quarta-feira, 27 de março de 2024

Hoje faz anos o ex-gangster que se catapultou para o estrelato em Campo Maior e no Bessa. Quem se lembra de Jimmy Floyd Hasselbaink?

Jimmy brilhou no Campomaiorense e no Boavista
Jimmy Floyd Hasselbaink foi um dos grandes avançados do seu tempo. Foi melhor marcador da Premier League em duas ocasiões (em 1998-99 pelo Leeds United e em 2000-01 pelo Chelsea), marcou presença no Mundial 1998, fartou-se de marcar golos no Atlético Madrid e ajudou o modesto Middlesbrough a chegar à final da Taça UEFA em 2005-06. Mas a fama e o prestígio internacional que ganhou teriam sido muito difíceis de obter caso o Campomaiorense não o tivesse trazido para o futebol português.

Nascido no Suriname a 27 de março de 1972, foi viver para os Países Baixos com a mãe e três irmãos e começou por ser guarda-redes nas camadas jovens do modesto Gestaagt Volharding Overwint (GVO).

Hoje faz anos Rui Jorge, que se fez homem no FC Porto e afirmou no Sporting. Quem se lembra dele?

Rui Jorge somou 45 internacionalizações pela seleção nacional
Um dos melhores laterais esquerdos de sempre do futebol português, um jogador regular, raçudo, equilibrado, defensivamente competente e com personalidade forte, mas simultaneamente dotado de vocação ofensiva e de qualidade de execução, que se fez homem e internacional A no FC Porto, mas que se afirmou e viveu os momentos mais altos da carreira no Sporting.
 
Natural de Vila Nova de Gaia, fez toda a formação nos dragões, mas foi emprestado ao Rio Ave então orientado por Augusto Inácio, que já o havia treinado nos juniores portistas, na sua primeira época de sénior, em 1991-92. “Vi o Rui Jorge pela primeira vez nos juvenis do FC Porto. Deparei-me com um menino que atuava a extremo-esquerdo. Mais tarde, quando fui treinar os juniores portistas, entregaram-me uma lista da qual ele não constava. Estava dispensado. Lembrei-me dos jogos dos juvenis e disse que queria vê-lo antes da decisão. No primeiro ano de juniores o titular era o Álvaro Gregório. No ano seguinte, por ocasião de ida à Venezuela, agarrou o posto, jamais o largando. No Rio Ave, já como sénior, fez bela época, dando a imagem de que podia tornar-se grande jogador”, recordou Inácio ao jornal Record em março de 2004.

terça-feira, 26 de março de 2024

Do quadrado a três ao Real Madrid que jogou “poucachinho”. As melhores pérolas de Jorge Jesus

Jorge Jesus iniciou a carreira de treinador em 1989-90
Jorge Jesus é um dos melhores treinadores portugueses. Não da atualidade, mas de sempre. Ganhou três campeonatos em Portugal e um no Brasil, levou o Benfica a duas finais da Liga Europa e conquistou uma Taça Libertadores ao leme do Flamengo. Inversamente proporcional ao seu talento para o treino é a capacidade que tem em exprimir-se corretamente no idioma de Camões.
 
Mais engraçadas do que as calinadas rotineiras são aquelas que confundem conceitos. Quando orientava a União de Leiria, em 2005, e Ricardo Quaresma brilhava no FC Porto, o técnico referiu-se ao extremo como um “jogador virtual”, certamente quando quereria dizer “virtuoso”. Já no Benfica, mostrou camisolas para os jogadores “agrafarem”, em vez de “autografarem”.

O gigante jugoslavo que acumulou frangos na baliza do FC Porto. Quem se lembra de Kralj?

Kralj sofreu 15 golos em 12 jogos pelo FC Porto em 1998-99
Sempre ouvi dizer que Ivica Kralj foi uma desilusão na baliza do FC Porto. Para mim esse era ponto assente. Mas depois de ver vídeos dos golos de sofreu de dragão ao peito tenho de confessar que não esperava que fosse assim tão mau. Que frangueiro! Entre saídas em falso, bolas a passar-lhe por entre os dedos, falta de reação a remates aparentemente não indefensáveis, golos sofridos por mera má colocação entre os postes e um autogolo em Alverca, tenho a dizer que nunca vi algo parecido no futebol profissional. Sim, fez pior figura do que Roberto em Portugal.
 
Tudo começou com a saída de Vítor Baía para o Barcelona em 1996, que lançou uma maldição sobre a baliza portista que só haveria de ser resolvida com o regresso do n.º 99 às Antas – e mesmo o próprio Baía sofreu uma lesão grave que o afastou dos relvados entre agosto de 2000 e novembro de 2001. Enquanto o internacional português representou os catalães, o então treinador dos azuis e brancos, António Oliveira, experimentou Andrzej Wozniak, Lars Eriksson, Silvino, Hilário, Rui Correia e Costinha, mas nenhum convenceu.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Quando o Benfica jogou “com a tática do pirilau” mas “de uma forma bem ereta”

O onze com que o Benfica defrontou o Ruch Chorzow
Bem vistas as coisas, aquele Benfica da segunda metade da década de 1990 era de uma tremenda falta de... tesão: instabilidade diretiva, treinador atrás de treinadores, muitos jogadores de qualidade duvidosa e zero troféus desde a Taça de Portugal de 1995-96.
 
O brasileiro Paulo Autuori, que tinha feito bons trabalhos em Portugal ao comando de Nacional, Vitória de Guimarães e Marítimo e conquistado o campeonato brasileiro ao leme do Botafogo em 1995, foi um dos muitos técnicos que passaram pela Luz nesse período, tendo durado menos de meio ano no cargo.
 
Contratado no verão de 1996, até nem teve um mau arranque no campeonato, com seis vitórias e um empate nas primeiras sete jornadas, mas pelo meio esteve ligado a uma das maiores humilhações da história do Benfica, a goleada por 0-5 sofrida ante o FC Porto, em casa, na segunda-mão da Supertaça Cândido de Oliveira.

O herói esloveno que foi uma das primeiras apostas de Mourinho no FC Porto. Quem se lembra de Pavlin?

Miran Pavlin jogou pelo FC Porto entre 2000 e 2002
Miran Pavlin esteve dois anos no FC Porto e não foi além de 22 jogos. Foi um flop em toda a linha, não há dúvidas. Mas há muito por contar sobre o que levou os dragões a avançar para a sua contratação e sobre os momentos em que chegou a aparentar desviar-se do destino a que sempre pareceu estar traçado.
 
Nascido na cidade eslovena de Kranj em 8 de outubro de 1971, duas décadas antes de a Eslovénia se tornar independente da Jugoslávia, passou pelo modesto Triglav e pelo Olimpija do campeonato do seu país antes de emigrar para a Alemanha no verão de 1996, numa altura em que já era internacional A pela Eslovénia. Começou por representar o Dínamo Dresden na Regionalliga (terceiro escalão) e depois o Friburgo na II Liga e na Bundesliga. Mas foi perdendo espaço na equipa da segunda metade da tabela do campeonato alemão e em 1999-00 foi cedido ao Karlsruher, não conseguindo impedir a despromoção à Regionalliga. Um mês após essa descida à terceira divisão germânica, assinou pelo FC Porto.

O esloveno que se mostrou em Guimarães e ficou a amar FC Porto e Benfica. Quem se lembra de Zahovic?

Zahovic representou Benfica, FC Porto e Vitória SC em Portugal
Um dos melhores futebolistas do campeonato português na década de 1990 e no início do século XXI e, para muitos, o melhor jogador esloveno de sempre – é, ainda hoje, o melhor marcador da seleção da Eslovénia, com 35 golos, algo revelador tendo em conta que era um médio ofensivo. Mas um médio ofensivo com golo, último passe, visão de jogo, dinâmica e… um feitio nada fácil.
 
Nascido em Maribor a 1 de fevereiro de 1971, 20 anos antes de a Eslovénia se tornar independente da Jugoslávia, jogava no modesto Kovinar Maribor quando um jogador do Partizan a cumprir serviço militar na cidade eslovena, Milko Djurovski, reparou no talento do então jovem de 18 anos Zlatko Zahovic e recomendou-o ao emblema de Belgrado.

domingo, 24 de março de 2024

“Esta época as outras equipas vão ter de lutar pelo 2.º lugar”. Recorde as melhores pérolas de Joaquim Meirim

Joaquim Meirim orientou 16 equipas entre 1968 e 1997
Arrojado, polémico e inovador. Joaquim Meirim foi uma espécie de primeira versão, a preto e branco, de José Mourinho. E digo preto e branco porque não só surgiu quando ainda a televisão e as fotografias não eram a cores como não conseguiu colorir o currículo com títulos.

Nascido em Monção e filho de um professor primário que ficou proibido pelo regime de Salazar de exercer a profissão e que se radicou em Alcântara para trabalhar como sapateiro, praticou natação no Sport Algés e Dafundo e futebol no Atlético e correu mundo ao serviço da marinha mercante, tendo vivido em Buenos Aires e Havana, o que certamente o influenciou a filiar-se no Partido Comunista Português.
 
Em 1962 tirou o curso de treinador de futebol na Cruz Quebrada, com Fernando Vaz e José Maria Pedroto como preletores, e surgiu pela primeira vez no comando técnico de uma equipa em 1967-68, na CUF, quando tinha apenas 32 anos. Apanhou a equipa no fundo da tabela e guiou-a ao 9.º lugar.

sexta-feira, 22 de março de 2024

A minha primeira memória de… um jogo entre Vitória FC e Fabril

Sadinos foram derrotados no Lavradio em jogo particular
25 de agosto de 2010. Um final de tarde de verão quente, no qual o clube do qual era (e ainda sou!) associado e que acompanhava presencialmente há dez anos, o Fabril, se apresentava aos adeptos diante do primodivisionário Vitória de Setúbal, clube com que sempre simpatizei e do qual me haveria de tornar sócio em novembro de 2022.
 
Curiosamente, os sadinos eram orientados por uma antiga glória da CUF (anterior designação do Fabril), Manuel Fernandes, que nesse jogo de caráter particular optou por rodar a equipa. O Fabril, comandado por Lívio Semedo e que militava na III Divisão Nacional, aproveitou essa rotação para vencer por 2-1.
 
Se a memória não me atraiçoa, a glória benfiquista Toni esteve nas bancadas do Estádio Alfredo da Silva a assistir ao jogo, pois o filho – também conhecido por Toni – representava o Fabril. Por outro lado, jogou pelo Vitória o seu atual treinador, Zé Pedro.

O antigo goleador do Sporting a quem faltou disciplina. Quem se lembra de Leandro?

Leandro Machado somou 18 golos em 48 jogos pelo Sporting
Um daqueles casos de “falta de cabeça”, como em Portugal se designa um jogador talentoso, mas que revelou profissionalismo para ter uma carreira ao nível da qualidade que tem. Reconhecido como um avançado com faro para o golo, dinâmica e alguma classe, Leandro Machado apresentou uma boa média de golos e… problemas disciplinares em vários dos clubes que representou.
 
Formado no Avaí, começou a dar nas vistas no Brasil ao serviço do Internacional de Porto Alegre, clube pelo qual apontou 60 jogos em 125 jogos entre 1994 e 1996. Enquanto jogou no colorado representou as seleções jovens brasileiras que venceram o Torneio de Toulon em 1995 e o Torneio Pré-Olímpico em 1996 e foi chamado à seleção principal do escrete que participou na Gold Cup em 1996, tendo nesse torneio somado as duas internacionalizações que tem no currículo e apontado um golo ao Canadá.   

quinta-feira, 21 de março de 2024

O refugiado que brilhou no Benfica e jogou nas grandes ligas. Quem se lembra de Hélder?

Hélder somou 230 jogos e 16 golos pelo Benfica
Um dos bons valores do futebol português na década de 1990 e um exemplo de subida a pulso no desporto-rei, desde os juniores da União de Tires à seleção nacional e aos campeonatos de Espanha, Inglaterra e França.
 
Filho de pai funcionário ferroviário e com cargo importante na Unita e de mãe doméstica, Hélder Cristóvão nasceu em Angola, mais precisamente na capital Luanda, veio viver para Portugal aos quatro anos na condição de refugiado, inicialmente para uma estalagem na Ericeira, tendo depois passado pela Praia das Maçãs, em Sintra, antes de a família se radicar na Abóboda, no concelho de Cascais.

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Leça na II Liga

Dez futebolistas importantes na história do Leça
Fundado a 21 de março de 1912, o Leça Futebol Clube viveu o seu período áureo na segunda metade da década de 1990, quando se sagrou campeão da II Liga e somou três presenças consecutivas na I Liga, tendo apenas descida de divisão por via administrativa, devido ao Caso Guímaro.
 
Na altura, o árbitro José Guímaro foi condenado por corrupção passiva após ter sido encontrado em sua casa um cheque de 500 contos passado pelo presidente leceiro, Manuel Rodrigues. Em causa terá estado um jogo frente ao Académico de Viseu em 1993, para o apuramento do campeão nacional da II Divisão B, que terá sido falseado através da intervenção do juiz da partida. No entanto, a história centenária do Leça está longe de se esgotar nesse acontecimento menos feliz.
 
Em 1941-42 o emblema do concelho de Matosinhos participou pela primeira vez na I Divisão após ter terminado o Campeonato do Porto na segunda posição, atrás do Académico do Porto e à frente do FC Porto. Porém, os verde e brancos não foram além do 12.º e último lugar.
 
Nas cinco décadas que se seguiram o Leça competiu quase sempre nos campeonatos nacionais, mas afastado das luzes da ribalta. Porém, viria a voltar ao convívio dos grandes entre 1995 e 1998, no culminar de uma ascensão meteórica iniciada em 1991-92 com a subida da III à II Divisão B. Em 1997-98 alcançou a melhor classificação da sua história, o 12.º lugar, mas acabou por descer de divisão na secretaria.
 
A partir dessa despromoção, os leceiros entraram numa espiral negativa que os haveria de levar em 2013 e depois em 2023 até aos distritais da AF Porto, onde presentemente competem.
 
Paralelamente, o melhor que o clube conseguiu na Taça de Portugal foi atingir os quartos de final em 1994-95, época em que se sagrou campeão da II Liga, prova em que somam sete presenças (1993 a 1995 e 1998 a 2003).
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Leça na II Liga.

quarta-feira, 20 de março de 2024

O rebelde croata que não vingou no FC Porto, mas marcou em dois clássicos. Quem se lembra de Maric?

Silvio Maric somou 19 jogos e três golos pelo FC Porto
Silvio Maric teve um ano atípico no FC Porto. Contratado numa altura em que os dragões tinham acabado de ficar sem Mário Jardel, transferido para o Galatasaray, sofreu uma rotura de ligamentos no joelho direito logo aos 23 minutos do primeiro jogo oficial da temporada, diante do Anderlecht em Bruxelas na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, e ficou afastado dos relvados durante cinco meses, contrariando as expetativas mais pessimistas que apontavam para meio ano.
 
Regressou em janeiro, a tempo de disputar mais 18 partidas (nove a titular), mas só apontou três golos, um registo fraco para um atacante de uma equipa grande. Contudo, dois desses golos foram em clássicos, ambos nos derradeiros minutos – um ao Benfica na Luz numa eliminatória da Taça de Portugal que atirou a decisão para as Antas, precisamente no jogo em que voltou à competição; o outro numa receção ao Sporting, para o campeonato, evitando a derrota e consequente ultrapassagem dos leões na tabela classificativa. Ou seja, foi uma espécie de flop que… deu duas grandes alegrias. E o terceiro golo que marcou foi numa vitória sobre o Gil Vicente nas Antas.

O primeiro bielorrusso do futebol português. Quem se lembra de Kutuzov?

Kutuzov foi cedido pelo AC Milan ao Sporting em 2002-03
Em 2001-02 o Sporting foi campeão sobretudo devido ao grande entendimento entre Mário Jardel e João Vieira Pinto. Nos meses que se seguiram, o português foi castigado durante vários meses após ter dado um soco no árbitro do Portugal-Coreia do Sul do Mundial 2002, enquanto o brasileiro desertou. Na tentativa de remediar a situação, os leões receberam, por empréstimo do AC Milan, Vitali Kutuzov, que assim se tornou no primeiro bielorrusso a atuar nas ligas profissionais portuguesas.
 
O atacante havia dado nas vistas pelo BATE Borisov num jogo frente aos milaneses na Taça UEFA em setembro de 2001, tendo os rossoneri avançado de imediato para a sua contratação, juntando Kutuzov aos ex-compatriotas soviéticos Andriy Shevchenko e Kakha Kaladze. Mas, aos contrários destes dois, o bielorrusso não se afirmou em San Siro, não indo além de 37 minutos na época de estreia em Itália.

Moreira destronou Enke no Benfica mas ficou aquém do esperado. Quem se lembra dele?

Moreira esteve no Benfica entre 1999 e 2011
Moreira está seguramente entre os dez melhores guarda-redes portugueses no século XXI. Mas quem o viu destronar Robert Enke para se tornar no titular da baliza do Benfica aos 19 anos, manter essa titularidade ao longo de mais de dois anos e meio, estar associado ao crescimento dos encarnados sob o comando de Jose Antonio Camacho e ser convocado (com toda a legitimidade) para o Euro 2004 certamente imaginava que as águias e a seleção nacional teriam ali o dono da baliza para muitos e bons anos. O que não aconteceu.
 
Natural da freguesia portuense de Massarelos, filho de um talhante e de uma doméstica, cresceu em Baguim do Monte, concelho de Gondomar, foi às captações do Salgueiros quando tinha dez anos e ficou.

terça-feira, 19 de março de 2024

“Se tivesse comprado um anão para o Benfica já teria crescido”. Recorde as melhores pérolas de Toni

Toni comandou o Benfica pela última vez em 2001-02 
Toni é daquelas personalidades futebolísticas que geram simpatia até entre os adeptos rivais do clube ao qual está mais associado, neste caso o Benfica. É bonacheirão, simpático, genuíno e até mesmo divertido. Afinal, só uma pessoa com um coração muito grande é que, mesmo com o estatuto de campeão nacional como treinador, passa para adjunto de Eriksson. Mas quando se irrita… fujam!
 
Vou contar a minha experiência pessoal. Estava a estagiar na secção de futebol internacional do jornal A Bola em meados de 2014 quando o meu editor nesse dia me pediu para telefonar a Toni, para perceber se ainda estava nos iranianos do Tractor e colocar-lhe umas questões sobre um qualquer assunto que não me vem à memória. Assim o fiz. Do outro lado, apanhei um Toni que não estava nos seus dias, irritado, que disse que já não estava no Irão há várias semanas e que durante o telefonema soltou uma série de impropérios. Os meus colegas ficaram surpreendidos, porque o Toni com que sempre lidaram era exatamente o tal tipo bonacheirão, simpático, genuíno e divertido, mas para mim passou a ser alguém a evitar a partir daquele dia.

O avançado polaco que teve mais lesões do que golos no FC Porto. Quem se lembra de Mielcarski?

Mielcarski representou o FC Porto entre 1995 e 1999
A segunda metade da década de 1990 coincidiu com o pentacampeonato do FC Porto, mas não foram disparados só tiros certeiros para os lados das Antas. Também houve flops, jogadores que não estavam talhados para aquele nível, de quem se esperava mais, e Grzegorz Mielcarski foi um desses casos. Em quatro temporadas de dragão ao peito não foi além de onze golos em 56 jogos. O máximo que disputou numa época foram 17 partidas, em 1998-99, e o melhor registo goleador foi de cinco remates certeiros, em 1997-98.
 
Ainda assim, recordam os portistas, não foi dos piores que passaram pela Invicta. Até porque este avançado polaco, diga-se a verdade, foi afetado por bastantes lesões. O próprio reconheceu, em declarações ao Maisfutebol em junho de 2012, que teve “mais lesões do que golos” no FC Porto.

segunda-feira, 18 de março de 2024

“Aquele gordinho? Desmoraliza o preparador físico e o nutricionista”. Quem se lembra de Walter?

Walter marcou 16 golos em 33 jogos pelo FC Porto
Internacional brasileiro pelas camadas jovens, Walter cedo mostrou que queria seguir as pisadas de Ronaldo "Fenómeno", pelos golos e pela barriga. A diferença é que o antigo goleador de Barcelona, Inter e Real Madrid, entre outros, deixou a barriga crescer na fase final da carreira, quando os golos que marcava começaram a diminuir, enquanto o antigo jogador do FC Porto quis conciliar golos e barriga desde tenra idade.
 
Após despontar no Internacional de Porto Alegre, foi contratado pelos azuis e brancos no verão de 2010. E a verdade é que, quando chamado, correspondia: 10 golos em 25 jogos em 2010-11, uma média de um golo a cada 94,5 minutos numa temporada marcada pelas conquistas de campeonato, Taça de Portugal, Liga Europa e Supertaça. Nada mau! Na altura estava tapado por Radamel Falcao, mas tendo em conta a veia goleadora que apresentava, a sucessão de colombiano parecia assegurada.

O flop americano do Sporting que venceu a Champions. Quem se lembra de Kirovski?

Kirovski pertenceu aos quadros do Sporting em 2000-01
Numa altura em que o Sporting se preparava para regressar à Liga dos Campeões e o avançado ganês Kwame Ayew tinha sido emprestado aos turcos do Yozgatspor, os leões foram ao mercado, no verão de 2000, contratar um ponta de lança cujo currículo indicava que tinha tudo para dar certo em Alvalade: possante (1,85 m), relativamente jovem (24 anos), internacional norte-americano com participações na Copa América 1995, Gold Cup 1996 e 2000, Jogos Olímpicos 1996 e Taça das Confederações 1999, formação concluída no Manchester United e estreia impossibilitada na equipa principal dos red devils apenas por falta de licença de trabalho e uma Champions e uma Taça Intercontinental vencidas pelo Borussia Dortmund em 1997.

domingo, 17 de março de 2024

A velha raposa que acabou com o jejum do Benfica. Quem se lembra de Trapattoni?

Trapattoni guiou o Benfica ao título nacional em 2004-05
Obviamente que é demasiado redutor resumir Giovanni Trapattoni ao treinador que acabou com o jejum de 11 anos do Benfica sem conquistar o campeonato nacional. Afinal, foi um futebolista de topo na década de 1960 e um dos técnicos mais titulados de sempre.
 
É também um dos poucos treinadores a ter vencido quatro ligas europeias (italiana, alemã, portuguesa e austríaca), o único a ter conquistado Taça dos Campeões Europeus, Taça UEFA, Taça das Taças, Supertaça Europeia e Taça Intercontinental e um dos poucos que ergueu Taça dos Campeões Europeus, Taça das Taças e Taça Intercontinental como jogador e treinador.
 
Um antigo defesa natural de uma localidade nos arredores de Milão, representou as camadas jovens e a equipa principal do AC Milan, clube pelo qual conquistou tudo o que havia para conquistar entre 1957 e 1971.

sexta-feira, 15 de março de 2024

O goleador brasileiro que teve dois meses a todo o gás no Benfica. Quem se lembra de Valdir Bigode?

Valdir Bigode representou o Benfica em 1996-97
Goleador brasileiro com créditos firmados, embora não fosse internacional pelo seu país, marcou muitos golos com as camisolas de Vasco da Gama e São Paulo antes de se aventurar pela primeira (e única) vez no futebol europeu em abril de 1997, quando o tricolor carioca o emprestou ao Benfica.
 
Com dez jornadas do campeonato ainda por disputar e com a equipa apurada para os quartos de final da Taça de Portugal, Valdir Bigode adaptou-se rapidamente aos companheiros e ao futebol português e desatou a marcar. Em pouco mais de dois meses sob a orientação de Manuel José, somou seis golos em 13 jogos, uma média bastante razoável, ajudando as águias a chegar à final da Taça. Faturou diante de Dragões Sandinenses e FC Porto na prova rainha e frente a Boavista, Sp. Espinho, Farense e novamente FC Porto na I Liga.
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