terça-feira, 13 de setembro de 2011

Liga dos Campeões | FC Porto 2-1 Shakhtar Donetsk



O FC Porto venceu esta noite, no Estádio do Dragão, a formação do Shakhtar Donetsk por 2-1, no jogo de abertura da Liga dos Campeões nesta temporada.

O FC Porto apresentou a seguinte equipa: Helton; Fucile, Otamendi, Maicon e Álvaro Pereira; Fernando (Belluschi), Defour e João Moutinho; James Rodríguez, Kléber (Djalma) e Hulk (Varela).

Já o Shakhtar Donetsk: Rybka; Srna, Chygrynskiy, Rakitskiy e Razvan Rat; Mkhitaryan e Fernandinho; Willian (Hubschman), Jadson (Alex Teixeira) e Eduardo (Kucher); Luiz Adriano.

Desta vez Vitor Pereira não inventou e colocou na equipa inicial os melhores, no entanto, destaque para a titularidade de Defour, quando talvez os críticos apontassem para que jogasse de inicio Belluschi. Na defesa, já se sabia, Sapunaru e Rolando eram cartas fora do baralho.

O Shakhtar entrou melhor, mostrando personalidade e que está na disputa pelo jogo, no entanto foi o FC Porto a criar as primeiras situações de golo. Aos 5 minutos Hulk remata fora da área, a bola bate nas costas de Defour e vai à trave. Aos 10’, o árbitro assinala grande penalidade por obstrução a James. Hulk na conversão atira ao poste e o FC Porto mostra de novo atracção pelo ferro após o jogo com o Vitória de Setúbal em que foram três a embater nos postes.

No futebol costuma-se dizer que quem não marca sofre, e dois minutos depois, os ucranianos chegam à vantagem. Willian, na esquerda, remata de pé direito, a bola vai algo enrolada, Helton não a consegue agarrar, e Luiz Adriano apanha o esférico à sua mercê para inaugurar o marcador.
Golo com responsabilidades para o guardião brasileiro dos dragões.

O FC Porto foi em busca do empate, dominando territorialmente, tendo mais a bola, no entanto, quem acabou por marcar foi mais uma vez o Shakhtar, aos 25’, penso que mais uma vez por Luiz Adriano, mas o golo foi anulado por fora-de-jogo. A realização do jogo não mostrou a repetição, mas os jogadores do Shakhtar ficaram a reclamar pela posição de Defour que estava a colocar o marcador do golo do jogo. Ainda assim, o árbitro manteve a decisão.

Como quem não marca (ou neste caso, quem não vê o seu golo validado) arrisca-se a sofrer, Hulk, dois minutos depois, na conversão de um livre directo, atira fortíssimo e acaba por marcar, num remate indefensável para Rybka. O mais difícil estava feito, o empate.

A partir daí, até ao final da primeira parte, só deu FC Porto, e Hulk, minutos depois teve mais um grande remate, mas desta vez, Rybka conseguia parar a bola. A equipa portuguesa até ao final dos primeiros 45 minutos foi a que mostrou querer ganhar o jogo, foi a que foi dominando, embora não estivesse a sair muito bem o último passe, quer pelo meio, quer em cruzamentos, e era difícil colocar a bola em Kléber, por exemplo, o homem mais adiantado dos dragões.

Perto dos 40’, Rakitskiy entra muito duro sobre Moutinho e é expulso. Lucescu, treinador do Shakhtar, não perde tempo e reorganiza a equipa defensivamente com a entrada de Kucher para o lugar de Eduardo. No entanto, e apesar do brasileiro naturalizado croata não estar a jogar muito, a equipa perdeu claramente capacidade ofensiva e previa-se uma segunda parte de muito sofrimento para os homens do Leste europeu.

O FC Porto entrou na segunda parte como terminou a primeira: Ao ataque! A dominar, a povoar o meio-campo contrário, a jogar perto da área do adversário, e não demoraria a chegar ao golo. James faz um belo trabalho na esquerda, e num cruzamento rasteiro assiste Kléber, para o primeiro golo de sempre do brasileiro na Liga dos Campeões, estavam decorridos 51 minutos.

A partir deste momento, notam-se algumas alterações tácticas interessantes no FC Porto:
João Moutinho que durante toda a primeira parte jogou mais descaído pelo lado esquerdo do meio campo, durante alguns momentos da segunda jogou mais pelo lado direito, e como resultado vimos algumas boas combinações com Hulk, uma das quais foi uma dupla tabelinha que foi das melhores jogadas durante todo o encontro, pena a irrelevância que acabou por ter.
Falando de outra alteração táctica, James Rodriguez jogou mais no centro, ocupando a posição de “10”, primeiro com Hulk a jogar numa posição mais interior, fazendo dupla de avançados com Kléber e o meio-campo a formar um losango. Depois, com a saída do “Incrível” e do ponta-de-lança ex-Maritimo, James continuou a ocupar terrenos mais centrais, no entanto, os avançados que já eram Djalma e Varela jogavam muito mais abertos, nas suas posições de extremos, algo que se compreende pois não fazia falta um homem mais adiantado no meio, e com um “10” e dois avançados abertos a posse de bola estava mais facilitada.
Com a saída de Fernando, Moutinho jogou mais recuado, ainda que com participação activa no jogo ofensivo da equipa, Belluschi ajudou à posse de bola, e face à equipa ucraniana se encontrar muito recuada, foi recorrente ver os laterais portistas subirem para jogarem numa linha muito próxima dos centro-campistas.

Quanto ao jogo propriamente em si, o FC Porto tentou a todo o custo ampliar a vantagem, sejam por remates de longe, ou por tentar fazer a bola à grande área, fosse pelo meio ou especialmente pelos flancos, no entanto, nunca o conseguiu.
O Shakhtar fez o que lhe competia e tentou chegar à igualdade, mas sem causar grandes incómodos, ainda assim, dava a ideia de que numa jogada com alguma ponta de sorte, podiam fazer o 2-2, logo, esta vantagem dos azuis-e-brancos não era cómoda.

O FC Porto foi gerindo a vantagem, foi gerindo muito bem a posse de bola, fazendo passar o esférico por quase todos os elementos da equipa, quando possível tentou o 3-1, no entanto, isso não foi possível, e a prioridade foi segurar a vantagem, com bola, no meio-campo do adversário, e essa tarefa facilitou-se com a expulsão por acumulação de amarelos de Chygrynskiy, que encostou definitivamente os ucranianos às cordas.


Creio que o FC Porto jogou com a formação certa, da forma certa durante todo o jogo, foi uma equipa que jogou de forma diferente nos diversos momentos do jogo e soube jogar bem em qualquer um deles. Soube assumir o jogo, soube ir à procura do empate e posteriormente da vitória, soube controlar o jogo, dominá-lo, soube (ainda que de uma forma algo ineficaz e pouco acentuada) criar situações de golo e soube gerir a posse de bola quando isso era o pedido.
Destaco o colectivo que esteve muito bem, no entanto, creio que James fez mais uma grande exibição e que Defour fez bem o seu papel, sendo muito semelhante a Moutinho, permite uma espécie de simetria no meio-campo do FC Porto. Kléber marcou, mas enfim, infelizmente para ele vai estar sempre associado ao antecessor, e sendo o antecessor um fora-de-série, a sua tarefa complica-se, mas mesmo sendo um jogador que joga muito mais para si do que para o colectivo, comparativamente com Falcao, assim como menos virtuoso tecnicamente, tem respondido com golos e isso é que interessa.

Quanto ao Shakhtar, tem uma boa equipa, que teve a infelicidade de jogar durante muito tempo em inferioridade numérica, mais creio que em sua casa vai criar muitas dificuldades ao FC Porto. Tem três jogadores que ofensivamente são muito perigosos (Willian, Jadson e Luiz Adriano). Willian é um extremo rapidíssimo, Jadson é um “playmaker” de classe média/alta do futebol europeu e Luiz Adriano mostrou-se eficaz e creio que é um excelente ponta-de-lança.

Quanto ao outro resultado do grupo, o APOEL Nicósia venceu o Zenit por 2-1.

14 comentários:

  1. Daniel já está linkado, linka o meu

    Amor de leão

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  2. PS - Reparei que não colocaste o meu link.
    Agradeço e ja que a sugestão foi tua que o coloques.
    Obrigado

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    Por email explico sobre o que é, mas é futebol o assunto que me leva a vc.
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  10. Bom dia.
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    Grande abraço

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  11. @Reflexo d'Alma, tudo o que eu falo é na caixa de comentários. Quanto a seguires este blogue, é só uma questão de esperar e já podes seguir ;)

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  12. Hi

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    please reply...

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  13. que comentaristas ninguem diz que
    ganhamos o jogo porque jogamos contra nove,e o arbitro anulou um
    golo limpo aos russos!

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