Ontem à tarde, no Estádio Alfredo da Silva, no Barreiro, o GD Fabril bateu o Cartaxo por 3-0, num jogo a contar para a 1ª jornada da III Divisão – Série E. Catarino, Rui Correia e Bolinhas apontaram os golos.
Eis a constituição das equipas:
GD Fabril
Na temporada transacta, o Fabril ficou em 1º na fase de manutenção da III Divisão - Série F.
A formação barreirense já teve um jogo oficial esta época, tendo eliminado o Mortágua (1-0) na Taça de Portugal.
Luís Costa (ex-Vit. Setúbal), Bolinhas (ex-Alcochetense), Fábio Marinheiro, Miguel Pimenta e Bonifácio (todos ex-Estrela de Vendas Novas), Rui Correia (ex-Sesimbra), Fabinho (ex-Desportivo Portugal), Mota (ex-Luso) e Francisco Cunha (sem clube) são os principais reforços.
O treinador é Conhé, antigo membro do “staff” técnico do Vitória de Setúbal.
SL Cartaxo
O SL Cartaxo conseguiu a permanência na III Divisão mesmo à tangente na Série E, com um ponto a mais que o Alcochetense, que foi despromovido.
Russo (ex-Santa Iria), Serginho (Linda-a-Velha), Rúben Vinagre (ex-Alverca), Tiago Montez (ex-Académica de Santarém), Cláudio Cruz (ex-Moçarriense), Sacramento (ex-Ouriquense) e André Ganhão (ex-Atlético Tojal) são as aquisições para 2012/13.
10’ Canto cobrado por Bolinhas na direita, desvio de Catarino ao segundo poste para o fundo das redes.
O Fabril entrou mais forte na partida e confirmou a superioridade com o golo.
13’ Num lance de contra-ataque, os intervenientes no 1-0 estiveram novamente em evidência, com o extremo a colocar o ponta-de-lança em boa posição, mas este atirou para fora.
20’ Na resposta a um canto de Danilo Serrano pela esquerda, Rui Correia saltou mais alto que toda a gente e de cabeça alargou a vantagem dos fabrilistas.
A defesa do SL Cartaxo revelou-se frágil ao sofrer dois tentos na sequência de pontapés de canto, não acompanhando o principal finalizador (Catarino) no primeiro e um dos mais altos jogadores do Fabril (Rui Correia) no segundo.
O conjunto barreirense dominava o encontro e depois de ter chegado ao 2-0, geria o resultado através da posse de bola, conseguindo efetuar vários passes seguidos, sem grande pressão dos ribatejanos.
32’ Cruzamento/remate de Danilo Serrano para fora.
Ao intervalo, Conhé trocou Danilo Serrano por Bruno Cruz.
No Cartaxo, Morgadinho e Ricardo cederam os seus lugares a Renato e Tiago Montez.
A equipa da AF Santarém subiu o seu bloco na segunda parte, adotando uma postura um pouco mais ofensiva.
54’ Russo fletiu da esquerda até à zona central, onde atirou por cima.
57’ Bolinhas cruzou para Ruben Guerreiro, que chutou à meia volta para defesa de Tiago Travessa.
58’ Mário Jorge rendeu Rúben Guerreiro.
66’ Troca de pontas-de-lança no Fabril, Catarino por Francisco Cunha.
71’ André Ganhão foi substituído por Tiago Barata.
77’ Num bom lance coletivo, Bolinhas combinou com Pimenta na esquerda e depois serviu Francisco Cunha, que tentou marcar com um gesto técnico difícil, mas acertou na malha lateral.
78’ Mais um canto de Bolinhas, cabeceamento de Rui Correia, mas desta feita, para defesa do guarda-redes da formação orientada por Paulo Mendonça.
90+3’ Mário Jorge encontrou Bolinhas na área, e este fez o 3-0.
Sem mais ocorrências dignas de registo até final, o Fabril confirmou uma vitória tranquila, perante um oponente que mostrou não estar à sua altura, num encontro praticamente dominado do início ao fim.
Os fabrilistas entraram fortes e mostraram ter os esquemas táticos bem afinados, já que marcaram dois golos através de pontapés de canto ainda nos primeiros 20 minutos. No entanto, demérito para a organização do Cartaxo, principalmente porque deixou uma das referências do adversário neste tipo de lances, Catarino, sozinho ao segundo poste no 1-0, mas também por não marcarem de uma forma apertada um dos mais altos atletas do conjunto barreirense, Rui Correia, um central que cabeceou à vontade no lance do 2-0.
A partir daí, o conjunto barreirense procurou controlar a partida através da posse de bola, arrefecendo o ritmo inicial, conseguindo mesmo sequências de passes muitos interessantes para uma equipa que milita na III Divisão, e tentando atrair o adversário a expor-se mais, no entanto, os ribatejanos pareciam não estar muito interessados em avançarem no terreno, até ao intervalo.
Para a segunda parte, a formação orientada por Paulo Mendonça efetuou uma dupla substituição, subiu ligeiramente o seu bloco, mas raramente se aproximou da baliza de Rúben Luís, e do outro lado, só praticamente na reta final, fruto da tranquilidade no resultado, da vontade de alguns jogadores quererem mostrar serviço (nomeadamente Pimenta que se soltou mais nesta fase, Mário Jorge e o reforço Francisco Cunha) e de Bolinhas marcar o seu “merecido” golo, o Fabril voltou à carga e conseguiu o 3-0 já nos descontos.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do GD Fabril…
Rúben Luís foi praticamente um espectador;
Carlos André deu a habitual profundidade ao flanco direito; Rui Correia, muito tranquilo mostrou-se forte no jogo aéreo, cabeceando para o 2-0 após uma grande impulsão, raramente perdeu um lance; Marinheiro, sereno, até nem teve muito trabalho; e Paulo Letras preveniu ataques pela sua faixa, e fruto de ser destro, acabou por não atacar com grande frequência;
Miguel Pimenta foi uma autêntica formiguinha, empenhadíssimo e em excelente forma, foi dos mais rotativos em campo e forte na recuperação da bola; e Nuno Jorge, mesmo sem o ritmo do seu parceiro de meio-campo defensivo, foi importante no equilíbrio coletivo;
Danilo Serrano, energético, revelou-se agressivo a recuperar o esférico, pegou-o várias vezes ainda em zonas recuadas, e cobrou o canto do segundo golo; Rúben Guerreiro começou o jogo como segundo avançado, sendo o principal apoio ao ponta-de-lança, mas na segunda parte passou para a ala direita, onde está mais rotinado na equipa, no entanto, sem dar grande verticalidade, teve algumas dificuldades para se entender com os colegas em alguns lances; e Bolinhas, rápido, tecnicamente evoluído para uma III Divisão e com movimentos verticais interessantes, fez a assistência para o 1-0 e marcou o 3-0;
Catarino abriu o marcador, e até voltou a marcar, mas o golo foi-lhe invalidado;
Bruno Cruz deu mais organização ao meio-campo; Mário Jorge fez o passe para o tento que sentenciou o resultado; e Francisco Cunha mostrou ser uma alternativa válida na luta pela titularidade, já que dá mais mobilidade que Catarino.
Quanto aos jogadores do Cartaxo…
Tiago Travessa realizou algumas intervenções de grau de dificuldade elevado, no entanto, pela forma como o ponta-de-lança do Fabril apareceu ao segundo poste, teve algumas responsabilidades no 1-0;
A defesa composta por Diogo Costa, Márcio (teve a missão de bombear passes longos), Bernardo e Kiko foi de uma forma geral muito homogénea, não que isso seja positivo, já que revelaram dificuldades no passe, jogo aéreo e até em acompanhar os movimentos individuais dos fabrilistas, parecendo um quarteto muito intranquilo;
Sequeira pareceu um terceiro central, recuando frequentemente até entre Bernardo e Kiko para ocupar a linha defensiva; e André Ganhão e Sá correram e trabalharam muito, na procura de fechar os caminhos para a sua área, no entanto, ofensivamente não conseguiram ligar os sectores;
Russo foi dos melhores da sua equipa, tentou levar a equipa para a frente, ora através de tabelinhas na direita, ora através de uma flexão da esquerda para o meio, dependendo do flanco onde se encontrava; e Morgadinho e Ricardo estiveram apagados e foram substituídos com normalidade ao intervalo;
Renato acrescentou alguma altura ao ataque; e Tiago Montez e Tiago Barata não foram soluções úteis para mudar o rumo dos acontecimentos.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação da III Divisão – Série E:
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