quinta-feira, 4 de julho de 2013

Taça das Confederações 2013 | Onze Ideal


Terminada a Taça das Confederações 2013, vencida pelo Brasil, é altura de escolher o Onze Ideal.
                                      

Guarda-redes:


Longe da plenitude das suas capacidades, Júlio César foi resgatado por Luiz Felipe Scolari para o “seu” Brasil, depois de ter sido afastado por Mano Menezes após a Copa América 2011.
Ao longo da Taça das Confederações, sofreu apenas três golos (em cinco jogos), defendeu uma grande penalidade nas meias-finais e foi enchendo a baliza canarinha com várias intervenções de qualidade. O rótulo de “patinho feio” já não lhe pertence…


Defesas-Laterais:


Conhecido por ser um lateral bastante ofensivo, aos 30 anos, Daniel Alves sabe melhor que terrenos tem de pisar, e por isso mostrou-se mais assertivo e contido nas subidas pelo flanco. No entanto, tudo o que fez, foi bem feito!
Muitas vezes quando se fala em defesas-laterais, esquece-se da primeira parte desta palavra: defesa. E o atleta do Barcelona foi sem dúvidas um elemento importante no processo defensivo, contribuindo para os apenas três golos sofridos durante a competição.



Sem a dinâmica de outros encontros nos jogos decisivos da Taça das Confederações, o meio-campo espanhol não conseguiu impor o seu reconhecidíssimo estilo nas partidas decisivas. Ainda assim, no lado esquerdo da defesa morava um dos jogadores mais aguerridos de La Roja, que nunca dava uma bola por perdida e que até mostrou a sua veia goleadora, falo é claro de Jordi Alba. Contra a Nigéria, assinou um bis na vitória por 3-0.


Defesas-Centrais:


Durante toda a competição, David Luiz nunca comprometeu. Mas fez muito mais do que isso: impôs o seu físico, esteve sempre bem posicionado e levou para a canarinha a sua capacidade para sair a jogar.
Chegou a assustar quando saiu lesionado diante de Itália, mas voltou em grande estilo nos encontros decisivos, dando nas vistas sobretudo pelo corte fantástico que impediu o golo da Espanha perto do intervalo da final.



O outro central é o companheiro de David Luiz no eixo defensivo. Thiago Silva, para além de ter exibido as qualidades que o seu colega demonstrou, tem uma virtude que o ex-Benfica não tem: recorre pouco à falta e mesmo assim consegue travar os adversários.
Com 28 anos, é dos melhores do mundo na sua posição.


Médios:


No jogo de estreia da squadra azzurra, Pirlo mostrou in loco aos brasileiros toda a sua classe, com um pontapé livre cobrado de forma absolutamente fantástica.
Embora não sendo propriamente o mais pressionante dos trincos, geralmente é auxiliado nas tarefas defensivas por De Rossi, e assume especial importância através dos seus passes longos precisos que fazem com que a distância entre atacantes e restante equipa italiana não seja um problema.



Cobiçado por vários clubes europeus, Paulinho mostrou-se aos adeptos não tão familiarizados com o futebol brasileiro. É um box-to-box, pressionante e inteligente a defender, fazendo as tarefas de cobertura, e também um jogador que constrói jogo e liga setores, aparecendo com frequência à entrada da área adversária. Marcou dois golos (diante de Japão e Uruguai) e assinou pelo Tottenham.



Não foram propriamente de luxo as exibições de Iniesta na Taça das Confederações, no entanto, o centro-campista conhecido como “ilusionista” foi um dos pilares da seleção espanhola que conseguiu o pleno na fase de grupos.
Participou em todos os encontros e apresentou o seu habitual futebol rendilhado.


Atacantes:


Neymar apareceu nesta Taça das Confederações com dois tipos de críticos: os seus fãs e os que o apelidavam de sobrevalorizado, e que se referiam a ele como uma jogada de marketing dos brasileiros para promover o Campeonato do Mundo que vão organizar em 2014. A base da tese destes últimos surgiu pelas exibições pouco inspiradas na Copa América 2011 e na derradeira edição dos Jogos Olímpicos.
No entanto, o prodígio sul-americano calou as críticas ao ritmo de excelentes prestações, e de um futebol rendilhado, inteligente entusiasmante, acompanhado por quatro golos (um em cada jogo, só não marcou ao Uruguai).
Foi eleito pela FIFA o melhor jogador do torneio, e agora, os adeptos do futebol aguçam o apetite para o ver na mesma equipa que Messi, em Camp Nou.



Aos 26 anos, Cavani entrou nesta Taça das Confederações com o estatuto de melhor marcador da Serie A e como um dos pontas-de-lança mais temidos e cobiçados do futebol europeu.
Após uma fase de grupos algo discreta, apareceu na semifinal e no jogo de consolação com o seu estilo elegante, guerreiro e matador, encontros nos quais apontou três golos no total.



Fred foi mais um patinho feio que Scolari resgatou para o seu Brasil, fruto também da ausência do lesionado Leandro Damião. Longe de ser o ponta-de-lança mais brilhante que o escrete já esteve, conseguiu boas exibições nos primeiros jogos, onde se mostrou um avançado de coletivo. Entendia-se bem com quem o servia mais de perto (leia-se Neymar, Oscar e Hulk), mas faltavam-lhe os golos. Esses apareceram na 4ª jornada da fase de grupos, e a partir daí não mais parou de marcar, tendo fechado a prova com cinco tentos, os mesmos que Fernando Torres, artilheiro da competição. Só que o espanhol foi bafejado pela sorte de enfrentar o Taiti…


Treinador:


À imagem do que tinha acontecido com Portugal no EURO 2004, Luiz Felipe Scolari tratou de unir o povo em torno da sua seleção, formar um grupo forte e escolher um onze sujeito a poucas ou nenhumas alterações de jogo para jogo.
E assim foi! Só por lesão Felipão trocou Paulinho por Hernanes diante de Itália, apostando sempre no mesmo conjunto por titulares, e conseguiu construir um coletivo sólido, organizado taticamente, alegre na forma de jogar e com muita alma.

9 comentários:

  1. 11 muito bem feito
    nao ha muito mais a escolher excepto o suarez o forlan o buffon

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    1. Estive até à última da hora para escolher entre o Buffon e o Júlio César.

      A diferença é que o Júlio César sofreu menos golos e defendeu uma grande penalidade num jogo realmente importante (meias-finais).

      Os outros dois não equacionei, estiveram muito desaparecidos nos jogos importantes.

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  2. quando e que tencionas fazer o 11 ideal da premier league , da bundesliga e desta champions?
    gostaria muito de saber a tua analise

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    1. Não vi jogos suficientes das últimas edições dessas competições para elaborar uma análise. Não gosto de falar do que não conheço bem ;)

      Mas obrigado pela apreciação ao meu trabalho!

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  3. uma ultima pergunta: achas que guardiola conseguirá introduir o seu estilo de jogo num futebol que nao me parece ser tatico o sufeciente para tal ( bundesliga )

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    1. Acredito que Guardiola possa dar ao Bayern uma maior cultura de posse e de mobilidade... mas não acredito numa 'Barcelonização' nem do clube nem do futebol alemão

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  4. Nem eu ainda por cima apos a lição dada pelos alemaes nas meias na champions.

    Acredito que com esta passagem o futebol alemao fique mais interessante ( ainda mais com a contratação do thiago alcantara ) e mais desenvolvido taticamente.

    Esta passagem vai permitir isso e uma maior maturidade na maneira de pensar de guardiola para alem de lhe preencher mais o currculo.

    Finalmente vai se perceber o potencial alemao ( muito melhor que o espanhol ), julgo eu que tera uma grande influencia nas seleçoes alema e espanhola.

    Pode nao ser no proximo mundial pas acredito que possa futuramente.

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    1. O futebol alemão está em estado de graça e considero errado mexer no que está em estado ótimo:

      - Bayern Munique chegou a três finais nas últimas quatro Champions, tendo vencido uma.

      - A seleção alemã chegou no mínimo às meias-finais das últimas quatro competições a que chegou: EURO's 2008 e 2012 e Mundiais 2006 e 2010.


      Creio que Guardiola, mais do que tudo, vai dar à Bundesliga o que lhe falta, a atração mediática.

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  5. exato foi o que eu disse.
    mas acho que como esta a acontecer a forma de pensar vai-se virar po fut alemao e com isso a seleçao alema vai beneficiar e acho que vai prejudicar a espanhola

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