quarta-feira, 21 de março de 2012

Premier League | Manchester City 2-1 Chelsea



Esta noite, no Etihad Stadium, o Manchester City bateu o Chelsea por 2-1, num jogo a contar para a Premier League. Gary Cahill abriu o marcador para os londrinos, e Agüero de grande penalidade e Nasri fizeram os golos da reviravolta, num encontro que ficou marcado pelo regresso de Tévez à competição.



Eis a constituição das equipas:


Manchester City






Os “citizens” não atravessam um bom momento, pois num espaço de poucos dias foram eliminados da Liga Europa e perderam a liderança da Premier League para o Manchester United. Ainda assim, em todos os jogos em casa para o campeonato, só somam vitórias.
Carlos Tévez foi convocado pela primeira vez desde o jogo frente ao Bayern Munique em Setembro.




Chelsea






Depois do despedimento de André Villas-Boas, Roberto Di Matteo assumiu o comando técnico dos londrinos e em quatro jogos realizados sob a orientação do italiano, o Chelsea somou outras tantas vitórias. Alguns jogadores, como Fernando Torres (bisou frente ao Leicester City), têm recuperado a confiança e atravessam um bom momento.
John Terry falha este encontro, devido a lesão. Essien, Drogba e Sturridge também não serão titulares, mas apenas para gerir o esforço dos atletas.




A partida começou com ritmo forte, com o City a mostrar ligeira superioridade, mas com um bom desempenho do Chelsea. A primeira oportunidade pertenceu aos da casa, com Nasri a rematar à trave, depois de passe longo de Yaya Touré.



Aos 20’, surgiu a primeira contrariedade para os londrinos, com Ivanovic a sair lesionado, entrando Bosingwa para o seu lugar. Curiosamente, os “blues” começaram por esta altura um bom período no jogo.



Seis minutos depois, Yaya Touré voltou a servir Nasri, que de longe atirou por cima.



Logo a seguir, Balotelli interceptou um passe de Frank Lampard para Obi Mikel, progrediu em direcção à baliza e já no interior da área atirou rasteiro mas Cech negou-lhe o golo.



Ao intervalo, Roberto Mancini retirou o seu polémico avançado italiano, colocando em campo Gareth Barry, com o inglês a entrar para jogar lado a lado com Nigel De Jong, formando um duplo “pivot” defensivo, libertando Yaya Touré para uma posição mais ofensiva e passando Agüero para a frente de ataque.



A fechar os primeiros dez minutos do segundo tempo, um cruzamento/remate de Nasri pela esquerda acertou na trave. Imediatamente depois, na sequência de um canto marcado do lado direito, “El Kun” de forma acrobática enviou o esférico por cima do alvo.



Aos 58’, Di Matteo trocou Raul Meireles por Michael Essien, aumentando a capacidade defensiva do duplo “pivot” do meio-campo, adiantando Lampard para terrenos mais próximos de Fernando Torres.
Logo a seguir à substituição, houve um canto para o Chelsea e após um ressalto, Gary Cahill deu vantagem à sua equipa num remate que tabelou em Yaya Touré.



Face ao resultado desfavorável, o técnico do City promoveu o regresso de Tévez à competição, para actuar atrás do ponta-de-lança, saindo De Jong. Barry e o costa-marfinense ex-Barcelona eram nesta altura os homens mais recuados do meio-campo.



Á entrada do último quarto de hora da partida, Didier Drogba (substituiu Torres), lançou Juan Mata numa transição rápida pela esquerda, tendo o espanhol progredindo e atirado para defesa de Joe Hart.



Mancini voltou a mostrar vontade de dar a volta aos acontecimentos e colocou Dzeko em campo, retirando David Silva. Com esta alteração, o bósnio passou a ocupar o eixo do ataque, fazendo descair os outros dois atacantes argentinos para as alas e fazendo Nasri actuar na posição de “pivot” ofensivo do meio-campo.
Logo a seguir, Essien comete grande penalidade ao interceptar um remate de Zabaleta com o braço, e na cobrança do “penalty” Agüero empatou o jogo.



A cinco minutos dos descontos, Nasri triangulou com Tévez e na cara de Cech fez o 2-1. Lampard não conseguiu acompanhar o francês.



A terminar o tempo de compensação, “El Kun” conseguiu colocar Ashley Cole e David Luiz fora da jogada e atirou ao lado, no entanto, a vitória foi assegurada.



Para quem pretende perceber a forma de jogar do Chelsea, os seus pontos e fracos para ver que tipo de situações o Benfica deve explorar e tentar anular, teve aqui um mau exemplo. Os “blues”, fruto de estar a jogar em casa do colosso Manchester City (que obteve triunfos em todos os encontros realizados no Etihad esta temporada) apresentaram uma postura mais defensiva do que é expectável que apresentem na próxima terça-feira na Luz. Reforçando o facto de este ter sido um mau exemplo para se estudar os londrinos, Di Matteo optou por deixar no banco de suplentes Didier Drogba, Michael Essien e até mesmo Sturridge, que devem ser titulares diante dos encarnados, assim como Terry que recupera de lesão mas que deverá estar operacional para o encontro da Liga dos Campeões.
Neste jogo, o City mostrou sempre superioridade ao longo dos 90 minutos, umas vezes de forma mais ligeira e em outras de forma mais acentuada, e prova disso foi o Chelsea ter marcado no primeiro dos raros remates perigosos que fez, e quando foi preciso intensificar a pressão e pôr a carne no assador, os “citizens” mostraram toda a sua qualidade ao darem a volta ao resultado, exibindo capacidade para contornar o “bus” que os “blues” colocaram à frente da sua baliza, que contava inclusivamente com dois médios de características mais defensivas.



Analisando os atletas, começando pelos do City…
Joe Hart teve muito pouco trabalho, Zabaleta participou no lance que deu a grande penalidade, Micah Richards e especialmente Kolo Touré fizeram um bom jogo, tal como Clichy que anulou as acções de Ramires.
De Jong é daqueles homens invisíveis que jogam à frente da defesa que estão sempre no sítio certo ao cortarem linhas de passe, Yaya Touré foi o canalizador do jogo ofensivo dos “citizens”, David Silva teve pouco inspirado e Nasri foi a melhor unidade em campo, e depois de duas bolas ao ferro e evidentes sinais de inconformismo, mereceu ser o autor do golo decisivo.
Agüero mostrou a sua qualidade sobretudo na segunda parte, e Balotelli falhou uma situação em que lhe era exigido enviar a bola para o fundo das redes e acabou por ser estranhamente substituído ao intervalo.
Gareth Barry cumpriu um papel em que apareceu pouco, primeiro como “box-to-box” e depois como médio mais defensivo, Tévez voltou à competição da melhor forma com uma assistência para o tento da vitória e Dzeko acabou por não ser útil mas acrescentou presença na área adversária.



Quanto aos do Chelsea…
Cech acabou por não fazer também ele muitas defesas, Ivanovic cedo com queixas físicas e Bosingwa falhou alguns passes e não foi tão ofensivo como de costume, Cahill marcou o golo da sua formação, David Luiz teve uma actuação positiva e Ashley Cole foi discreto mas com deram-lhe que fazer.
Mikel está longe de ser um grande trinco, não tem a mesma cultura táctica que outros e prova disso é a sua colocação nem sempre inteligente e útil, dado que nem pressionava nem cortava linhas de passe e chegava a parecer que estava a marcar um dos seus companheiros de meio-campo. Lampard teve tarefas muito defensivas e não conseguiu acompanhar a desmarcação de Nasri no 2-1, e Raul Meireles fez uma exibição com pouco a poder-lhe ser apontado, ainda que não seja por natureza um jogador que se sinta como um peixe na água a actuar atrás do ponta-de-lança.
Torres desmarcou-se, tabelou mas nem por uma vez rematou.
Essien entrou na partida para dar mais consistência defensiva mas curiosamente foi com ele que o Chelsea sofreu os dois golos, cometendo a grande penalidade que deu origem ao primeiro, e Drogba pouco fez para além de lançar Juan Mata numa transição rápida pela esquerda na fase final do encontro.




Com este resultado, fica assim disposta a classificação actual da Premier League:






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