos jogadores em campo, Ruben Amorim passou para médio-direito enquanto o dinâmico brasileiro ocupou a posição “10”.
Por esta altura, os arsenalistas actuavam com um futebol de contenção, gerindo a posse de bola com baixa intensidade, arrefecendo o ritmo, para tentar adormecer o adversário, que em termos ofensivos já não oferecia grande oposição.
A cerca de vinte minutos do fim, finalmente, o treinador vitoriano resolveu retirar um dos médios de cobertura, João Alves, para colocar em campo Nuno Assis. Tacticamente o 4-4-1 continuou, mas com esta alteração o técnico dos forasteiros procurou dar mais dinâmica à equipa.
Aos 75’, Lima surge pelo flanco direito onde cruzou rasteiro para Hélder Barbosa que ao segundo poste rematou para a defesa de Nilson, no entanto, na tentativa de recarga o extremo português foi derrubado na grande área por N’Diaye e foi assinalada uma grande penalidade a favor dos bracarenses que o ponta-de-lança brasileiro do Sporting de Braga não desperdiçou, garantindo a vitória e assumindo a liderança dos goleadores da Liga ZON Sagres, com 15 tentos.
Imediatamente a seguir, começaram os “olés” da bancada com que a turma bracarense respondeu com sucessivas trocas na bola e iniciaram-se cânticos de “só mais um!”. Clima de festa para os arsenalistas, humilhando o seu rival neste “derby” minhoto.
Já nos últimos dez minutos, Jardim voltou a mexer, substituindo Leandro Salino por Ukra, baixando Ruben Amorim para lateral-direito, foi a terceira (!) posição ocupada pelo polivalente português durante a partida.
Apesar de estar em pouco tempo em jogo, o jovem formado no FC Porto que tinha acabado de entrar na partida fez o 4-0 após um bom lance individual.
Logo a seguir, Hélder Barbosa saiu, dando lugar a Nuno Gomes, e a formação da cidade dos Arcebispos passou a jogar em 4-4-2, com Mossoró a passar para o flanco esquerdo, e com o veterano avançado português a actuar ao lado de Lima. Logo na sua primeira intervenção em campo, isolou-se, perdeu espaço devido à pressão dos defesas dos vimaranenses, mas teve a capacidade de rodar, colocar-se em boa posição e rematar ao poste.
Sem mais ocorrências pela frente, a partida terminou com contornos de goleada, com um Sporting de Braga muito superior durante os 90 minutos, conseguindo marcar bem cedo, na sequência de um livre e ampliando para 2-0 após a cobrança de um canto, com a expulsão de Freire ainda na primeira parte a praticamente matar as aspirações do Vitória de Guimarães.
Na segunda parte, inicialmente sem correr grandes riscos, mantendo os dois médios de cobertura, os vimaranenses esboçaram uma resposta, no entanto, a inferioridade numérico e a superioridade dos jogadores bracarenses quer individual quer colectivamente foram contribuindo para a gestão da vantagem através de troca de passes e a imposição de um baixo ritmo de jogo, e posteriormente o caudal ofensivo dos arsenalistas tratou de fazer mais dois golos e terminar o encontro por 4-0.
Fazendo uma análise aos atletas em campo, começando pelos do Braga, Quim esteve bem quando foi chamado a intervir.
Leandro Salino continua a afirmar-se como lateral, apenas pecando em algumas recepções de bola. Douglão fez uma exibição fantástica, que só foi ligeiramente manchada com um cartão amarelo, Nuno André Coelho também não deu hipóteses no eixo defensivo, e Elderson cumpriu e abriu o marcador.
Custódio fez um bom jogo e marcou o 2-0, Hugo Viana voltou a exibir toda a sua qualidade de colocação de bola, com duas assistências e uma série de passes fantásticos, um jogador de selecção que tarda a ser chamado, ao invés de outros que nem estão em tão boa forma como Manuel Fernandes ou Ruben Micael, um critério que não se entende. Paulo César até esteve algo apagado no flanco direito, Hélder Barbosa também não foi muito explosivo e Ruben Amorim voltou a mostrar a sua principal virtude, a polivalência, actuando em três posições diferentes durante a partida e cumprindo em todas elas (começou atrás do avançado, mudou-se para extremo direito e depois ainda baixou para lateral), no entanto, o seu principal defeito é que os anos passam e não consegue especializar-se em nenhum posto em concreto e pode ver uma carreira de outro nível passar-lhe ao lado. Lima voltou a marcar, já é o melhor artilheiro da Liga ZON Sagres, embora o seu tento tenha sido de grande penalidade.
Mossoró deu uma dinâmica que Ruben Amorim apesar de cumprir como “10” não conseguiu dar, Ukra aproveitou o pouco tempo em campo para fazer uma grande jogada que culminou no seu golo e Nuno Gomes praticamente entrou para rematar ao poste e o jogo acabar.
Quanto aos vitorianos, Nilson cometeu dois erros pouco habituais nos dois primeiros golos sofridos e comprometeu as ambições da equipa.
A defesa não esteve muito bem e teve de ser remendada com a expulsão de Freire, o meio-campo defensivo esteve ao seu nível mas manteve-se durante demasiado tempo, especialmente porque o duplo “pivot” só foi desfeito nos últimos vinte minutos.
Quanto aos atletas mais ofensivos, Urreta, que entrou na segunda parte, acabou por ser o mais inconformado, mas ao mesmo tempo inconsequente, tal como Paulo Sérgio, Barrientos, Toscano e Edgar que foram os homens mais adiantados dos vimaranenses no inicio do jogo.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação da Liga ZON Sagres:
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