domingo, 23 de setembro de 2012

III Divisão | GD Fabril 1-1 Barreirense



Esta tarde, no Estádio Alfredo da Silva, no Barreiro, GD Fabril e Barreirense empataram a um golo numa edição do “derby” concelhio, a contar para a 2ª jornada da III Divisão – Série E. Ruben Guerreiro abriu o marcador para os fabrilistas, mas David Martins repôs a igualdade.


Eis a constituição das equipas:

GD Fabril



No passado domingo, o Fabril qualificou-se para a terceira eliminatória da Taça de Portugal ao bater o Paredes por 2-1, já no prolongamento, uma boa notícia aliada ao bom começo de campeonato, com uma vitória sobre o Cartaxo (3-0).
Luís Conceição e Danilo Serrano (na formação) já representaram o Barreirense.


Barreirense



Depois da eliminação da Taça de Portugal diante do Oeiras (2-2, 4-5 nas grandes penalidades), o Barreirense venceu no terreno do Amora por 3-1, num “derby” da Margem Sul.
Os alvi-rubros não vencem no terreno do rival da sua cidade desde a longínqua temporada de 1969/70.
José Carlos, Cansado, Sérgio Canas, Márcio Diéb, João Nuno, Bailão, David Martins, Nuno Dias e Vasco Firmino já vestiram as cores do Fabril.
Márcio Diéb está lesionado.


O Fabril apresentou-se sem um único ponta-de-lança de raiz no onze inicial, com Ruben Guerreiro a ocupar essa posição, mas fruto das suas movimentações habituais como de um médio-ofensivo ou extremo se tratasse, os fabrilistas ficaram virgens de uma referência na área adversária durante vários lances. Esta opção tática pode-se ter prendido pela estatura física dos centrais do Barreirense, altos e fortes no jogo aéreo, difíceis de bater num futebol mais direto, caso Catarino fosse titular.

13’ Danilo Serrano, lesionado, cedeu o seu lugar a Banana.

14’ Nuno Dias testou os reflexos de Ruben Luís.

A formação orientada por Conhé atuava com um bloco mais alto, era mais pressionante, povoava o meio-campo contrário e circulava aí a bola.

30’ Vasco Firmino, de fora da área, atirou para fora, mas a bola ainda tinha desviado num defesa do Fabril.

Durante a primeira parte, o Fabril era mais ofensivo, mostrava maior capacidade para encostar o adversário à sua zona defensiva, mas era o Barreirense a equipa que conseguia criar mais lances de perigo, não tendo medo em arriscar de fora da área e apostando em passes curtos para as costas da defesa, no limite do fora de jogo.

Ao intervalo, Nuno Dias e João Nuno foram rendidos por Vasco Campos e Amadeu.

55’ Na resposta a um cruzamento de Bolinhas, Ruben Guerreiro cabeceou para o fundo das redes.

60’ David Pinto, na cobrança de um livre lateral, obrigou Ruben Luís a uma grande intervenção.

61’ Num lance de contra-ataque, no qual Bolinhas ficou isolado após Vasco Campos ter ficado fora da jogada devido a lesão, deslumbrou-se com as facilidades e permitiu a defesa a José Carlos.

64’ Monzelo entrou para o lugar do lesionado Vasco Campos.

66’ David Pinto, de fora da área, atirou por cima.

72’ Bolinhas, com algumas queixas físicas, foi substituído por Catarino.

Em vantagem, os comandados por Conhé baixaram o bloco e geriam a posse de bola de forma conveniente.

75’ Rúben Guerreiro, também devido a lesão, saiu para a entrada de Luis Conceição.
Com esta alteração, o Fabril mudou o seu sistema de jogo para 3x5x2, com Paulo Letras e Carlos André como flanqueadores, e Banana na área adversária juntamente com Catarino.

83’ Na sequência de um canto cobrado por Bailão, David Martins, de cabeça, restabeleceu a igualdade.



A partir do 1-1, o jogo tornou-se muito aberto e o espetáculo a que se assistiu até final foi bonito, com ambas as formações a mostrarem vontade de levar a vitória.

86’ Paulo Letras apareceu em boa posição e rematou para a baliza, mas Lampreia de uma forma quase milagrosa, conseguiu intercetar a bola sobre a linha.

89’ Nuno Jorge, de fora da área, acertou na trave.

90+5’ Praticamente no último lance do desafio, Bruno Cruz cabeceou por cima, no seguimento a um canto cobrado por Miguel Pimenta.

Sem mais ocorrências dignas de registo até final, confirmou-se o empate no “derby” do Barreiro.
A primeira parte viu um Fabril a superiorizar-se no que concerne a domínio territorial, ocupando meio-campo contrário, aparecendo junto à área dos “alvi-rubros”, sem no entanto, criar perigo, algo que o Barreirense conseguiu fazer por duas ocasiões, uma primeira por Nuno Dias, e outra por Vasco Firmino.
Ao intervalo, Duka mostrou vontade de vencer efetuando uma dupla alteração, mas ainda assim foram os comandados por Conhé a colocarem-se em vantagem, por intermédio de Ruben Guerreiro.
Após o golo, os fabrilistas baixaram o bloco e até efetuaram um conjunto de substituições mais defensivas, com a entrada de um terceiro central, e mesmo o próprio Catarino entrou para dar alguma capacidade física e experiência a segurar a bola e a marcar os centrais adversários nos lances de bola parada.
Ora o Barreirense tinha uma equipa fisicamente mais alta, com vários jogadores com perto e até atingindo a marca dos 1,90m, e apesar de nesse sentido a situação até ter sido neutralizada ao longo da partida, eis que já na reta final, David Martins empatou o jogo com um cabeceamento a meia altura.
Até final, assistiu-se a um encontro equilibrado, aberto e competitivo, mas o resultado não sofreu alterações.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do GD Fabril…
Ruben Luís efetuou intervenções de grande grau de dificuldade;
Carlos André foi muito regular, subindo e descendo pelo flanco e cruzando com qualidade; Rui Correia e Marinheiro estiveram concentrados e conseguir quase sempre neutralizar adversários com uma alta estatura física; e Paulo Letras esteve muito perto de marcar, mas Lampreia negou-lhe o 2-1 quase de forma milagrosa;
Nuno Jorge e Miguel Pimenta fizeram um jogo de muita luta, no entanto, por vezes entusiasmaram-se em termos ofensivos, e na resposta do adversário em contra-ataque, deixaram os defesas em situações de igualdade numérica para com os atacantes do Barreirense;
Danilo Serrano lesionou-se muito cedo no jogo e não chegou sequer a cumprir um quarto de hora em campo; Bruno Cruz foi o organizador, deu capacidade técnica e de passe no processo ofensivo, mas faltou-lhe alguma rapidez de execução; e Bolinhas, sempre muito rápido pela esquerda, cruzou de forma perfeita para o 1-0;
Ruben Guerreiro foi um falso ponta-de-lança, fugiu da sua posição muitas vezes, tentando confundir as marcações, e ainda se impôs perante defesas-centrais mais altos ao marcar de cabeça;
Banana mostrou qualidade em alguns lances, mas ainda lhe falta alguma estaleca para este tipo de jogos; Catarino, num primeiro momento, trouxe capacidade para segurar a bola, e posteriormente, quando o encontro voltou a estar igualado, foi uma referência na área adversária; e Luis Conceição trouxe altura à sua defesa, no entanto, a equipa sofreu o golo da igualdade (de cabeça) pouco depois de ter entrado.

Quanto aos jogadores do Barreirense…
José Carlos foi decisivo ao evitar o 2-0 a Bolinhas, e pouco depois envolveu-se numa picardia com Ruben Guerreiro;
Miguel Gomes viu o golo do Fabril nascer pelo seu lado; Bruno Costa ganhou a maioria dos lances que disputou; Valter arriscou ao tentar avançar no terreno em drible sobre os adversários a partir da zona defensiva, e o que é certo é que até nem se deu mal; e Lampreia, aparecendo do nada, negou o 2-1 a Paulo Letras;
David Martins teve um regresso de sonho ao Estádio Alfredo da Silva, marcando de cabeça frente a uma equipa pela qual jogou (e capitaneou) durante vários anos; João Nuno revelou alguma dificuldade em se impor no jogo e em ligar sectores; e David Pinto cobrou a maioria das bolas paradas, foi dinâmico e esteve perto de marcar na cobrança de um livre direto;
Nuno Dias fez um remate perigoso e pouco mais, e talvez por isso foi substituído ao intervalo; Bailão cobrou o canto que originou o 1-1; e Vasco Firmino revelou alguma qualidade técnica, mas acabou por ser inconsequente frente aos concentrados defesas adversários;
Vasco Campos entrou ao intervalo e pareceu sair lesionado com alguma gravidade cerca de quinze/vinte minutos depois; Amadeu acrescentou altura na área adversária, foi importante a ganhar primeiras bolas mas dispôs de poucas oportunidades para marcar; e Monzelo posicionou-se à frente da defesa, também trouxe alguns centímetros à equipa e libertou David Martins para funções ligeiramente mais ofensivas.


Com este resultado, fica assim disposta a classificação atual da III Divisão – Série E:






5 comentários:

  1. Só faltou falar que quem começou as picardias foi ruben Guerreiro pelo menos 2 vezes não deixando colocar a bola rapidamente em jogo,indo provocar o banco do Barreirense depois de marcar o golo do Fabril.
    Faltou falar da dualidade de critérios do árbitro na mostagem de cartões amarelos e de uma possivel grande penalidade para cada lado em que na que pareceu mais flagrante (contra o Fabril) mostrou o cartão amarelo a David Pinto..

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    1. Caro Anónimo,

      1º Neste blogue nunca comentei arbitragens, porque essa é uma classe que entendo que deve ser defendida, ainda que seja uma das três equipas em campo.
      E muito menos o irei fazer num jogo destes em que os ângulos são os que se vêem da bancada, à distância que se sabe, e sem repetições.

      2º No caso dos lances do Ruben Guerreiro, o seu depoimento não está incorrecto (ainda que possa haver várias perspetivas, cada uma deve ser respeitada e eu em concreto concentrei-me mais em ver a bola rolar).

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  2. David,compreendo que não queira abrir uma exepção para falar da arbitragem e do seu critério.
    No entanto na apreciação individual aos jogadores ,frisa o desentendimento entre José Carlos e Ruben Guerreiro ,apenas no jogador do Barreirense.
    No meu entender,e porque acho que se deve falar da arbitragem (tanto quando actuam bem,como quando actuam menos bem), no jogo de hoje estiveram bem ,á execpção das duas possiveis grandes penalidades (1 para cada lado) em que a sanção só existiu para o jogador que não protestou (o do Barreirense) e das picardias provocadas pelo jogador Ruben Guerreiro tanto ao guarda redes por 2 vezes não o deixando colocar a bola em jogo ( e nem foi chamado a atenção por isso) e no festejo do golo (acabando o treinador do Barreirense por ser expulso), poderia ainda ter mostrado um amarelo a Bailão por mão na bola..
    Cumprimentos
    Paulo Dinis

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  3. sr.anonimo das 19.10 de certeza que viu o jogo,o ruben guerreiro deu um toque no jose carlos sem maldade depois o gr veio direito a cara dele com a cabeça,se o ruben fosse maldoso e se cai-se o vosso gr estava na rua,e depois se foi tao santinho porque no final do jogo veio pedir desculpa ao ruben.acho que devia ter mais respeito pelos colegas adversarios,ainda mais conhecendo o ruben porque ja foi colega na mesma equipa,e por duas epocas sabe que ele nao e maldoso, sabe quantas faltas fizeram os centrais ao ruben por tras so seis.quanto ao festejo do golo nao vi nada de espeçial,vi um cacho de jogadores do fabril a festejar para a bancada ou que que fossem festejar para onde era ali que estavam os socios do fabril,agora o vosso treinador adj e que devia estar com asia e começou a levantar os braços

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    1. São estas e outras perspectivas e ângulos que não levam este tipo de discussões a lado algum... basicamente, o que vi foi o José Carlos a cair, até fiquei surpreendido, depois pela reacção que teve ao esfregar a cara do Ruben Guerreiro percebi que provavelmente sofreu um toque.

      Se foi intencional o tal toque, quem foi que começou a intriga, o que se passou nos festejos, são coisas que nenhum de nós conseguirá tirar conclusões totalmente acertadas, cada um puxará a brasa à sua sardinha, e o melhor, no que toca a isso, é ficarmos por aqui.

      Mais vale comentarmos o que se viu em campo, no que as equipas estiveram bem, no que estiveram mal, e até a própria organização do jogo que falhou monumentalmente ao não mostrar capacidade para lidar com uma enchente do género.

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