quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Liga BBVA | Athletic Bilbao 3-0 Atlético Madrid

Esta noite, o Athletic Bilbau venceu no País Basco o Atlético Madrid por 3-0, num jogo a contar para a Liga BBVA.
Eis a constituição das equipas:
Athletic Bilbao
O pouco que sei sobre o Athletic é que tem alguns jogadores da selecção espanhola como Iraola, Javi Martínez e Llorente (melhor marcador da equipa), todos eles titulares esta noite.
Ocupava o 12º lugar à entrada para este jogo, com 9 pontos, fruto de duas vitórias, três empates e três derrotas, e um “score” de 11-11 em golos. Na Liga Europa, lideram o seu grupo que conta ainda com Paris SG, Salzburgo e Slovan Bratislava.


Atlético Madrid

O Atlético Madrid está uma posição acima que o Athletic à entrada para este jogo, no 11º lugar, com 10 pontos, derivado de duas vitórias, quatro empates e duas derrotas, e um saldo de 9-7 em golos, seis dos quais apontados por Radamel Falcao, o melhor marcador da equipa, confirmado os dotes de goleador que já tinha mostrado no FC Porto. Na Liga Europa ocupam o 2º lugar do seu grupo que é liderado pela Udinese e tem ainda Celtic e Rennes.
Ainda não vi nenhum jogo desta temporada, no entanto, conheço de perto alguns jogadores por terem actuado no campeonato português, que para além de Falcao na equipa titular do Atleti são Sílvio, Paulo Assunção, Diego e Reyes.

Com duas equipas que não estão a ter desempenhos que satisfaçam os seus adeptos, o jogo na primeira parte foi essencialmente disputado a meio-campo e sem grandes momentos de brilhantismo.

As primeiras oportunidades até pertenceram aos “colchoneros”, primeiro José Antonio Reyes, que fez uma diagonal da direita para o meio e atirou de pé esquerdo um pouco por cima da trave.

Poucos minutos depois, foi Radamel Falcao a aparecer em velocidade a flectir da esquerda para uma posição central mas o seu remate foi defendido por Iraizoz.

Aos 17’, Amoerebieta saiu lesionado e deu o seu lugar a San José e a por volta desta altura os bascos acordaram e começaram a aproximar-se da área contrária, tendo como principal referência no ataque o internacional espanhol Fernando Llorente que rematou forte de fora da área permitindo uma defesa a Courtois, que acabou por não ser vista pelo árbitro e que por isso foi marcado um pontapé de baliza.

O jogo continuava essencialmente disputado a meio-campo, no entanto, se numa primeira fase parecia ligeiramente inclinado para os homens da capital espanhola, neste período inclinou-se mais para o lado do Athletic que conseguia chegar com mais facilidade à baliza contrária, e ainda antes do intervalo, De Marcos, á entrada da área, rematou forte para a grande defesa de Courtois.

Na segunda parte, previa-se que ambas as equipas procurassem desbloquear o resultado mas nos primeiros 15/20 minutos foram sempre inconsequentes, proporcionaram um jogo morno, sem grandes motivos de interesse e em que permanecia o impasse e a monotonia, sendo que a primeira ocasião de golo digna desse nome no segundo tempo, só apareceu praticamente quando se assinalou uma hora de jogo, através de um cabeceamento de De Marcos ao lado ao dar sequência a um cruzamento de Aurtenetxe.

Finalmente, aos 67, um golo! Os jogadores do Athletic conseguiram recuperar uma bola do lado esquerdo á entrada da área dos “madrileños”, e Susaeta consegue colocar a bola em Llorente que a desviou para a baliza beneficiando de um ressalto em Filipe Luis.

O Atleti acusou o golo sofrido e poucos minutos depois viria a sofrer o 0-2, após um cruzamento milimétrico na direita de Toquero (entrou na segunda parte), Llorente antecipa-se aos defesas adversários e num cabeceamento de cima para baixo conseguiu bisar no encontro.

No entanto, a festa não terminara aqui, e aos 74’, após um livre na esquerda batido com o pé direito por Ander Herrera, Toquero desviou de cabeça para o 3-0. Três golos em sete minutos dos homens de Bilbao! Jogo resolvido em pouco tempo quando parecia monótono e sem rumo.

Com um vencedor encontrado, até ao final do jogo o Athletic tirou o pé do acelerador e a antiga equipa de Paulo Futre foi chegando algumas vezes junto da área adversária para tentar o golo de honra, especialmente por um remate de Salvio aos 90+2’, no entanto, o resultado não sofreu alterações.

Com esta vitória os bascos conseguiram ultrapassar o seu oponente desta noite na tabela classificativa e ficaram mais próximos dos lugares que dão acesso às competições europeias.

Analisando as equipas, posso começar por dizer que o árbitro deste encontro é tão mau ou pior como muitos dos que se vêem em Portugal, e em Espanha as criticas á arbitragem começam-se a tornar cada vez mais usuais.

Em relação ao Athletic Bilbao, foi uma formação a quem as substituições fizeram bem, que está numa boa série de resultados (sete jogos sem perder, cinco deles para o campeonato) e que pode fazer coisas boas neste campeonato ainda que tenha sentido bastantes dificuldades para desbloquear o resultado.
É um clube com cultura, só jogam lá jogadores bascos (e aqui inclui-se atletas com descendência basca ou que vivam nessa região há alguns anos) e que maioritariamente são oriundos dos seus próprios escalões de formação, mas mesmo assim, apesar das limitações de recruta de talento, nunca desceu de divisão e geralmente não tem dificuldades em manter-se no principal escalão espanhol e até qualificar-se para as competições europeias. A nível de jogadores, esta noite tenho que destacar acima de tudo Llorente que é a grande referência da equipa, um ponta-de-lança de muito valor, um goleador que nos últimos trinta metros é um perigo à solta. De Marcos também me pareceu um jogador muito irrequieto, e porque não falar de Gaizka Toquero que entrou na segunda parte e ainda foi a tempo de fazer uma grande assistência e um golo?

Quanto ao Atlético Madrid, é indiscutível que há talento naquela equipa em todos os sectores, especialmente no ataque. A qualidade de Falcao é incontestável e os homens que jogam atrás de si são de nomeada, o problema está na conexão entre o ponta-de-lança colombiano e os três médios mais ofensivos. O ex-goleador do FC Porto parece estar sempre muito desapoiado porque Diego vai buscar jogo muito atrás, e Reyes e Arda Turan apesar das muitas diagonais geralmente acabam por optar pelo remate, e quando a bola é colocada em Falcao, há muito pouco espaço para trabalhar e conseguir levar perigo á baliza adversária.
Pergunto-me porque razão em vez de tantas diagonais, os extremos do Atlético não tenham indicações para serem mais verticais, percorrem os corredores e tentarem através de cruzamentos apostar no jogo directo no qual “El Tigre” já demonstrou no FC Porto que é muito forte?
O meio-campo é muito bom, é forte na circulação de bola ainda que não sei até que ponto não será exagerado ter dois “pivots” defensivos em vez de um trinco e um “box to box”, mantendo Diego numa posição mais ofensiva no centro do terreno mas talvez mais descaída para um dos lados, que seriam alternados por ele e compensados pelo tal “box to box”.
Parece faltar algo a esta equipa, mas não é de agora, é já de há alguns anos! Há talento sem dúvida, há lá jogadores que deixaram marcas nos grandes clubes em que jogaram e outros que quando saem do Atlético continuam a ter sucesso (ex: Agüero), no entanto, parece faltar uma mentalidade ganhadora, um entrosamento que permita que o clube consiga estabilizar nos lugares de acesso às competições europeias e ser mais regular. Esta noite apresentaram um futebol q.b. nos primeiros 15/20 minutos, onde pareciam ter o campo ligeiramente inclinado a seu favor, mas depois, foram perdendo gradualmente esse ascendente e nunca mais se levantaram.
Quanto aos portugueses em campo, fiquei com a noção de que Sílvio fez um bom trabalho, no entanto, merecia ter sido expulso após uma entrada duríssima já no final do jogo que nem lhe valeu sequer um cartão amarelo. Já Pizzi entrou para jogar os último quarto de hora e pouco ou nada se viu dele.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Serie A | AC Milan 4-1 Parma



O AC Milan venceu esta noite o Parma por 4-1, em San Siro, num jogo a contar para a Liga Italiana.


Eis a constituição das equipas:

AC Milan



Já há uns bons anos que não vejo um jogo do AC Milan. São os actuais campeões italianos, acabando com a hegemonia do Inter que já durava há algum tempo, começaram mal o campeonato este ano, no entanto, estão-se a erguer e já estão a pouco pontos da liderança.
Na Liga dos Campeões estão a fazer uma óptima campanha, conseguindo empatar em Camp Nou e ganho os restantes dois jogos.
Boateng é neste momento o melhor marcador da equipa, após um “hat-trick” frente ao Lecce no último fim-de-semana (vitória por 4-3, após estar a perder por 0-3).


Parma



Do Parma à entrada para este jogo ainda sei menos. Praticamente desconhecia quem fazia parte do plantel à excepção de Jaime Valdés, chileno emprestado pelo Sporting, que até marcou no mais recente jogo da sua equipa, frente ao Atalanta (derrota por 1-2).
Na época passada ficou em 12º na Serie A, e em 2011/2012 para já foi ocupando posições semelhantes na tabela classificativa.
Giovinco parece ser um jogador apetecido por alguns dos principais emblemas europeus.


O Milan, com muitas ausências, entrou mal no jogo, permitiu que o Parma atacasse muitas vezes e trocasse a bola no seu meio-campo. Foi assim durante os primeiros 15/20 minutos, sempre com Giovinco como principal dínamo dos forasteiros, ainda que com Valdés no apoio.

Foi mesmo dos pés do italiano que apareceu a primeira ocasião de golo, num remate que saio ao lado da baliza de Abbiati, aos 14’.

Após este susto, os “rossoneri” acordaram, ainda que lentamente, e poucos minutos depois, Taiwo subiu pelo flanco esquerdo e rematou cruzado ao lado.
Aos 26’, Zlatan Ibrahimovic de muito longe atira rasteiro mas a bola acabaria por passar perto da malha lateral.

O Parma haveria de responder, na sequência de um canto, Zaccardo cabeceia para uma grande defesa de Abbiati que impediu a bola de ir para a zona de finalização onde estava Valdés. No entanto, o guarda-redes italiano não ficou bem na fotografia porque não conseguiu sacudir o esférico num primeiro instante.

Se o Milan tinha respondido bem ao primeiro lance perigoso do seu adversário, então a este ainda respondeu melhor, com um golo. Aquilani ainda no seu meio-campo bombeia a bola para as costas da defesa para Ibrahimovic que a controlou, contemporizou e assistiu Nocerino, que após se ter antecipado aos defesas e ter ganho um ressalto, com um toque subtil fez o 1-0 aos 30’.

Ainda se celebrava o golo e Nocerino já fazia o 2-0, mas que remate! Após uma bola cortada de cabeça pelos centrais do Parma, a bola sobrou para Nocerino que á entrada da área a amorteceu com o peito e de pé esquerdo atirou forte para o fundo das redes.

Nos minutos após o tento, os comandados por Franco Colomba acusaram a situação desfavorável, até porque há alguma frustração já que não estavam a jogar mal, e só conseguiram reagir perto do intervalo por um remate de Jaime Valdés que não passou muito por cima da baliza milanesa.


Na segunda parte, a equipa de Milão tinha como principal objectivo gerir a vantagem através de uma elevada posse de bola sobretudo dos seus jogadores do meio-campo, ter disciplina táctica a defender e se se proporcionar, marcar mais.

Nesta fase, o jogo tornou-se um pouco aborrecido, mas melhorou ligeiramente quando o AC Milan sentiu confiança em avançar no terreno e procurar o terceiro, sobretudo após dois remates perigosíssimos de Aquilani para duas grandes defesas de Mirante, o primeiro num cabeceamento após canto de Cassano e o segundo num tiro de longe, após largos segundos de posse de bola por parte dos “rossoneri”.

Depois, um jogador que eu até desconhecia o seu valor, Abate, lateral-direito dos campeões italianos, teve uma grande jogada no flanco direito, assistiu Ibrahimovic para a entrada da pequena área e este atrasou para Cassano, no entanto, o avançado italiano complicou muito e acabou por atirar por cima.

Aos 73’, finalmente novo golo do Milan. Mais uma bola bombeada pelo ar para os jogadores mais ofensivos é cabeceada por Cassano que assim isolou Ibrahimovic que ganhou a luta corporal com Feltscher e na cara de Mirante não perdoou.

Pouco tempo depois, é a vez de Robinho (que entretanto entrou na partida) a surgir isolado mas o brasileiro permitiu mais uma grande defesa do guarda-redes italiano.

No minuto seguinte, Biabiany (outro que entrou na segunda parte, este para o Parma) tem um excelente trabalho no seu meio-campo ofensivo e colocou a bola em Giovinco que surgiu do lado esquerdo á entrada da pequena área e atirou para o 1-3.

Nesta fase, e com dez minutos para jogar, os forasteiros ainda tentaram qualquer coisa neste positivo, aproximando-se da baliza dos milaneses, no entanto, nunca conseguiram grandes oportunidades de reduzir a desvantagem, o tempo foi passando, e aos 90+2’, Cassano tem um grande trabalho do lado direito e de pé esquerdo picou a bola que Nocerino cabeceou para o 4-1, fazendo desta forma um “hat-trick”.

Com esta vitória, o Milan aproxima-se da liderança, somando 14 pontos (menos dois que a líder Juventus) e conseguiu dar mais um salto na classificação.


Analisando as formações, creio que os “rossoneri” têm uma equipa muito boa, com uma defesa sólida, um meio-campo bastante forte e com capacidade de circulação de bola e um ataque capaz de fazer golos.
E se olharmos para a lista de ausentes que inclui Nesta, Mexès (entrou no jogo mas ainda não estava a 100%), Seedorf, Van Bommel (habitual titular que foi poupado hoje e esteve no banco) e Alexandre Pato, penso que isto diz tudo sobre a qualidade desta formação.
Apresentaram-se com um 4-3-1-2 com uma linha de meio-campo que pouco sobe, dois laterais muito ofensivos e um jogador (neste caso Boateng) que faz a ponte entre os três médios e os dois avançados. Uma sistema diferente do que aqueles que habitualmente vemos nas principais ligas europeias.
Se tiver que destacar jogadores tenho de mencionar Nocerino claro, que marcou um “hat-trick” e foi o homem do jogo. No entanto, gostei dos pormenores do lateral Abate que mostrou agressividade e qualidade a defender e a atacar, mostrando até mais que Taiwo, que mesmo assim também esteve bem. Aquilani é impressionante, não falha um passe! Ibrahimovic parece que anda sempre chateado e que está a fazer um “frete” mas é um génio, não haja dúvidas! Cassano é de extremos, consegue complicar em demasia como também sacar lances de pura magia como a assistência para o quarto golo.

Quanto ao Parma, foi uma equipa que se bateu bem até se encontrar em desvantagem e que mostrou ter bons jogadores do meio-campo para a frente, falo sobretudo de Giovinco, a grande estrela da equipa, no entanto, Valdés e Biabiany também mostraram bons pormenores.
Penso que é uma formação para ocupar os primeiros lugares da segunda metade da tabela.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

WWE | Vengeance 2011



Data: 23 de Outubro de 2011
Arena: AT&T Center
Cidade: San Antonio, Texas

Liga ZON Sagres | Sporting 6-1 Gil Vicente



O Sporting goleou esta noite o Gil Vicente por 6-1, num jogo disputado no Estádio José Alvalade a contar para a Liga ZON Sagres.


Eis a constituição das equipas:

Sporting



O Sporting procurava aqui a nona vitória seguida e para tal acontecer, voltava a contar com os contributos de Onyewu, Insúa e Elias, que não puderam ajudar a equipa na passada quinta-feira frente ao Vaslui.
A novidade no onze foi Elias e Matías actuarem em simultâneo, algo que já vinha a ser dado como possível, mas pouco provável. Pereirinha nem convocado foi e Carrillo foi suplente. Onyewu pode não estar ainda completamente recuperado da sua lesão e por isso também se sentou no banco de suplentes, sendo a dupla de centrais Carriço e Polga.


Gil Vicente



Confesso que ainda não vi nenhum jogo desta equipa, que pelo que a estatística mostra, está a fazer um campeonato muito razoável, ocupando uma posição a meio da tabela.
Na actual temporada já empatou frente ao Benfica (2-2, logo na primeira jornada) e esteve a ganhar no Dragão (embora tivesse perdido por 3-1), mas que na semana passada viveu um momento algo humilhante ao ser eliminado da Taça de Portugal pelo Torreense, uma modesta equipa da II Divisão.
Pelo que tenho lido, a estrela da companhia é Hugo Vieira, um jovem atacante português, no entanto é Cláudio, defesa-central, o melhor marcador da equipa, com quatro golos apontados (três foram de “penalty”).
Por curiosidade, nenhum foi opção para Paulo Alves.


O Sporting não entrou a matar mas entrou forte e aos 7’ já se encontrava em vantagem.
Após um canto de Matías na esquerda, um remate enrolado de Wolfswinkel sai torto e sobra para Polga que surgiu dentro da grande área do lado direito e cruzou para Carriço que á boca da baliza, cabeceou lá para dentro.

Nesta fase, já dava para ver o desenho táctico dos leões com Elias e Matías em simultâneo. Basicamente, ambos iam alternando entre si, jogavam os dois do lado direito, mas um no flanco e outro numa posição mais interior, mas com nem o brasileiro nem o chileno são jogadores muito rápidos, foram facilitando e compensando as subidas de João Pereira pela ala de forma a gerar desequilíbrios.

Os jogadores do Gil Vicente preenchiam bem os espaços, fechavam as linhas de passe dos leões e defendiam bastante bem, o que obrigava a equipa de Alvalade a fazer algo rápido e imprevisível de forma a chegar à frente, da mesma forma que esperava uma desconcentração na muralha gilista, e foi com bastante calma que iniciou mais um grande lance de perigo aos 21’. Depois de sucessivas trocas de bola na zona defensiva, o Sporting avançou no terreno com alguma intensidade numa triangulação entre João Pereira e Matías, na qual o lateral português tentou o chapéu ao guarda-redes Adriano, mas este respondeu com uma grande defesa para canto.

A partir daqui, Paulo Alves, treinador dos homens de Barcelos, retirou de campo o lesionado Pedro Moreira e colocou o mais criativo e ofensivo Guilherme, e nesta fase do jogo, a equipa subiu no terreno com algumas transições rápidas e também devido a lances de bola parada, ainda que os defesas do Sporting ou Rui Patrício acabassem por despachar as bolas com maior ou menor dificuldade.

Até ao final da primeira parte, houve apenas mais uma grande oportunidade de golo, novamente para a formação leonina, já nos descontos, Matías de livre directo obrigou Adriano a fazer uma grande defesa.


Na segunda parte o jogo começou equilibrado e bastante disputado sobretudo a meio-campo, mas o Sporting pelo sim pelo não quis alargar a vantagem e acabou por consegui-lo aos 58’, na conversão de uma grande penalidade por Wolfswinkel, o jogador que tinha sofrido a falta.

Três minutos depois, mais uma grande jogada em que João Pereira subiu pelo flanco direito, o lateral leonino cruzou para o segundo poste, onde aparece Diego Capel de uma forma fulminante a cabecear para o 3-0. A estocada final dada por um sevilhano!

Aos 65’, novo golo do Sporting: 4-0! Excelente jogada de contra-ataque iniciada por Wolfswinkel, dando a bola a Carrillo (recém-entrado no jogo para o lugar de Matías) que a levou até à grande área, e mesmo falhando um passe conseguiu ganhar o ressalto, rematou para a defesa de Adriano e na recarga Diego Capel voltou a marcar de cabeça.

Nesta fase a equipa da casa já estava totalmente tranquila no jogo, com a vitória assegurada, e Domingos Paciência acabou por esgotar as substituições, dando minutos a Diego Rubio e Bojinov, para as saídas de Rinaudo e Diego Capel.
Das bancadas surgiam aplausos e “Olés”, num clima de alegria como há muito não se via em Alvalade.

No entanto, no clima de festa, num lance em que a defesa do Sporting se encontrava desconcentrada, Roberto (que entrou na segunda parte) respondeu da melhor forma de cabeça a um cruzamento na direita aos 75’, para reduzir para o Gil Vicente.

Quatro minutos depois houve mais um motivo para festejar em Alvalade. Carrillo teve uma grande jogada pela esquerda e cruzou atrasado para a finalização certeira de Bojinov, que finalmente se estreou a marcar pelos leões. 5-1!

O Sporting ameaçou o sexto por algumas vezes, nomeadamente por Bojinov e Wolfswinkel, e acabou por consegui-lo já no tempo de descontos após mais uma grande jogada no lado esquerdo em que Diego Rubio cruzou para mais uma grande finalização do búlgaro, bisando assim no encontro.

O jogo terminou assim com uma vitória justíssima da equipa leonina, sem margem para quaisquer dúvidas, e continua apenas a três pontos do duo de líderes, enviando também um recado para os seus adversários directos, mostrando que deve ser levado a sério!


Analisando as equipas, pouco se pode apontar a uma equipa que ganha por 6-1!
O Sporting esteve sempre por cima do jogo, e mesmo quando o Gil subiu no terreno enquanto havia 1-0, a equipa manteve-se forte e tranquila, mostrou maturidade e conseguiu construir esta goleada.
Rui Patrício esteve bem quando foi chamado a intervir, João Pereira fez uma das suas melhores exibições de leão ao peito tanto a defender como a atacar, Polga teve algumas falhas inaceitáveis mas apenas quando o jogo já estava resolvido, Carriço esteve bem, tal como Insúa.
Rinaudo para mim até fez uma das suas exibições menos conseguidas, errando muitos mais passes do que costume, Schaars esteve ao seu nível e Matías e Elias estiveram bem nas suas funções, alternando entre si na ala direita e na posição de médio-interior-direito, ainda que na minha opinião jogando em simultâneo e nestas posições, o Sporting não consiga ter a intensidade de jogo que consegue ter com Carrillo. Uma dor de cabeça positiva para o treinador dos leões.
Capel esteve mais uma vez endiabrado e bisou na partida, e Wolfswinkel andou mais desaparecido do que costume mas lá marcou o seu golito, ainda que de grande penalidade. Carrillo mostrou com a sua presença em alguns dos golos do Sporting que quer recuperar a todo o custo a titularidade, Diego Rubio também esteve bem e Bojinov fez finalmente golos, e logo dois, o que certamente lhe dará confiança para os jogos que aí vêm!

Quanto ao Gil Vicente, creio que fez uma boa exibição até ao 0-2.
Apresentou sempre um bloco alto, boa organização, fechou bem os espaços e sempre que pôde teve as suas jogadas de ataque, ainda que sem grandes sustos para Rui Patrício até o jogo resolver-se.
Adriano apesar dos seis golos sofridos foi talvez o melhor dos minhotos e Luís Carlos, Laionel, Richard e Guilherme conduziram algumas movimentações ofensivas, é o que se pode destacar numa equipa que em termos gerais esteve homogénea.


Foi a nona vitória consecutiva do Sporting!

domingo, 23 de outubro de 2011

Liga ZON Sagres | FC Porto 5-0 Nacional



O FC Porto goleou esta noite o Nacional por 5-0, num jogo a contar para a 8ª jornada da Liga ZON Sagres.


Eis a constituição das equipas:

FC Porto



O FC Porto está numa “mini-crise” de resultados, visto que só ganhou dois dos seus últimos seis jogos, e este jogo segunda imprensa. Ainda assim, neste período despachou a Académica por 3-0 e o Pêro Pinheiro por 8-0, entrou nesta jornada na liderança do campeonato (partilhando-a com o Benfica), seguiu em frente na Taça de Portugal e continua com tudo em aberto na Liga dos Campeões.
Para este jogo, há algumas (grandes) surpresas: Mangala vai fazer dupla de centrais com Rolando em detrimento de Otamendi ou Maicon, Defour e Belluschi vão actuar no meio-campo, ocupando as vagas que geralmente são de João Moutinho e Guarín, Varela vai jogar no lugar de James, e Walter vai ser o ponta-de-lança, relegando Kléber para o banco de suplentes.


Nacional



Quanto ao Nacional, tem feito um campeonato algo abaixo das expectativas, ocupando a segunda metade da tabela classificativa, e tendo marcado por esta altura apenas 3 golos e sofrido 12, que é como quem diz, tem um dos piores ataques e defesas da competição.
Ainda não vi nenhum jogo dos insulares esta temporada, mas parecem estar a um nível mais baixo do que o que nos tem habituado.


O FC Porto não entrou com um ritmo muito forte no jogo, efectuando passes lentos, previsíveis e mal calculados e não aumentando intensidade nas transições ofensivas de forma a criar desequilíbrios. Foi tanta a sonolência dos jogadores que vestiam de azul e branco que nos primeiros minutos nunca estiveram perto da baliza do Nacional e falharam imensos passes, não conseguindo superiorizar-se de forma evidente em termos de percentagem de posse de bola, uma situação que acabou por durar até ao final do encontro.
O factor de maior interesse no inicio era saber quem era aquele misterioso jogador loiro dos dragões que eu não estava a reconhecer… afinal era Hulk, que apresentou nesta partida um visual renovado.

Os madeirenses tinham o jogo a correr a seu favor, com um ritmo baixo, ainda que fossem inconsequentes, e quando nada o fazia prever, aos 24’ Defour remata do meio da rua, a bola desvia em Neto e acaba por trair o guarda-redes Marcelo, estava feito o 1-0.

O ritmo continuou baixo e minutos depois numa transição rápida comandada por Mateus, este assiste Mário Rondón que atirou à malha lateral. Foi a melhor oportunidade dos insulares em todo o jogo.

Aos 40’, novo golo do Porto! Na sequência de um canto marcado no lado esquerdo, Rolando salta mais alto e desvia a bola para Walter que á boca da baliza não perdoou. O avançado brasileiro estava em posição de fora-de-jogo, no entanto, a equipa de arbitragem validou o golo.

Longe de fazer uma exibição brilhante, os campeões nacionais chegaram ao intervalo com uma vantagem tranquila, fruto de dois golos algo estranhos (um foi desviado por um defesa adversário e outro estava em fora-de-jogo), perante um adversário que não mostrou nem ambição nem argumentos para evitar a derrota.

Na segunda parte, a intensidade do jogo ainda conseguiu ser mais baixa, assistiu-se a um jogo bastante sonolento, no qual os jogadores do Nacional fizeram praticamente figura de corpo presente, já que praticamente pararam de atacar. Os portistas agradeceram, que sem suar muito, iam trocando a bola com tranquilidade e esperando que o tempo passasse para garantir os três pontos.

Mais uma vez, quando tudo parecia tranquilo e sem acção nas duas balizas, o FC Porto voltou a marcar. Livre de Belluschi, defesa algo deficiente de Marcelo para a zona frontal à baliza onde Sapunaru atirou para o fundo das redes num dos golos mais fáceis da sua carreira, estavam decorridos 66 minutos. A defesa nacionalista nem sequer reagiu ao lance.

Alguns minutos depois, Vítor Pereira mexeu na equipa e retirou Defour e Belluschi (que não gostou de ser substituídos) para colocar em campo Guarín e João Moutinho, dois habituais titulares que recentemente têm feito exibições não muito positivas, algo que o próprio médio português admitiu no final do jogo com o APOEL.

O jogo estava resolvido, não havia pressão mas Moutinho estava com vontade de mostrar serviço, mostrando humildade e profissionalismo ao aceitar a sua condição de suplente e dar o seu melhor para recuperar o posto, tanto que fez duas assistências para golo ainda antes do final do jogo.
A primeira surgiu perto dos 90’, quando Guarín praticamente o isolou perante Marcelo, mas não foi egoísta e colocou a bola em Kléber que com a baliza escancarada fez o 4-0.

Dois minutos depois, já para lá da hora, numa jogada dentro da grande área dos insulares, o ex-capitão do Sporting colocou a bola em Hulk que fez um chapéu a Marcelo, no último e mais bonito golo da noite.


Este resultado acabou por ser demasiado pesado para o Nacional, tendo em conta que o FC Porto também jogou num ritmo muito baixo.
Só para se ter a noção da pouca intensidade que este jogo teve, o árbitro, Cosme Machado, chegou ao final da partida sem mostrar um único cartão amarelo.


Quanto ao desempenho das equipas, é praticamente impossível destacar alguém, tanto pela positiva ou pela negativa, ambas as equipas foram muito homogéneas.

No FC Porto, Helton arriscou em alguns dribles em zonas algo proibidas, Mangala cometeu uma fífia mas até foi seguro, Walter e Kléber fizeram a sua função (marcar), Hulk voltou aos golos e João Moutinho entrou com uma vontade que se traduziu em duas assistências nos últimos momentos do jogo. De resto, pouco há a dizer.

No Nacional, há que destacar a falta de atitude que a equipa teve, e ao que parece tem tido esta temporada, já que ocupa uma posição muito baixa na tabela e não está a ter o atrevimento que nos habituou ao longo dos anos. Onde está aquela formação bastante complicada de bater que disputa os lugares europeus?
Marcelo parece-me ser um guarda-redes que não está à altura do legado de Diego Benaglio e Rafael Bracali. Mateus comandou as poucas transições rápidas do ataque na primeira parte com alguma qualidade, e Rondón como principal artilheiro causou algum perigo mas também foi inconsequente.

Premier League | Manchester United 1-6 Manchester City



Esta tarde, o City foi a Old Trafford golear o seu rival, o United, por 6-1, num escaldante "derby" da cidade de Manchester.


Eis a constituição das equipas:

Manchester United



Já vi alguns jogos do United esta temporada e pareceu-me uma equipa que acima de tudo é eficaz. Das partidas que vi não tenho visto grande brilhantismo, mas facilidade em chegar ao golo.
Muitas vezes, Ferguson opta por uma política de rotatividade e isso tem causado alguns atrasos, seja na Liga dos Campeões em que só a meio da semana conseguiu a primeira vitória, ou mesmo no campeonato, como foi exemplo o último jogo em Liverpool.
Actualmente, os “red devils” ocupam o 2º lugar no Premier League, com 20 pontos, fruto de seis vitórias e dois empates, 25 golos marcados e seis sofridos.
Para este jogo, o técnico do United deu a titularidade àquele se aproxima do seu onze-base.


Manchester City



Ainda não vi nenhum jogo dos “citizens” esta temporada, no entanto, pelo que a estatística mostra, só não venceram um jogo para o campeonato (empate no terreno do Fulham) e são líderes isolados com o melhor ataque a melhor defesa (em igualdade com o United e o Newcastle).
O seu melhor marcador é a sua grande contratação, o argentino Kun Agüero, no entanto, o bósnio Edin Dzeko marca também bastantes golos, mas que neste jogo vai começar do banco de suplentes.


O United entrou melhor, muito forte, com uma elevadíssima posse de bola e também com um grande domínio territorial.
Os primeiros 15/20 minutos jogaram-se praticamente em exclusivo no meio-campo dos forasteiros, todas as tentativas de sair a jogar por parte do City eram cortadas logo na sua raiz, não conseguiam sair do seu meio-campo.

No entanto, no último terço os “red devils” foram sempre inconsequentes e derivado dessa inconsequência na frente de ataque, o ritmo de jogo foi baixando e os “citizens” foram povoando mais o terreno adversário e praticamente no primeiro remate que fez no jogo, marcou, por Mario Balotelli, aos 21’, ao desviar de primeira e com grande classe um cruzamento atrasado de Milner pela esquerda.

O problemático jogador italiano não festejou o golo, não esboçou um único sorriso e apenas levantou a sua camisola, mostrando uma por baixo na qual estava escrito “Why always me?”, num autêntico recado para os media que tanto o ataca e expõe a sua vida pessoal, que ainda esta semana foi alvo de noticia por ter incendiado a sua própria casa enquanto atirava fogo de artificio pela janela da sua casa de banho.

A equipa de Alex Ferguson acusou o golo sofrido, até porque foi-lhe dado a provar um pouco do seu próprio veneno, a letal eficácia mesmo quando a produtividade ofensiva da equipa não é elevada.

Até ao intervalo, não houve grandes oportunidades de golo para nenhum dos lados, apenas dois remates do United (por Anderson e Rooney) que saíram à figura de Joe Hart.


A segunda parte começou logo com um “handicap” para os homens da casa. Evans foi expulso após uma entrada perto da entrada da área sobre Balotelli.
Ainda assim, a equipa conseguiu reagir e mostrou coração, e aos 54’ esteve perto de marcar, na melhor ocasião até então. Numa jogada de insistência, Ashley Young primeiro remata contra um defesa e depois ao lado.

No entanto, quando o United estava a criar ânimo foi o City que voltou a marcar. Excelente jogada de combinação no lado direito entre Milner e David Silva, com uma ajudinha de Richards, que veio a culminar numa finalização à boca da baliza por Mario Balotelli, estavam decorridos 60 minutos.

Nesta altura, Ferguson reequilibrou a sua equipa com a entrada de Jones para o centro da defesa e Chicharito para o ataque, fazendo sair Nani e Anderson, mas pouco tempo depois os “citizens” fizeram o 3-0. Mais uma jogada no flanco direito muito boa de Micah Richards que num cruzamento rasteiro batido para o segundo poste encontrou Kun Agüero para finalizar.

Esta parecia ser a estocada final, os campeões ingleses perderam a esperança e os seus adeptos já abandonavam o estádio, até deu para Balotelli ser substituído por Dzeko e receber uma grande ovação dos seus adeptos. Em jeito de brincadeira, até se pode dizer que ele incendiou Old Trafford.

A dez minutos no fim, após uma boa combinação com Chicharito, Fletcher remate em jeito e faz o 1-3.

O empate estava à distância de dois golos e ainda havia tempo para jogar, o United subiu no terreno à procura de novo golo no entanto apenas com um homem a mesmo o desgaste era muito maior e a resposta às transições rápidas do City não tinha tanta qualidade, assim como a concentração em lances como as bolas paradas, e foi na sequência de um canto que foi feito o 4-1, por Dzeko, aos 89’, marcando praticamente sem querer (de joelho) após um desvio de Lescott junto ao segundo poste.

Os homens de encarnado voltaram a ficar sem reacção, e em mais uma jogada de contra-ataque dois minutos depois, os azuis de Manchester chegaram ao quinto golo, numa finalização em que David Silva até se deu ao luxo de colocar a bola entre as pernas do seu compatriota De Gea.

Ainda antes do final do jogo, em mais uma transição rápida do ataque do City comandada por Silva, este assiste Dzeko que com alguma facilidade fez o 6-1.


Foi um jogo com uma intensidade muito forte, no entanto, até este estar praticamente resolvido que não houve grandes ocasiões de golo, sendo feio em diversos momentos, com faltas extremamente agressivas que poderiam ter resultado em lesões graves, que o diga Phil Jones ou Micah Richards, quando sofreram entradas de Dzeko e Welbeck na fase final do encontro.

Em termos tácticos, a expulsão de Evans foi fundamental para desequilibrar um jogo que até então estava equilibrado e que só tinha sido desbloqueado por um lance imprevisível do ataque do City (0-1), em que Milner, que geralmente joga sobre o lado direito, apareceu na esquerda e assistiu Balotelli que esteve sempre no flanco e aí apareceu na zona central.

O cartão vermelho mostrado ao central norte-irlandês foi mesmo a primeira “escavadela” do buraco em que o United se meteu neste jogo, em que o City com alguma facilidade a partir daí chegou à goleada e até teve oportunidades de fazer mais golos.


Em relação às equipas, o United apresentou uns 15/20 minutos muito fortes, reagiu com alguns remates perto do intervalo que acabaram controlados com muita segurança por Joe Hart, e esboçou uma reacção forte mesmo após a expulsão, mas poucos minutos depois sofreu o 0-2 e a partir daí foi história.
De Gea não teve culpa nos golos sofridos, o sector defensivo cumpriu bem até à expulsão, mas a partir daí, o desequilíbrio numérico foi visível e nada puderam fazer face às movimentações rapidíssimas dos homens do City, uma verdadeira dor de cabeça para qualquer defesa, que o diga Evra que viu do seu lado nascer o 0-2 e o 0-3.
Nani esteve apagadíssimo, Ashley Young mostrou-se muitas vezes inconformado mas pouco pode fazer, Anderson esteve discreto como de costume, sem acrescentar nada, e Fletcher ao seu nível, apontando um belo golo.
Rooney pouco ou nada fez e Welbeck ainda tentou gerar desequilíbrios mas foi inconsequente. Chicharito foi importante no golo do United e Jones foi claramente batido no golo de Agüero.

O City fez uma exibição que roçou a perfeição!
É verdade que nos primeiros 15/20 minutos não conseguiram praticamente sair do seu meio-campo, no entanto, defensivamente foram fortes e obrigaram o United a baixar o ritmo, subindo assim mais vezes no terreno e chegando ao golo praticamente no primeiro remate que fizeram no jogo.
A partir daí, fruto da qualidade dos seus jogadores, tiveram uma percentagem muito elevada de posse de bola e de domínio territorial, e sempre que possível, com tabelas e combinações rápidas para gerar desequilíbrios e foi mesmo assim que fizeram o 2-0, colocando-se mais tranquilos no jogo.
Mesmo quando a partida estava resolvida, quiseram humilhar o adversário e chegaram a uma goleada histórica.
Joe Hart esteve seguro, os centrais também, Clichy não deu a mínima hipótese a Nani, e embora com mais dificuldade, Richards acabou por fazer o mesmo a Ashley Young e ainda conseguiu envolver-se nas jogadas que originaram o 2-0 e o 3-0.
O meio-campo defensivo constituído por Yaya Touré e Barry pautaram bem o ritmo do jogo, e os homens da frente, normalmente comandados por David Silva, para além da sua qualidade individual, souberam trabalhar como equipa e foi assim que geraram desequilíbrios e situações imprevisíveis que acabaram por ditar esta goleada. Todos os quatro homens da frente estiveram nos primeiros três golos, que é como quem diz, ajudaram a resolver o jogo. Dzeko entrou a segunda parte mas ainda marcou dois.


Com esta vitória, o Manchester City isola-se ainda mais no comando da Premier League com 25 pontos, mais cinco que o United, que pode ser ultrapassado esta tarde pelo Chelsea.

sábado, 22 de outubro de 2011

Premier League | Liverpool 1-1 Norwich



Liverpool e Norwich empataram esta tarde a uma bola num jogo disputado em Anfield, a contar para a 9ª Jornada da Premier League.


Eis a constituição das equipas:

Liverpool



Ainda não vi nenhum jogo do Liverpool esta temporada, mas pelos relatos parecem estar alguns furos acima que na temporada anterior, em que não se qualificaram sequer para a Liga Europa.
Na semana passada ao que parece fizeram um excelente jogo frente ao Manchester United em Anfield, com alguns críticos a apontarem como injusto o empate com que a partida terminou.
O melhor marcador da equipa é o uruguaio Luis Suárez (4 golos).
Esta temporada os principais reforços são José Enrique (ex-Newcastle), Stewart Downing (ex-Aston Villa), Charlie Adam (ex-Blackpool) e Jordan Henderson (ex-Sunderland), habituais titulares na formação da cidade dos Beatles.
Actualmente ocupam a 5ª posição, com 14 pontos, fruto de quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, com um saldo de 11-9 em golos.


Norwich



Quanto ao Norwich, é uma equipa que já tinha visto em acção com o Manchester United, e que mostrou muita disciplina táctica.
Comandados por Paul Lambert, a principal estrela dos canários é mesmo o colectivo, que trabalha muito bem fruto da concentração, solidariedade e bom posicionamento que pelo menos demonstrou em campo frente aos “red devils”.
Actualmente ocupam o 9º lugar, com 11 pontos, uma posição tranquila na tabela classificativa, derivados de três vitórias, dois empates e três derrotas, e um “score” de 10-11 em golos.


O Liverpool entrou fortíssimo neste jogo! Logo aos 2’, na sequência de um pontapé de canto, Skrtel cabeceou forte direito á trave.
Três minutos depois, Luis Suárez tem uma excelente jogada individual na grande área do Norwich e rematou forte ao lado.
Aos 11’, Craig Bellamy tem um grande trabalho na esquerda e coloca a bola no avançado uruguaio dos “reds”, que enviou a bola ao ferro da baliza do Norwich, e na recarga Downing não teve a calma suficiente para fazer golo.

A partir daí, o jogo acalmou e o Norwich até conseguiu povoar o meio-campo adversário, com a sua principal oportunidade a ser um tiro fortíssimo de Hoolahan já dentro da grande área para uma grande defesa de Reina. De resto, algumas ocasiões que acabaram por ser inconsequentes.

Nos últimos 15 minutos, o Liverpool voltou à carga, talvez não intensamente como no começo do desafio, mas com um volume de jogo ofensivo que esteve diversas vezes à distância de um pequeno toque que desviasse a bola para a baliza.

Luis Suárez foi sempre o mais inconformado da equipa da casa, muitas vezes parecia mesmo ser ele e mais dez, e não era de estranhar que os seus colegas o procurassem para que ele com a sua incrível capacidade conseguisse desbloquear o empate, e foi mesmo numa bola longa enviada para o uruguaio que surgiu o golo do Liverpool, mesmo nos últimos segundos da primeira parte. A bola enviada para o ex-Ajax acabou por sobrar para Bellamy que entrou na área dos canários e atirou em jeito para o 1-0.


O inicio da segunda parte foi muito disputado, o Liverpool procurava o mais confortável 2-0 mas a equipa forasteira, sempre muito organizada, tinha de procurar o empate e colocou em campo Holt, um ponta-de-lança mais posicional, de grande porte físico, o que fazia prever algum jogo directo para a área dos “reds”.

Aos 51’, Suárez esteve perto de marcar. Quem mais poderia ser? Em mais um lance de classe ultrapassou dois adversários e atirou ao poste.

Á passagem da hora de jogo, o pior cenário para a formação penta-campeã europeia acabou por se tornar uma realidade. Um grande cruzamento de Pilkington na direita encontra a cabeça do recém-entrado Holt, que igualou a partida. Reina e Carragher ficaram muito mal batidos na tentativa de interceptar o lance.

Cerca de cinco minutos depois, novo cruzamento para o Norwich, desta vez pela esquerda, novamente para a cabeça de Holt, mas desta vez Pepe Reina respondeu com uma grande defesa.

Nesta fase o jogo estava muito partido, o Liverpool tinha a responsabilidade de vencer perante um adversário com outros objectivos e por isso avançou para o ataque, sempre com Suárez ao comando das operações. Mas a inconformidade do uruguaio não teve só efeitos positivos, porque também se traduziu em frustração, levando-o muitas vezes a reclamar intensamente com colegas e árbitro.

Perto dos 80’, finalmente Kenny Dalglish colocou Andy Carroll em campo, um ponta-de-lança posicional que na primeira metade da última temporada impressionou pelo Newcastle, e que já é internacional por Inglaterra. A sua altura seria um argumento diferente para tentar de levar de vencida os canários, no entanto, não teve muitas oportunidades, fruto também do pouco tempo que esteve em jogo. Devia ter entrado mais cedo no jogo, até porque algumas unidades do ataque do Liverpool não estavam a ter um grande rendimento, sobretudo Kuyt.

Apesar do “forcing” final, os “reds” não conseguiram o segundo golo, mesmo quando já se jogava para lá do tempo regulamentar e dos descontos dados pelo árbitro, que deu três minutos de compensação e aos 90+4’ Suárez num remate de primeira proporcionou uma grande defesa a Ruddy.

Com este empate, ambas as equipas ficaram praticamente na mesma da tabela classificativa, no entanto, com este jogo o Liverpool atrasa-se na corrida aos lugares que dão acesso às competições europeias, sobretudo à Liga dos Campeões.


Analisando as equipas, penso que este Liverpool não querendo exagerar foi Suárez e mais dez.
O uruguaio foi o único que esteve sempre inconformado, que procurou o golo, que passou o jogo a chatear a defesa adversária e que acusou a frustração por não conseguir marcar com algumas atitudes a quente, dignas de um sul-americano.
Bellamy também fez um bom trabalho no flanco esquerdo, Downing não foi tão explosivo como lhe competia, Kuyt esteve muito desaparecido e Gerrard está sem ritmo, muito distante da qualidade a que habitou os adeptos desta modalidade.
Defensivamente, apesar de alguns sustos, os “reds” não tiveram mal à excepção do golo em que Reina e Carragher foram muito mal batidos.

Quanto ao Norwich, pouco acrescento ao que tinha dito depois do jogo frente ao United.
É uma equipa pobre em qualidade técnica, no entanto, com muito coração, organização, bom posicionamento e solidariedade, que assumiu uma postura sempre bastante lúcida nos mais diversos momentos do jogo, ainda que tenha tido alguma sorte por não sair de Anfield com uma derrota.
Desta vez destaco dois jogadores: Ruddy, um guarda-redes que muitas vezes parecia ter asas, e Holt, que compreende-se não ter jogado de inicio pois procurava-se gente mais móvel no ataque, mas que para jogos do campeonato do Norwich deverá ser um ponta-de-lança muito útil.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Liga Europa | Sporting 2-0 FC Vaslui



O Sporting venceu esta noite em Alvalade o FC Vaslui por 2-0, carimbando assim presença nos 16-avos-de-final da Liga Europa.


Eis a constituição das equipas:

Sporting



O Sporting já sabia que não podia contar com Rodríguez, Onyewu, Insúa e Elias, quatro habituais titulares, e para o seu lugar entraram Polga, Carriço, Evaldo e Matías Fernandez, no entanto, a grande novidade vai para a entrada no onze de Bruno Pereirinha, em detrimento de Carrillo, que tem estado em bom plano nos mais recentes jogos da equipa leonina.
Com o jovem português em campo em vez do peruano, é de esperar menos capacidade ofensiva no lado direito, e provavelmente uma ala esquerda menos perigosa visto que Insúa tem uma qualidade que Evaldo não tem, especialmente a atacar, e é de prever que haja menos apoio para que Capel possa causar desequilíbrios, como se viu em Famalicão, em que a diferença do brasileiro e do argentino a jogar naquele lado esquerdo da defesa foi da noite para o dia, no que diz respeito ao apoio prestado ao espanhol.


FC Vaslui



Pouco conheço destes romenos. É o actual 6º classificado da Liga Romena, a oito pontos do primeiro classificado, e cinco à frente do Otelul Galati, equipa que pertence ao grupo do Benfica na Liga dos Campeões. Foram afastados na 3ª pré-eliminatória da Liga Milionária pelo Twente e eliminaram o Sparta Praga no Play-Off para a Fase de Grupos da Liga Europa, onde tem dois empates a dois frente ao Lazio (fora) e FC Zurique (casa).
Em termos de jogadores, há alguns com historial em Portugal, como os centrais brasileiros Ozéia (ex-Paços de Ferreira) e Gladstone (ex-Sporting), o lateral-esquerdo português Hugo Luz, o médio-defensivo sérvio Pavlovic (ex-Académica, onde foi treinado por Domingos Paciência), o médio-ofensivo Wesley (ex-Penafiel, Vitória de Guimarães, Paços de Ferreira e Leixões, e actual melhor marcador do campeonato romeno) e o avançado brasileiro William Gerlem (ex-Estoril).


O Sporting entrou forte no jogo, aproximando-se da baliza contrária e povoando sempre o meio-campo contrário, no entanto, sem criar grande perigo.

O Vaslui assumiu uma postura claramente defensiva, com dois médios-defensivos, um dos quais, Gladstone, é defesa-central de raiz e foi basicamente o terceiro homem no eixo defensivo da formação romena. Apesar de fazer descer o ritmo de jogo, a equipa treinada por Viorel Hizo nunca foi capaz de em ataque ou contra-ataque mudar e velocidade do jogo e criar ocasiões de golo, nem pouco sequer ter a bola, por isso viveu praticamente toda a primeira parte com os seus jogadores no meio-campo defensivo atrás do esférico e pressionando os homens do centro do terreno do Sporting, nomeadamente Schaars que não teve grandes oportunidades para fazer as suas habituais combinações com Capel que fazem furor no flanco esquerdo leonino.

Com essa pressão no centro, que se encontrava muito povoado, o Sporting tentou ao máximo apostar nas laterais, onde João Pereira foi prestando mais apoio a Pereirinha, mas especialmente, o que fez a diferença e criou alguns desequilíbrios, foram as subidas de Evaldo, que passou a jogar mais perto de Diego Capel, e fazer as tais combinações que geralmente o espanhol faz com Insúa.
Foi mesmo pelo lado esquerdo que a equipa leonina criou a sua primeira grande oportunidade golo, onde Evaldo cruzou para um remate acrobático de Wolfswinkel que passou perto da baliza de Cerniauskas.

Com as subidas do lateral brasileiro, o Vaslui conseguiu subir pelo flanco direito e num seguimento de um cruzamento por esse lado Wesley e João Pereira embrulham-se na área, acabando com o “playmaker” dos romenos a agredir por duas vezes o jogador português e levar o cartão vermelho.

A redução de jogadores em campo dos romenos foi importante para desbloquear o jogo, houve mais espaço e poucos minutos depois, aos 43’, o Sporting chegou ao golo após uma grande jogada de Matías Fernández pela direita na área contrária em que passou por vários adversários e cruzou para o segundo poste onde apareceu Evaldo para encostar.
Tento obtido numa altura importante, muito perto do intervalo.


Na segunda parte, o mesmo filme!
O Sporting continuou com o domínio territorial e de posse de bola, mas desta vez, fruto da superioridade numérica também, foi criando (mais) oportunidades de golo, e ao mesmo tempo manteve-se muito consistente defensivamente, ao ponto do Vaslui não ter feito um único remate durante o jogo! Rui Patrício tocou na bola pela primeira vez, se não estou em erro, à passagem da hora de jogo!

Ofensivamente o Sporting esteve sempre muito perto do segundo golo, numa altura em que se assistiam a momentos de muito bom futebol e emoção junto da área do Vaslui, essencialmente com dois artistas a comandar o leme: Matías Fernández e Diego Capel, os dois melhores jogadores em campo!

O chileno marcou um livre directo que proporcionou uma defesa de enorme grau de dificuldade a Cerniauskas aos 50’, e o espanhol teve uma grande arrancada em que percorreu praticamente todo o meio-campo dos forasteiros na diagonal e colocou a bola em Carrillo, que isolou Matías para fazer o 2-0, golo que sentenciou o jogo, estavam decorridos 70 minutos.

A partir daí, com grande categoria apesar da pouca oposição, o Sporting foi trocando tranquilamente a bola no meio-campo adversário, e aqui (embora em contextos um pouco diferentes) notou-se a evolução da equipa em relação aos jogos que fez por exemplo frente ao Zurique e Rio Ave. Em ambos os casos o Sporting começou a ganhar por 2-0 (aí conseguiu obter essa vantagem bem mais cedo, diga-se de passagem) mas não conseguiu ter qualidade para conseguir para efectuar a gestão da vantagem, ao ponto de ter apanhado vários sustos na Suiça (embora não sofresse golos) e de em Vila do Conde ter permitido o empate (ainda que tivesse ganho 3-2). Se as vitórias vão continuando, se se nota que os últimos jogos foram talvez os mais difíceis de desbloquear e em que a equipa marcou menos golos nesta série vitoriosa, a verdade é que é evidente a maturação na abordagem aos mais diversos momentos do jogo, nos quais se inclui a gestão de uma vantagem.

Até ao fim do jogo, os leões foram dominadores e entre algumas oportunidades para fazer o 3-0 destaca-se um remate violentíssimo de Schaars que deixou a baliza do Vaslui a abanar.

Com esta vitória, e tendo em conta que a Lazio e o Zurique empataram, o Sporting garantiu a presença nos 16-avos-de-final da Liga Europa. Resta agora tentar assegurar também o 1º lugar no grupo para evitar adversários vindos da Liga dos Campeões.


Analisando as equipas, creio que o Vaslui defensivamente portou-se bem até à expulsão de Wesley e ao golo de Evaldo, no entanto, foi muito pouco ambiciosa no ataque, acabando o jogo com nenhum remate efectuado e pouquíssimo volume de jogo ofensivo.
A nível individual, só posso destacar o seu guarda-redes, Cerniauskas, que mostrou segurança, agilidade e bons reflexos, remou contra a maré e evitou males maiores, que é como quem diz, a goleada.

Quanto ao Sporting, sem cinco habituais titulares e sem grandes oportunidades de golo até ao 1-0, revelou sempre maturidade, não vacilando nem desesperando quando não conseguia criar perigo, circulando sempre muito bem a bola, gerindo bem a vantagem, não cometendo muitos erros e por isso, para mim, foi segunda exibição mais consistente esta temporada, logo a seguir ao desafio frente ao Vitória de Setúbal.
Quanto ao desempenho dos jogadores, Rui Patrício foi um espectador, Carriço e Polga não foram chamados a intervir muitas vezes mas quando foram estiveram bem, João Pereira entendeu-se bem com Pereirinha, que por sua vez para um extremo acrescentou muito pouco mas foi sempre certinho. Evaldo fez um bom jogo, defensivamente não teve grande trabalho e conseguiu estar a um nível perto de Insúa no que concerne ao apoio prestado a Capel.
Rinaudo esteve ao seu nível e é impressionante como o volume ofensivo das equipas adversárias com ele em campo é muito menor, Schaars esteve bem mas falhou nas oportunidades de golo que teve, Matías fez uma grande exibição, foi o melhor em campo e mostrou que tem qualidade para jogar mais tempo, mesmo com Elias disponível.
Capel esteve mais uma vez brilhante, embora eu creio que está a começar a sentir alguma responsabilidade devido ao que os adeptos do Sporting têm visto e esperam dele, e por isso muitas vezes quer decidir sozinho. Wolfswinkel não marcou, mas também não teve muitas oportunidades, e como se sabe, não é um jogador que de outra forma dê muito nas vistas, embora tenha sido útil. Carrillo entrou bem no jogo, Bojinov precisa de marcar para ganhar confiança e André Martins, apesar do pouco tempo em campo, esteve bem na gestão da vantagem.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Liga dos Campeões | Basileia 0-2 Benfica



O Benfica foi esta noite à Suiça vencer o Basileia por 2-0, num jogo a contar para a Fase de Grupos da Liga dos Campeões.


Eis a constituição das equipas:

Basileia



É o primeiro jogo que vejo destes suíços esta temporada, por isso, pouco ou nada sabia de como funcionavam, ainda assim, os desempenhos na Liga dos Campeões estavam a ser bastante surpreendidos, com o Basileia a assumir o primeiro lugar no grupo, após vitória por 2-1 ao Otelul Galati e o empate em Old Trafford por 3-3. Esta formação o ano passado venceu o campeonato do seu país e este ano ocupa a 4ª posição, estando a quatro pontos do primeiro classificado. A estrela da companhia é Alexander Frei, ponta-de-lança helvético de 32 anos, já com alguns créditos no futebol europeu, que é o melhor marcador da equipa, tanto na Liga Suiça como na Liga dos Campeões.
Ao que parece, também mudaram de treinador nos últimos dias, o que pode ser um indicador positivo e quererem mostrar trabalho neste jogo ao novo técnico, ou então vão acusar negativamente a mudança.


Benfica



A grande surpresa neste Benfica vai para a titularidade de Rodrigo, em detrimento de Cardozo ou mesmo Saviola. Este pode ser um indicador de que os encarnados vão explorar o contra-ataque e por isso incluíram no onze um jogador mais móvel em detrimento de um mais posicional. Ainda assim, foi surpreendente essa escolha ter recaído no espanhol e não em Saviola por exemplo, que tem mais rotinas como titular.
A eterna dúvida Bruno César/Nolito desta vez recaiu sobre o brasileiro, no entanto, já se sabe, geralmente é quem começa o jogo do banco que acaba por entrar e a melhorar o desempenho da equipa em campo.


O jogo começou bastante equilibrado e com duas equipas muito ambiciosas, com o Benfica a povoar o meio-campo contrário e a chegar junto à baliza adversária sobretudo através de tabelinhas.
O Basileia também quis assumir o jogo e nos primeiros 20 minutos conseguiu criar alguns desequilíbrios e rematar à baliza, no entanto, sem grandes consequências.
Quando os encarnados deram pelo volume de jogo dos helvéticos tentaram pausar mais o jogo, fazendo a bola circular com segurança e lá na frente tentar criar perigo através de tabelinhas e passes rápidos, e foi assim que conseguiram chegar ao golo, aos 20’, após um passe de Gaitán em que Rodrigo leu bem o jogo e saltou sobre a bola permitindo que esta sobrasse para Bruno César que sem grandes dificuldades fez o 1-0.

Com um resultado que lhe convinha, o Benfica foi controlando o jogo com trocas de bola seguras e na qual a mobilidade de Rodrigo foi bastante útil, recuperando a bola em zonas mais atrás do que as que normalmente um ponta-de-lança povoa, participando na troca de passes da equipa e sobretudo arrastando consigo os defesas de forma a deixar um outro jogador livre para receber o esférico.

O Basileia não estava a conseguir ter bola para dar a volta ao assunto, esteve sempre a correr atrás dela e a desgastar-se até que nos últimos minutos da primeira parte conseguiu novamente criar desequilíbrios e fez dois remates muito perigosos, mas que acabaram com duas grandes defesas de Artur como resposta.

Bom jogo de futebol nesta primeira parte, especialmente nos primeiros 20 minutos e nos 10 últimos, em que as duas equipas criaram oportunidades de golo. As equipas tacticamente estavam a fazer um bom jogo, mas devido à qualidade técnica dos jogadores, especialmente os do Benfica, conseguiram criar alguns desequilíbrios que resultaram em bons momentos.


Na segunda parte, o Basileia foi sempre inconsequente, fruto também do controlo de jogo que o Benfica impôs. O ritmo do jogo baixou mas era isso que convinha aos encarnados, que apesar de não terem sido intensos ofensivamente, foram brilhantes em termos tácticos, reduzindo os espaços, mantendo a posse de bola com segurança e basicamente, tornando os suíços totalmente impotentes.

Até aos 75’, Cardozo de livre directo fez o 2-0, mas até aí, mesmo com a vantagem mínima, o Benfica dominava de tal modo as operações que nem os próprios helvéticos mostraram que acreditavam na reviravolta, dada a inconsequência das suas acções ofensivamente, ainda que tenham feito alguns remates com relativo perigo.

Depois, o resto foi para cumprir o tempo de jogo regulamento, com as equipas perfeitamente com a noção de que o jogo iria acabar assim, com a equipa lisboeta a mostrar total segurança e os suíços a estarem conformados com o resultado.

Com esta vitória, o Benfica soma 7 pontos e tornou-se no líder isolado do seu grupo, estando apenas a uma vitória de distância de assegurar a presença nos Oitavos-de-final.
No outro jogo deste conjunto de equipas, o Manchester United foi à Roménia vencer por 2-0.


Analisando as equipas, posso começar já pela de arbitragem, e como eu só falo desta quando quero tecer algumas criticas, devo dizer que não gostei da excessiva rigorosidade de Viktor Kassai, já que o árbitro húngaro apitava em demasia, lances que em Inglaterra são geralmente considerados como “limpos”.


O Basileia mostrou que tem uma equipa razoável, foi impotente é verdade, mas tem algumas unidades de muito valor e ainda bastante jovens que eu desconhecia, como os extremos Fabian Frei e Shaqiri. O guarda-redes também pareceu ser de bom nível, e embora não tivessem feito o que lhes realmente competia, Alexander Frei e Streller mostraram que têm categoria.

Quanto ao Benfica, devo dizer que a equipa foi fantástica! Não foi aquele jogo de grandes rasgos individuais, no entanto, cumpriram todos com o máximo rigor o que lhes foi pedido tacticamente nos mais diversos momentos do jogo.
Artur esteve espectacular, os centrais foram óptimos, Maxi esteve a bom nível também e Emerson só falhou mesmo numa jogada no final da primeira parte que originou um contra-ataque do Basileia que se poderia ter revelado fatal.
Javi Garcia esteve ao seu nível, Witsel ocupou bem os espaços e ajudou nas trocas de bola que foram pautando o ritmo do jogo, Gaitán foi talvez quem sobressaiu mais individualmente porque foi quem mais vezes trouxe o jogo para próximo da baliza adversária, Bruno César marcou e parece ter ganho créditos para no futuro ser titular mais vezes, e Rodrigo mostrou uma utilidade extrema como avançado mais móvel, por motivos que já adiantei mais acima.
Nolito refrescou a equipa que já sabe que não pode contar para Aimar durante os 90 minutos e Cardozo entrou para marcar, basicamente não fez mais que isso.
Ainda assim, apesar da tranquila vitória, surgiram alguns problemas. Maxi Pereira e Gaitán saíram tocados, Emerson viu o cartão vermelho (e na Liga dos Campeões já se sabe que não há Capdevila) e Jorge Jesus foi expulso do banco, falhando com certeza a recepção ao Basileia e talvez o jogo em Old Trafford.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

sábado, 15 de outubro de 2011

Taça de Portugal | Famalicão 0-2 Sporting



O Sporting foi esta noite ao Minho vencer o Famalicão por 2-0, num jogo a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal.


Eis a constituição das equipas:

Famalicão



Deste Famalicão, tal como o Pêro Pinheiro e o Portimonense, nos jogos de FC Porto e Benfica, em termos de equipa este ano só conheço mesmo a estatística. É um clube que subiu este ano à II Divisão e que ocupa uma posição a meio da tabela da Zona Norte. Na Taça de Portugal, esta temporada já eliminou duas equipas madeirenses, o Cruzado Canicense (III) por 3-0 em Famalicão, e na última ronda foi ao Funchal conseguir o apuramento frente à União da Madeira, levando o clube da Orangina às grandes penalidades, vencendo-o por 7-6.


Sporting



O Sporting mexeu muito na equipa face àquele que costuma ser o seu onze inicial. Marcelo Boeck ocupa o lugar que costuma ser de Rui Patrício, Daniel Carriço entra para o eixo da defesa, Evaldo joga no lado esquerdo da defesa e Insúa joga a extremo no mesmo flanco, André Santos substitui o castigado Rinaudo e Matías entra para o lugar de Elias no meio-campo. João Pereira, Onyewu, Schaars e Wolfswinkel são os habituais titulares que mantém o lugar no onze e na sua posição natural.
Esperava-se uma dinâmica diferente na equipa, porque o flanco direito parece bem mais funcional que o esquerdo, ao invés do equilíbrio de volume ofensivo pelos dois lados que temos assistido nos últimos jogos do leão.


Como se esperava a dinâmica dos leões não foi a mesma, houve menos soluções ofensivas do que costume e os jogadores em campo não estavam entrosados o suficiente para se complementarem uns aos outros e serem capazes de conseguir criar uma vantagem.
Capel não teve muita bola, Wolfswinkel teve pouco apoio, os flancos não estavam tão activos como João Pereira/Carrillo e Insúa/Capel nos têm habituado.
No entanto, é preciso dar mérito ao Famalicão que se fechou bem, embora ofensivamente fosse inconsequente.

Ainda assim, o Sporting criou algumas ocasiões de golo eminente. Aos 6’ por exemplo, Insúa cruza para a cabeça de Schaars, permitindo a Rui Forte uma excelente defesa, tanto ao cabeceamento como à recarga de Wolfswinkel.
Aos 17’, um remate violentíssimo de André Santos acertou na trave e já perto da meia hora, João Pereira surge isolado na direita, consegue desviar a bola subtilmente do guarda-redes, no entanto, sobre a linha de golo um defesa do Famalicão consegue evitar o 0-1.

De resto, até ao intervalo, pouco mais, era preciso que o Sporting procure desgastar os jogadores famalicenses fisicamente e continuar a procurar o golo, porque os níveis de concentração dos minhotos, também devido ao cansaço, não estarão sempre tão altos.


Na segunda parte, creio que por motivos físicos, Onyewu e Carriço foram substituídos ao intervalo, e para os seus lugares entraram Pereirinha e Rodríguez. Com as alterações, Rodríguez e Evaldo passaram a formar a dupla de centrais, Insúa recuou para lateral, Capel foi para o flanco esquerdo e Pereirinha para o direito.

Ainda assim, após o interregno foi o Famalicão a estar primeiro junto da baliza adversária, fazendo dois remates que com maior ou menor dificuldade Marcelo Boeck lá defendeu.

O Sporting retomou o controlo do jogo, especialmente por Capel no lado esquerdo, sendo que nesta fase não havia variação de flancos, era a aposta máxima na capacidade de gerar desequilíbrios do espanhol, e foi nesta fase que os leões chegaram aos golos, primeiro na conversão de uma grande penalidade por Wolfswinkel, aos 60’, após Matías ter sido derrubado na área.

Se o mais difícil já estava feito, logo após o golo a tarefa da equipa de Lisboa ainda ficou mais facilitada quando Jorginho foi expulso e o Famalicão passou a jogar com dez.

Poucos minutos depois, numa rara jogada do Sporting pela direita, Pereirinha num excelente cruzamento coloca a bola milimetricamente na cabeça de Wolfswinkel que fez assim o 2-0.

A partir daí, os jogadores de ambas as equipas sentiram que o jogo já estava decidido e conformaram-se com o resultado, ainda que os homens de Famalicão tenham tentado a todo o custo marcar um golo aos leões, mas sem resultados práticos.

Antes do final do jogo, o árbitro Artur Soares Dias anulou e bem um golo ao Sporting por falta de Matías sobre o guarda-redes Rui Forte, e mais um jogador dos minhotos foi expulso, desta feita Talocha. De resto, o resultado não sofreu alterações.


Analisando as equipas, começo por me referir à de arbitragem. Quem acompanha as minhas análises sabe que não gosto muito criticar os árbitros, até porque aceito os seus erros, aqueles que acontecem por ilusão de óptica e pelos lances serem rápidos demais, mas quando um árbitro tem um critério que não beneficia o jogo, aí tenho de escrever algo. Foram muitas as vezes que Artur Soares Dias apitou quando podia dar a lei da vantagem e os cartões amarelos dados desnecessariamente, e isso condiciona qualquer jogo, é isso que não gosto, é isso que critico e é isso que é preciso corrigir na arbitragem em Portugal.

Quanto às equipas, este Famalicão mostrou alguns argumentos, tanto defensivos como ofensivos. Ontem vi o jogo do Portimonense frente ao Benfica e arrisco-me a dizer que se não soubesse em que escalões jogavam ambos os clubes, provavelmente até diria que jogavam no mesmo o que os famalicenses jogavam num superior.
Defensivamente não estiveram piores que os de Portimão, mantiveram sempre a concentração e nesse aspecto fizeram um jogo que roçou a perfeição até ao 0-1.
No ataque, no inicio da primeira parte sobretudo, quando o jogo ainda estava 0-0, criaram algum perigo para a baliza leonina e estiveram perto de marcar, e mesmo quando o jogo já estava 0-2, tentaram e estiveram perto de fazer o tento de erro.
Individualmente, é sempre injusto mencionar alguém porque há sempre muitos jogadores que correram quilómetros e quilómetros atrás da bola, reduziram espaços, mas que não deram nas vistas como o guarda-redes Rui Forte que fez excelentes defesas, e Gomis e André Claro, dois jogadores de ataque que participaram nas principais oportunidades de golo. Também Flávio Igor mostrou bons pormenores.

Quanto ao Sporting, esta equipa apresentou alguma falta de soluções ofensivas, com o flanco direito a ser pouco explorado, com uma exagerada e previsível utilização do lado direito. Isso mudou um pouco com Pereirinha, mas ainda assim, o português não oferece a dinâmica que um Jeffren ou um Carrillo podem oferecer. O entrosamento entre os jogadores que jogaram hoje também não foi o melhor.
Marcelo Boeck esteve sempre seguro e correspondeu muito bem quando foi chamado, mostrou ser uma alternativa muito boa a Rui Patrício, o português que se cuide!
Na defesa, sobretudo na primeira parte, não há nada a apontar, apenas preocupação pelas saídas prematuras dos centrais que iniciaram o jogo, Evaldo não esteve mal tanto como lateral ou central, Rodríguez mostrou algum cansaço (segundo Domingos, quase fez uma directa para poder estar neste jogo) e João Pereira esteve ao seu nível, ainda que não tenha tido Carrillo do seu lado para ter o brilhantismo das últimas partidas. André Santos cumpriu, Matías esteve muito bem, Schaars foi mais discreto que nos últimos jogos mas não há nada a apontar-lhe.
Capel foi o melhor em campo, o mais mexido, o que criou desequilíbrios, Insúa esteve bem embora pense que como lateral rende mais, até porque penso que o seu forte é a criar situações vindo de atrás, Pereirinha esteve bem, fazendo uma assistência, e claro, Wolfswinkel fez o que é pedido a um ponta-de-lança, que marca golos, que resolva jogos, e o holandês marcou dois no Minho esta noite.

Com esta vitória, o Sporting apura-se para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal.

Taça de Portugal | Pêro Pinheiro 0-8 FC Porto



Esta tarde, o FC Porto foi à localidade de Pêro Pinheiro, em Sintra, bater a formação local por 8-0, em jogo a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal.


Eis a constituição das equipas:

Pêro Pinheiro



Sobre este clube mal tinha ouvido falar, e desta equipa então só conheço a estatística, e o seu guarda-redes, Marco Pinto, um jovem formado nas escolas de Sporting e Belenenses. De resto, esta equipa de Sintra o ano passado foi 1ª classificada na 1ª Divisão da AF Lisboa, conseguindo a promoção aos escalões nacionais, onde este ano ainda não perdeu na Serie E da III Divisão, fruto de duas vitórias e três empates, ocupando a 4ª posição e tendo um dos melhores ataques (12 golos marcados). Na Taça de Portugal, foi a Leça da Palmeira vencer a formação local por 2-0.


FC Porto



Tal como o Benfica, ontem, o FC Porto também apostou na rotatividade frente a um adversário teoricamente muito inferior.
Os únicos jogadores que ainda jogam a titular algumas vezes são Sapunaru, Maicon, Souza, Belluschi e Defour. De resto, Bracali será o guarda-redes, Mangala vai jogar no eixo da defesa, Alex Sandro vai debutar nos dragões no lado esquerdo do sector defensivo, e no ataque o estreante Iturbe (a quem chamam de próximo Messi) e Djalma ocupam as alas, e Walter é o ponta-de-lança.


O Pêro Pinheiro começou o jogo muito motivado, mostrando algum atrevimento, ainda que sem efeitos práticos. Com o tempo foi recuando no terreno, sempre sem se expor muito e sem cometer muitos erros, reconhecendo as suas limitações e a superioridade do adversário, tanto que qualquer bola que aparecesse na sua zona defensiva era fortemente pontapeada para o meio-campo, não arriscando minimamente.

Já o FC Porto, não começou muito forte, esteve a primeira meia hora praticamente em velocidade de cruzeiro, criando apenas uma ocasião de golo quando aos 14’ Alex Sandro surge isolado na cara de Marco Pinto que consegue tapar a baliza e evitar o desbloqueamento do resultado.

No entanto, aos 29’, o Pêro Pinheiro, por intermédio de Rui Janota, perde a bola no meio-campo num momento em que a sua equipa estava em processo de transição ofensiva, e Defour recupera o esférico, e faz uma triangulação com Walter, que culmina em golo pelo belga, isoladíssimo.

O Pêro Pinheiro não mudou muito na estratégia, o empate estava só a um golo de distância, no entanto, o FC Porto percebeu que o mais difícil estava feito e acelerou. Dois minutos depois Belluschi tem uma jogada individual fantástica pela direita, e picou a bola na direcção da cabeça de Walter que fez o 2-0.

Ainda a Sport TV estava a acabar de mostrar a repetição do excelente lance de Belluschi, no campo, Iturbe que jogou na ala direita trouxe a bola para o meio, colocou a bola no desmarcado Djalma que com todo o espaço não foi egoísta e centrou rasteiro para Walter bisar.

Depois de três golos de rajada, o FC Porto descansou cinco minutos e voltou a marcar aos 40’, após mais uma jogada em que Iturbe trouxe a bola para o meio, na tentativa de a colocar em Belluschi, um defesa do Pêro Pinheiro corta-a mas esta sobra para Djalma que aparece isolado pela esquerda e com toda a calma fez o 4-0.

Nos minutos que se seguiram, com a formação de Sintra já conformada com a goleada, Walter tem três oportunidades para fazer o “hat-trick”, falhando as duas primeiras quase escandalosamente mas como à terceira é de vez, lá fez o 5-0 já no período de compensação da primeira parte, picando a bola sobre o guarda-redes Marco Pinto.

O FC Porto chegou ao intervalo com a passagem à próxima eliminatória já garantida, restava saber se na segunda parte iriam abrandar e gerir algum esforço ou se os jogadores iriam querer aproveitar as facilidades para brilhar e construir um resultado histórico.


Os azuis-e-brancos não entraram com muita intensidade na segunda parte, no entanto, voltou a marcar, aos 56’, após uma jogada em Walter aparece isolado, o seu remate foi defendido por Marco Pinto, no entanto, no ressalto a bola sobrou para Djalma que não vacilou: 6-0.

Cinco minutos depois, novo golo do Porto, desta vez por Varela, que entrou ao intervalo para o lugar de Iturbe (caiu muito mal no relvado com o braço esquerdo na primeira parte), ao aparecer isoladíssimo após um passe a rasgar (creio eu) de Defour, tirou o guarda-redes do Pêro Pinheiro do caminho e com a baliza escancarada fez o sétimo.

Até ao fim do jogo, houve várias oportunidades para os dragões aumentarem a vantagem, sobretudo através de Defour que enviou uma bola à trave. Até a própria equipa de Sintra já sem nada a perder, conseguiu atacar mais e estar próxima da baliza portista, conseguindo mesmo dois ou três cantos consecutivos em determinada fase do jogo.

No entanto, foi já no tempo de compensação que surgiu o último tento no jogo, após uma boa jogada individual de Cristian Rodriguez no lado direito, este assiste Walter que fez o 8-0.


Analisando as equipas, creio que o Pêro Pinheiro fez os possíveis, sobretudo enquanto o jogo esteve 0-0. Foi sempre uma formação que tentou jogar pela certa, tentando não cometer erros, no entanto, quando o fez pela primeira vez sofreu o 0-1 e a partir daí o Porto construiu a goleada, fruto da superioridade que tem.
Destaco duas unidades nesta equipa: Marco Pinto, que não teve culpa nos golos sofridos, fez algumas excelentes defesas e mostra que tem escola de guarda-redes, é jovem e ainda pode aparecer nos escalões profissionais. O outro é Rui Janota, que apesar de muito frágil fisicamente tem boa qualidade técnica e é outro que pode ambicionar outros voos. De resto, uma equipa tacticamente certinha sem jogadores que tecnicamente dêem muito nas vistas.

Quanto a este FC Porto de segunda linha, deu 30 minutos de avanço mas ainda assim quando acelerou, construiu rapidamente uma goleada, que só não chegou aos dois dígitos porque também é preciso gerir esforços e porque não valia a pena.
Bracali foi um espectador assíduo, tal como Kadu, jovem guarda-redes angolano de 16 anos que entrou na fase final do jogo para concretizar o seu sonho.
O melhor do sector defensivo foi Mangala que mostrou sempre muito empenho e concentração, de resto, Sapunaru e Maicon tiveram discretos e tranquilos, Alex Sandro esteve bem a atacar, no entanto, a defender cometeu muitas faltas, fruto da inadaptação ao futebol português.
Souza cumpriu, Defour e Belluschi envolveram-se bem nas jogadas ofensivas dos portistas e participaram em alguns dos golos, Iturbe mostrou qualidade mas falta-lhe ritmo, Djalma mostrou ser uma alternativa muito boa ao painel actual de extremos do plantel, e Walter, em grande nível, fez um “poker”. Já Rodríguez e Varela, não precisaram de fazer muito, mas ainda participaram nos últimos dois golos da equipa.


Com esta goleada, o FC Porto segue para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal.
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