sábado, 15 de março de 2014

Noites Europeias, de Miguel Lourenço Pereira e João Nuno Coelho


Reflexo da sociedade em que habitamos, deparei-me com a existência deste livro nas redes sociais, e desde o primeiro momento que me mostrei interessado em obtê-lo.

O título sugestivo cativou-me desde logo, vindo posteriormente a confirmar que se tratava de uma obra que contava a história das competições europeias de clubes, desde os primórdios, de caráter pouco oficial e ainda antes da existência da UEFA.

Surpreendeu-me a origem destas tardes/noites de futebol na região da Áustria e Hungria, e a autoexclusão britânica das primeiras iniciativas.

Outro importante pormenor, transversal a todo o livro, foi a relação íntima que o autor assumiu entre a história sociopolítica e a história do jogo, e do fenómeno das competições europeias.

Histórias incríveis de nomes que hoje em dia são praticamente anónimos e que ajudaram a construir aquilo que, semana sim, semana não, nos entra pela televisão e computador a dentro às terças, quartas e quintas-feiras.

A obra deliciou-me de tal modo que fui incapaz de guardar o sentimento só para mim. Foram mais de 400 páginas que absorvi sobretudo em viagens de comboio, autocarro e barco. Uma extensão que jamais pode ser confundido com algo maçador. Antes pelo contrário!

Das inúmeras equipas de Viena até ao Barcelona tiki-taka e ao Bayern de hoje, com as paragens mais assinaláveis pelo Real Madrid dos anos 50, ao Benfica dos anos 60, Ajax e Liverpool dos anos 70 e AC Milan de finais de 80/inícios de 90, é um livro para ler, mas não para depois arrumar na gaveta. Toda a sua estrutura torna-o numa fonte para futura consulta.

Aconselho vivamente a leitura!




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