Liga ZON Sagres | Benfica 5-1 Rio Ave

O Benfica goleou ontem à noite o Rio Ave por 5-1, no Estádio da Luz, no último jogo das águias em 2011.



Eis a constituição das equipas:

Benfica

Nos encarnados, Luisão e Gaitán regressam aos convocados (mas não foram titulares) após lesões e não há grandes ausências significativas.
O dia das águias ficou marcado pelo sorteio dos Oitavos-de-final da Liga dos Campeões em que o Benfica irá defrontar o Zenit.

Rio Ave

Nos vila-condenses, após um período em que os resultados não foram os mais favoráveis, a vitória frente ao Gil Vicente coloca a moral da equipa em alta, sobretudo porque num jogo num Estádio como o da Luz já eleva os níveis de motivação da equipa num patamar muito alto.
Vítor Gomes, dos melhores do Rio Ave, está ausente por lesão no ombro esquerdo e é a principal contrariedade para Carlos Brito.


O Benfica começou pressionante, com um futebol de ataque, no entanto, até foi o Rio Ave a primeira equipa a criar perigo, com um remate de fora da área de Yazalde que passou muito perto da baliza de Artur.

Mesmo com a maior posse de bola dos encarnados, os vila-condenses tentavam sempre dar um ar de sua graça sempre que chegavam aos últimos trinta metros, tentando a sua sorte sobretudo a longa distância e de bolas paradas, como foi exemplo um cabeceamento de João Tomás ao poste após livre de Tiago Pinto aos 22’.
Mas dois minutos depois, a formação de Carlos Brito abriu o marcador, gelando a Luz, após um remate de trivela rasteiro de Christian Atsu ainda de fora da área.

O conjunto lisboeta reagiu e aos 34’ beneficiou de uma grande penalidade que Cardozo converteu em golo.

Dois minutos depois, Nolito a partir da esquerda tem uma grande jogada individual e acabou mesmo por a concluir no 2-1.

Até ao intervalo, as águias iriam ampliar a vantagem, por Saviola, já perto dos descontos, após um grande passe de Pablo Aimar.

Para a segunda metade, esperava-se um passeio do Benfica e acabou por ser isso que aconteceu, dando ainda para marcar mais dois golos.
O primeiro foi logo após o interregno, através de um livre de “El Mago” direitinho à cabeça de Garay que encaminhou a bola para o fundo das redes, e o segundo aos 71’, num remate em esforço de Nolito no interior da área, fechando o resultado em 5-1, embora ambas as equipas tivessem oportunidade de terem marcado mais golos.


Fazendo uma análise ao jogo e às equipas, acabou por ser uma vitória justa dos encarnados que têm uma característica muito própria no seu jogo: sempre que os jogadores do Benfica estão com a bola, estão a atacar! É difícil encontrar um período do jogo em que se vejam os atletas a tentar contemporizar, a fazer apenas os adversários correrem atrás do esférico, a tentar somente gerir e controlar o ritmo, não, por vezes de uma forma mais e outras menos intensa, a direcção é sempre a mesma, a baliza contrária. Embora esta época tal estilo esteja a dar frutos, é uma aposta que envolve algum risco, pois para além de ser propicia em certas situações a contra-ataques, mantém sempre os níveis de concentração dos oponentes altíssimos, e aquilo que se vê em grandes clubes europeus geralmente são variações de intensidade nos diferentes períodos do jogo, de forma a aproveitar quando os adversários baixam as defesas. Ainda assim, claro, para o amante deste desporto é do melhor que pode haver.
Individualmente, Artur esteve em grande como de costume, Maxi por vezes jogou quase como extremo, Garay e Jardel foram impecáveis e o argentino ainda teve a oportunidade de marcar, e Emerson foi certinho mas pouco exuberante como é habitual.
Javi Garcia, como sempre, “limpou” o que lhe chegava por perto e era o primeiro a construir, Witsel jogou um pouco fora do seu “habitat” e por isso não foi tão vistoso, Nolito voltou às suas exibições endiabradas e bisou, e Aimar, fez uma bela exibição com duas assistências, Saviola marcou como lhe é pedido, e Cardozo, ao seu estilo, marcou de grande penalidade e foi ovacionado.

Quanto ao Rio Ave, Carlos Brito apostou numa estratégia de contenção, e sempre que possível, tentar o contra-ataque e aproveitar bolas paradas e remates de longa distância, chegando mesmo com este objectivo definido a colocar-se em vantagem.
Com a grande penalidade que deu o empate os jogadores desnortearam-se e rapidamente viram-se a perder, e logo aí a força anímica já não era a mesma, e numa altura em que o intervalo estava à porta para se recarregar baterias, Saviola fez o 3-1 e ficou tudo perdido, até porque logo a abrir o segundo tempo Garay fez o quarto.
Huanderson fez algumas boas defesas, o sector defensivo desnorteou-se com o “penalty” mas apesar dos cinco golos encaixados não é dos mais fracos desta Liga, com Tiago Pinto (filho de João Vieira Pinto) a mostrar alguns argumentos no lado esquerdo, embora tenha dado muito espaço a Maxi que praticamente foi um extremo.
Depois, na frente, há bons jogadores, que provavelmente constituem dos melhores trios de ataque do nosso futebol (três grandes à parte), com mistura de velocidade e qualidade técnica de Yazalde e Christian Atsu, com o faro para o golo de João Tomás, que embora tenha atirado ao poste e possa marcar a qualquer momento, não teve aqui um jogo propício para mostrar o que vale.


Com esta vitória do Benfica, a classificação da Liga ZON Sagres fica composta da seguinte forma: