sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Supertaça Europeia | Bayern Munique 2-2 (5-4 g.p.) Chelsea

uefa.com
Esta noite, no Eden Park, em Praga, o Bayern Munique conquistou a Supertaça Europeia ao bater o Chelsea por 5-4 nas grandes penalidades, após 2-2 no final do prolongamento. Torres e Hazard marcaram para os blues, e Ribéry e Javi Martínez para os bávaros. Lukaku falhou o penalty decisivo.


Eis a constituição das equipas:


Bayern Munique


O Bayern Munique (campeão europeu) procura conquistar pela primeira vez a Supertaça Europeia, naquela que é a sua quarta tentativa. No entanto, o seu treinador, Pep Guardiola, venceu a competição nas duas ocasiões que a disputou, na altura enquanto técnico do Barcelona (2009 e 2011).
Os bávaros lideram à condição a Bundesliga (troféu que também detêm), com 10 pontos em quatro jogos. No entanto, têm um encontro a mais que a restante concorrência.
Thiago Alcantara e Schweinsteiger estão lesionados.
                                                                                                                                                                   

Chelsea


O Chelsea (vencedor da Liga Europa) tem uma vitória (1998) e uma derrota (2012) na disputa deste troféu.
José Mourinho perdeu a única Supertaça Europeia que disputou (2003), não tendo estado mais vezes presente porque abandonou FC Porto e Inter após ter conquistado a Liga dos Campeões por estes clubes.
Nas três jornadas já disputadas da Premier League, os blues somaram sete pontos.


Cronómetro:

2’ Na sequência de um cruzamento de Boateng, Mandzukic cabeceou ao lado.

8’ Hazard abriu na direita para Schürrle, que de imediato cruzou para o interior da área onde Torres finalizou muito bem.


17’ Torres rematou por cima.

O Chelsea apostava muito nas transições rápidas, com Hazard a transportar a bola, e a abrir em Schürrle ou Torres na direita, para posterior cruzamento ou remate, como foi exemplo o lance do 0-1.

Pressão forte dos bávaros, mas os blues iam conseguindo guardar o esférico.

22’ Ribéry tabelou com Mandzukic e atirou para intervenção de Cech.

29’ Ribéry chutou rasteiro mas ao lado.

38’ Robben desmarcou Müller, que viu o seu remate ser desviado por Cahill à malha lateral.

Intervalo.

47’ Ribéry restabeleceu a igualdade, com um grande remate, após passe de Kroos.


56’ Javi Martínez rendeu Rafinha.
Lahm voltou à sua posição de lateral.

64’ Na sequência de uma perda de bola de Dante, Torres serviu Oscar, mas Neuer negou-lhe o golo.

70’ Müller foi substituído por Götze.

78’ Ivanovic, de cabeça, acertou na trave.

83’ Remate de Kroos tabelou em David Luiz e foi para fora.

85’ Na resposta a um livre cobrado por Lampard, David Luiz cabeceou para defesa de Neuer.

85’ Ramires viu o segundo cartão amarelo e consequentemente vermelho, após falta sobre Götze.

87’ José Mourinho trocou Schürrle por Mikel.

Fim do tempo regulamentar.

Inicio do prolongamento.

93’ Hazard pegou na bola na faixa esquerda, tirou Lahm do caminho e atirou para o fundo das redes.


96’ Saiu Robben, entrou Shaqiri.

97’ Torres cedeu o seu lugar a Lukaku.

Intervalo do prolongamento.

108’ Mandzukic cabeceou para defesa de Cech.

109’ O guardião checo dos londrinos negou o golo a Javi Martínez.

113’ Terry rendeu Hazard.

115’ Götze não conseguiu bater Cech.

Sufoco na área dos blues.

118’ Ribéry, de livre direto, obrigou o guardião checo dos blues a grande intervenção.

119’ Boateng atirou por cima.

120’ Mandzukic cabeceou acima do alvo.

120+1’ Javi Martínez empatou o encontro no último suspiro, aproveitando um ressalto que sobrou para si à entrada da área dos detentores da Liga Europa.


Final do prolongamento.

Decisão na marca das grandes penalidades:
1-0   Alaba;
1-1 David Luiz;
2-1 Kroos;
2-2 Oscar;
3-2 Lahm;
3-3 Lampard;
4-3 Ribéry;
4-4 Ashley Cole;
5-4 Shaqiri;
Lukaku permitiu a defesa de Neuer.


Análise:

Ambas as formações entraram em campo fiéis aos estilos dos seus treinadores. O Bayern de Guardiola instalado no meio-campo adversário, circulando a bola, conseguindo elevada percentagem de posse, com trocas posicionais, com futebol apoiado desde zonas recuadas e pressão alta. Já o Chelsea de Mourinho encontrava-se organizado num bloco mais baixo, apostando sobretudo em transições.
E foi agarrado à filosofia do seu treinador que o detentor da Liga Europa chegou à vantagem, num contra-ataque conduzido por Hazard, que abriu para Schürrle que demorou muito pouco para cruzar para o coração da área onde Torres finalizou com grande categoria.
A ganhar, os londrinos não mudaram o seu estilo, tentando, no entanto, segurar a bola quando possível, na procura de adormecer os bávaros, apesar da pressão adversária.
Para o segundo tempo, o Bayern empatou o encontro num lance típico do recém-eleito melhor jogador da Europa: Franck Ribéry. O francês recebeu a bola já no último terço, progrediu uns metros em diagonal e rematou para a baliza contrária.
A toada do encontro foi continuando, embora com os germânicos mais galvanizados, sobretudo depois da expulsão de Ramires, nos últimos minutos do tempo regulamentar, tendo encostado a partir daí os blues às cordas.
No entanto, no início do prolongamento, mesmo a jogar com dez, foi o Chelsea quem se colocou (novamente) em vantagem. Hazard pegou na bola do lado esquerdo, tirou dois adversários do caminho com relativa facilidade (Lahm e Boateng) e bateu um Neuer que ficou mal na fotografia.
Até final foi um autêntico sufoco para a baliza de Petr Cech, que foi evitando o empate com defesas milagrosas, até ao último lance do encontro, em que o esférico sobrou Javi Martínez, que igualou a partida e levou-a para a decisão das grandes penalidades. Aí, o Bayern foi mais feliz, tendo vencido por 5-4.


Analisando os atletas em campo, começando pelos do Bayern Munique
Neuer fez várias intervenções de elevado grau de dificuldade, e esteve quase sempre bem a jogar com os pés, no entanto, pareceu mal batido no 1-2;
Rafinha até nem teve muito trabalho defensivo porque o Chelsea atacou quase sempre pelo lado oposto, mas ofereceu pouco ofensivamente; Boateng e Dante (deu um toque involuntário mas precioso para colocar a bola em Javi Martínez, no 2-2) foram apanhados em contra-pé no 0-1, sendo traídos pela velocidade da jogada, tendo o primeiro sido pouco pressionante na abordagem a Hazard no 1-2 e o segundo cometido alguns erros ao longo da partida; e Alaba apesar da grande profundidade que deu ao flanco esquerdo, esqueceu-se de Schürrle, aberto na faixa, no lance do golo inaugural;
Lahm pareceu um pouco fora do seu habitat natural enquanto trinco, precisando de trabalhar mais nessa posição, tendo regresso à posição de lateral com a entrada de Javi Martínez, embora, já no prolongamento, tenha feito pouca pressão a Hazard na jogada do segundo golo dos londrinos; Müller ressentiu-se por ainda não estar muito habituado às novas funções, mais recuado, mas foi uma presença de respeito quando apareceu junto à área adversária; e Kroos fez o passe para o 1-1;
Robben foi pouco influente; Ribéry procurou sempre que possível fletir da faixa para o meio, e apontou o golo do empate; e Mandzukic teve poucas ocasiões para finalizar;
Javi Martínez deu mais equilíbrio à equipa, mas foi igualmente um “6” com aptidão para sair a jogar, e conseguiu levar o encontro para as grandes penalidades, marcando no último suspiro; Götze apareceu pouco; e Shaqiri deu alguma dinâmica ao ataque, introduzindo um ritmo elevado e transportando a bola em velocidade.


Quanto aos jogadores do Chelsea
Cech foi uma presença segura entre os postes e na saída a cruzamentos, tendo feito defesas espantosas na segunda parte do prolongamento;
Ivanovic, imbatível no jogo aéreo, foi um autêntico polícia para Ribéry, tendo ambos protagonizado um duelo muito interessante, e ainda esteve perto de marcar, ao cabecear à trave aos 78’; David Luiz esteve quase sempre no sítio certo a defender, e tentou sair a jogar; Cahill esteve muito seguro; e Ashley Cole não concedeu espaço a Robben, num jogo em que praticamente não passou do seu meio-campo;
Lampard esteve em missão de sacrifício, bastante próximo do quarteto defensivo, aparecendo pouco no último terço; Ramires não conseguiu ser suficientemente pressionante para travar a progressão e remate de Ribéry, no 1-1, numa altura em que estava a fechar o espaço entre o lateral e o central, e foi expulso a cinco minutos dos descontos do tempo regulamentar; e Oscar, muito inteligente, foi um autêntico porto de abrigo para os seus colegas no momento ofensivo, oferecendo linhas de passe e segurando a bola quando o timing não é o correto para a soltar, passando para a faixa direita quando a equipa ficou reduzida a dez unidades;
Schürrle, de movimentos muito verticais, fez o cruzamento para o primeiro golo da noite; Hazard funcionou como um autêntico “abre-latas” no transporte de bola bastante rápido e consequente abertura para Schürrle no lance do 1-0, e ainda apontou o segundo tento dos londrinos, novamente após grande lance individual; e Torres inaugurou o marcador com uma grande finalização;
Mikel reforçou o miolo após a expulsão de Ramires; Lukaku refrescou o ataque, numa altura em que Torres já estava desgastado e não conseguia pressionar, mas ficou marcado por ter falhado a grande penalidade decisiva; e Terry foi um acréscimo ao setor defensivo, ajudando a manter a vantagem nos minutos finais.




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